Mergulhando em águas profundas

Vesti um escafandro e imergi no aceano abissal de lembranças perdidas no tempo.
Mergulhei devagar, quase sem sentir.
Um cabo invisível monitorava a lenta descida e
A superfície foi ficando para trás.
Sem que me desse conta penetrei na escuridão das águas profundas
Onde tudo é nebuloso, quase assustador.
A pequena escotilha limitava a visão
Mesmo assim vi pedaços de memórias nadando sem lastro
Coisas que não consegui identificar.
Revivi emoções
Ouvi vozes sepultadas no inconsciente
Revi rostos esquecidos, amores perdidos
Sentimentos há muito adormecidos.
Não sei onde vou chegar
Desconheço a profundidade que poderei alcançar...
3 Responses
  1. Anônimo Says:

    Submergir parece um caminho sem volta.

    Belo poema!

    Beijos.


  2. Anônimo Says:

    No fim, o importante disso tudo é manter a respiração! E só fará isso emergindo novamente! Adorei a metáfora!

    Beijo!


  3. Lili Says:

    Em Imensidão Azul, o oceano é lar, um lugar onde o mergulhador se sente inteiro e em paz. Um retorno ao útero materno talvez?

    No filme o mergulho é de apnéia, mas você está equipada, o escafandro a manterá segura enquanto precisar dele. E não se esqueça que você está no comando.

    Ainda que pareça assustador no início, aos poucos você irá sentir o aconchego das águas: na água ficamos mais flexíveis, mais leves.
    Porém é preciso estar com os sentidos abertos e seguir a corrente do seu coração.

    E a qualquer momento você pode subir à tona pra renascer!

    Beijin,


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Obrigada pelo comentário. bjs Lou