Ópera Pagliacci


Ontem insisti e fui ao teatro, mesmo sem ter o ingresso,  tentar assistir a ópera Pagliacci. Dei sorte. Quando me dirigi à bilheteria um funcionário do teatro estava acabando de distribuir os dois últimos ingressos que tinha em mãos e me deu um deles e o outro para minha irmã. Como ainda ficou faltando o ingresso para minha amiga Lili, que estava presa no congestionamento e por isto atrasara, fui para a fila dos "sem ingresso" aguardar para ver no que dava.
Na minha frente tinha exatamente seis pessoas. As cinco primeiras ganharam os ingressos de algumas pessoas que desistiram de assistir a peça. Fiquei animada, só faltava uma na minha frente que também conseguiu sua entrada em pouco tempo. Fiquei por ali um pouco mais, conversando com outras pessoas da fila que aguardavam com ansiedade ter a mesma sorte dos seis primeiros, foi então que apareceu o Marco Antonio e me ofereceu um dos ingressos que tinha sobrando na mão. Nossa, fiquei super feliz, agradeci muito e saí para encontrar Lili que estava entrando no teatro naquele exato momento, toda esbaforida de tanto correr para chegar a tempo para assistir a peça.
Como eu previra, o teatro estava cheio, mas havia muitas cadeiras desocupadas. Como disse a velhinha que havia me abordado na fila, no dia que tentei pegar o ingresso, os organizadores reservam vários assentos para autoridades que nunca aparecem para prestigiar. Ainda bem que insisti e fui, mesmo sem o ingresso na mão. Como diz o velho ditado: quem espera sempre alcança.
Já acomodada em minha cadeira encontrei Marco Antonio, que havia me presenteado com um ingresso, e duas simpáticas mineiras.  Ficamos conversando animadamente  até  começarem tocar os primeiros acordes.  As mineiras me animaram ir a Diamantina assistir a Vesperata.
A história da ópera Pagliacci é ambientada numa pequena aldeia, no dia da Festa da Assunção.
O primeiro ato mostra uma companhia de saltimbancos chegando numa aldeia. O chefe do grupo encontra uma bela jovem desmaiada,  quase morta de fome. Ele a recolhe, cuida dela, e acaba se apaixonando. Mesmo sendo muito mais velho, Canio se casa com a jovem, que se chama  Nedda, mas vive atormentado pelo ciúme.
Nedda ouve os pássaros e sonha com sua própria liberdade. Tonio, o corcunda, que também faz parte da troupe, tenta beijar Nedda que o repele com asco. Em seguida ela encontra Silvio, seu jovem amante, e combinam  fugir  depois do espetáculo da noite. Para se vingar  por ter sido repelido Tonio, que a tudo assistira, conta para o marido ciumento que está sendo traído.
A peça apresentada pelo grupo de saltimbancos confunde-se com a realidade de Canio e Nedda. Canio, vestido de palhaço, entra em cena. Ele fala com a Colombina da peça como se estivesse falando com Nedda, sua mulher. Cego de ciúmes, Canio mata Nedda  em cena. Nos espasmos da morte Nedda chama por Silvio, seu amor, que também é assassinado por Canio.
Neste desfecho trágico, aos prantos, o palhaço se dirige a todos dizendo:  "a comédia terminou..."
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Obrigada pelo comentário. bjs Lou