Fiorde de Geiranger e Glaciar de Briksdals

Saímos de Loen depois de um café da manhã cheio de guloseimas, e fizemos o mesmo caminho perigoso da chegada. Nossa direção era Alesund, uma cidade de 98 quilômetros quadrados, espalhados por cinco ilhas, e com cerca de 40 mil habitantes, que ostenta o título de capital mundial do bacalhau.


No caminho para Alesund paramos em Briksdals para almoçar e aproveitamos para conhecer o glaciar com o mesmo nome. Fiquei empolgada para ver de perto o glaciar. Alguns carros abertos, que mais pareciam um reboque com bancos,  já estavam estacionados e com os motoristas a postos. Entrei num deles assim que terminei de vestir uma capa de chuva porque havia começado a cair uma chuvinha que prometia durar. O motorista cobriu nossas pernas com pesadas capas de plástico para que ficássemos protegidos do vento e do frio, mas no caminho precisamos puxar as capas até o pescoço.

Os motoristas ligaram os motores e começaram a subir a montanha íngreme, por uma estrada cheia de curvas e bastante perigosa para o meu gosto (detesto altura). Num certo ponto da montanha demos de cara com uma cachoeira maravilhosa que deu um belo banho gelado em todos os passageiros, sem exceção. A molhadeira fez com que todos rissem do inesperado da situação. O visual era de tirar o fôlego.

Num determinado ponto da montanha os motoristas pararam e informaram que dali para a frente só era possível prosseguir a pé. Algumas pessoas optaram por ficar embaixo de uma cobertura, mas eu decidi subir o resto da montanha a pé, só para ver de perto o glaciar.

O Agostinho, guia que estava acompanhando o grupo, foi conversando comigo durante a subida e quando me dei conta já estava no alto da montanha. Durante o caminho cruzamos com várias pessoas que desciam a montanha depois de ter feito todo o caminho, inclusive a parte que eu havia feito de buggy, a pé. Eu não me animaria, pois não tenho mais disposição para tanto.

Quando cheguei no alto da montanha, depois de uma longa e cansativa caminhada, fiquei um pouco desapontada. O glaciar Briksdals, com seu tom azulado,  era só um tiquinho do glaciar que foi um dia. Ele está derretendo mais e mais a cada ano que passa...


Desci novamente a montanha, embarquei no buggy e fui direto para o restaurante almoçar com o grupo. Depois do almoço embarcamos num outro cruzeiro, daquela vez para conhecermos o Fiorde de Geiranger que tem mais ou menos 15 quilômetros de comprimento e é um dos braços do Grande Fiorde, o Storfjorden.




A população da vila de Geiranger é bem pequena, mas no verão este número aumenta para umas duas mil pessoas.


Nem é preciso dizer que o passeio pelo fiorde  foi mais um momento de puro êxtase diante de toda aquela impressionante beleza natural. Do barco  avista-se inúmeras cachoeiras, entre elas as Sete Noivas, com 7 cascatas próximas umas das outras, e a cascata Amante Eterno. Aliás, o fiorde de Geiranger é patrimônio da humanidade pela Unesco e um dos lugares mais visitados da Noruega. É também  o terceiro maior porto de cruzeiros, recebendo entre os meses de maio e setembro mais de 150 embarcações.


O cruzeiro foi breve, durou apenas 50 minutos. Depois seguimos direto para Alesund, onde chegamos bem tarde, muito cansados e famintos.
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Obrigada pelo comentário. bjs Lou