Passeando em Curitiba


Viajei na quinta e ao retornar encontro uma surpresa desagradável: uma das árvores do meu jardim, exatamente aquela do cerrado que eu fiz questão de preservar para continuar alimentando os passarinhos com seu frutinho amargo, morreu de uma hora para outra. Simplesmente morreu. O que será que aconteceu???
Acho que alguma coisa anda muito errada com o solo do meu jardim. O pé de limão também está morrendo. Já me disseram para podá-lo e assim ver se ele toma forças para desabrochar novamente. Tomara que dê certo.
A viagem para Curitiba foi boa, apesar do tempo quente e abafado.
Aproveitamos nossa estada por lá e na sexta-feira fizemos um passeio de trem. São 3 horas de viagem pela Serra do Mar de Curitiba até Morretes. A volta foi de carro pela Estrada da Graciosa.
No sábado pegamos o ônibus de turismo que passa em frente ao hotel e saímos pela cidade. Nossa primeira parada foi no Jardim Botânico, considerado a marca registrada da cidade. O local é agradável, mas eu esperava ver mais espécimes botânicas. A estrutura metálica no final de um jardim muito bem cuidado chama a atenção mas decepciona um pouco quando a conhecemos por dentro. É relativamente pequena e abriga poucas plantas.
A segunda parada foi no Museu Oscar Niemeyer, o museu do olho. Projetado por Oscar Niemeyer, é considerado o maior e mais moderno museu do Brasil. É realmente interessante quando visto de fora, mas as obras que ele abriga não tocam minha sensibilidade. Não gosto muito de arte moderna e contemporânea. Não consigo entender, por exemplo, uma tela grande toda pintada com uma tinta escura. Isso é arte? O nome da obra é: Sem título. Claro. Que título pode ter uma obra assim??? Algumas obras, aos meus olhos leigos, mais parecem um deboche do artista com os apreciadores de arte. Não entendo, não gosto e por mais que digam ser arte continuo não gostando.
Saímos do museu e fomos para a Ópera de Arame. Antes da visita paramos para almoçar porque ninguém é de ferro e já estávamos mortas de fome. Resolvi experimentar um prato típico polonês chamado pierogue, uma espécie de pastelzinho feito de batatas com recheio de queijo. Não gostei. A apresentação do prato não era das melhores e o molho de calabresa não passava de pedacinhos minúsculos da iguaria jogados por cima dos pastéis. A apresentação da comida, pelo menos para mim, é fundamental. Encaro comida feia com a maior má vontade.
A Ópera de Arame é um palco feito de uma estrutura tubular. É lá que acontece grandes apresentações artísticas e culturais da cidade. O bonito do local é a integração com a natureza. A pedreira ao lado da ópera, o lago que circunda o espaço, as árvores e flores, tudo combinado faz da Ópera de Arame um lugar agradável.
Saindo de lá resolvi retornar direto para o hotel porque já estava muito cansada. Lili e Suzi ainda fizeram mais uma parada na Torre Panorâmica, uma torre de telefonia com mirante aberto para visitação. São 109 metros de altura. O mirante é fechado com vidro e oferece uma vista de 360° da cidade.
A noite o Cid veio nos visitar no hotel e acabamos saindo para jantar. Ele estava sem poder mastigar por causa de uma cirurgia na boca para implantes dentários e acabou comendo apenas uma omelete. Coitado do Cid, guloso como ele é ficar sem poder comer direito é um castigo.
E o domingo amanheceu estranho. A temperatura caiu um pouco, mas a atmosfera estava pesada. Parecia anunciar uma forte tempestade para mais tarde. Fui assirtir a missa das 8:30h quando comecei a sentir dores pelo corpo. Saí da igreja, encontrei com a Lili e fomos passear pela feira de artesanato que funciona aos domingos, bem atrás da igreja. Já tinha andado um bom pedaço quando percebi que não tinha mais condições de continuar. Deixei a Lili com a Suzi andando pela feira e voltei para o hotel. Lá chegando tomei um analgésico e me deitei. Eu tremia de frio e dores pelo corpo. Sequer consegui sair para almoçar. Fiquei deitada esperando que o remédio fizesse efeito. Demorou, mas as dores foram cedendo e comecei a me sentir melhor. Ainda bem porque nosso vôo de volta para Brasília era às 17 horas.
Assim que cheguei em casa liguei para o Cid e ele contou que tão logo saímos de Curitiba uma tempestade, com muito vento e trovoada, assutou a cidade. Em alguns lugares do sul do país a chuva causou muitos estragos.
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Obrigada pelo comentário. bjs Lou