Trem Flamsbana - Um passeio encantado entre Voss e Myrdal

Como eu havia dito no outro post, estou novamente em forma. A dor provocada pelo zometa passou e hoje já não é nem sequer uma lembrança. Prefiro focar no que é bom e dor nunca o é mas, o que está por trás daquela dor é ótimo. Santo zometa!
Hoje quero escrever sobre um momento inesquecível da viagem: o passeio no trem Flamsbana.

Saímos de Bergen pela manhã em direção a vila de Voss, onde embarcarmos para Myrdal no famoso trem Flamsbana, que faz um percurso de 20 km pelos belíssimos vales e paisagens de montanhas e cascatas, na Região dos Fiordes Noruegueses.

A viagem é espetacular. O percurso do trem entre Voss e Myrdal dura 1 hora e atravessa cenários de natureza selvagem e outros construídos pelo homem, que são inesquecíveis. A altitude que separa uma vila da outra é de 864m, e isto torna aquela ferrovia a de maior inclinação do mundo (bela obra de engenharia).

No verão europeu, época em que viajei, o trem Flamsbana é muito concorrido. São dez partidas diárias da estação de Flam, que saem sempre muito cheias. O trajeto de uma hora atravessa 20 túneis e dá direito ao turista a uma vista espetacular de várias cachoeiras com mais de 100 m de queda livre, nas altas montanhas vestidas pelo verde dos pinheirais. É fantástico.

No meio do caminho o trem faz uma parada breve para que os deslumbrados turistas vejam de perto, e fotografem com mais calma, a monumental cachoeira Kjosfossem. Algumas vezes aquela parada estratégica  ainda dá direito a visão de um ser mitológico da Noruega: a Huldra.

A multidão de turistas que desce do trem aos trancos,  se acotovela no pequeno espaço de calçada entre o trem e o abismo, para fotografar a cachoeira. Posso apostar que são poucos aqueles que percebem a breve aparição da Huldra, uma mulher vestida de branco, dançando e cantando em cima de uma pedra, acompanhando o rítmo pulsante da natureza que a envolve. Quando a vi, tive a impressão de ser uma miragem, pois estava  esmaecida pela névoa que se formava pela evaporação da água da cachoeira que caía com força... Foi sensacional!


A parada  do trem é tão breve quanto a aparição da Huldra; a  viagem continua por paisagens tão fantásticas, que é difícil duvidar da existência do Ser poderoso que deu vida àquilo tudo.
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Obrigada pelo comentário. bjs Lou