Tarsila do Amaral




Abaporu


Vamos continuar nosso passeio pela galeria de nossos artistas nacionais. Hoje vamos conhecer um pouco sobre a vida e obra de Tarsila, que também destacou a brasilidade.

Tarsila do Amaral nasceu no dia 1° de setembro de 1886, começou a aprender técnicas de pintura somente aos 31 anos e em 1921 foi estudar artes plásticas na Academia Julian, em Paris. Dois anos depois participou do Salão Oficial dos Artistas da França, expondo obras com as técnicas do cubismo.
De volta ao Brasil se junta com Anita Malfati, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, intelectuais do grupo modernista, e forma o Grupo dos Cinco. Esse grupo, que teve vida curta, tomou a frente do movimento modernista do Brasil, na Semana da Arte Moderna de 1922.
Retornou para a Europa em 1923 onde conheceu vários artistas e escritores ligados ao movimento modernista europeu.
No final da década de 20 Tarsila inicia a fase de sua pintura denominada Pau Brasil, que destaca a exuberância da flora e da fauna brasileira. Expõe em Paris em 1926, obtendo enorme sucesso. Casa-se no mesmo ano com Oswald de Andrade.
Em 1928 pinta uma tela para dar de presente de aniversário a Oswald. Sua intensão era impressionar e chocar o marido, criando um ser antropófago. A obra destacava um corpo grande para valorizar o trabalho braçal e a cabeça pequena para desvalorizar o intelecto, pois naquela época o trabalho braçal tinha maior importância.
Oswald ficou tão impressionado que criou o Manifesto Antropófago, que propunha a digestão das influências estrangeiras, para que a arte nacional fosse transformada em algo bem brasileiro. O nome Abaporu saiu de um dicionário tupi-guarani e significa "homem que come carne humana". Esse quadro dá início a fase Antropofágica.
Abaporu alcançou a cifra de U$ 1,3 um milhão num leilão em Nova York, quase setenta anos depois que foi pintado, maior valor obtido por uma obra brasileira naquela época.
Em 1933 pinta o quadro Operários e dá início a pintura social no Brasil, mas volta ao tema Pau-Brasil nos anos 50 quando participa da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza.
Tarsila faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973 consagrada pela grandiosidade e importância de seu conjunto artístico.
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