Câncer ósseo e fraturas

Ainda bem que no último domingo aproveitei o dia para comemorar a vida com alguns amigos que vieram até minha casa. Ficamos conversando até tarde enquanto beliscávamos os quitutes feitos pela Suzi e pela Inês, que também está fazendo o curso de gastronomia. Elas estão ficando cada dia melhores na cozinha. Não há quem resista aos sabores de seus pratos. Huuuummm.
Ontem, no final da tarde, eu estava na varanda molhando meus bonsais quando ouvi um forte estalo em meu pé, seguido de uma dor infame. A dor era tão forte que precisei sentar-me para tentar ao menos respirar com calma antes de  pedir ajuda. Chamei a Suzi que já chegou apavorada tentando ajudar, mas  eu simplesmente não conseguia apoiar o pé para andar e tive que sair pulando feito um saci.
Fomos para o Pronto Socorro mais próximo, que fica no Hospital Brasília, e fui atendida por um ortopedista jovem, mas que conseguiu passar segurança no que faz. Fazer a radiografia não foi tarefa fácil, pois o pé doia desesperadamente. Voltei ao consultório e encontrei outro médico, pois o que havia me recebido estava na UTI atendendo uma emergência. O médico olhou a radiografia, viu uma extensa fratura que quase dividia ao meio o osso correspondente ao dedo mínimo e mandou engessar o pé até o joelho,  mandou também  que eu tomasse um antiinflamatório por 6 dias.
Enquanto eu estava na sala do gesso o médico que me atendeu inicialmente chegou, olhou o raio X e disse que a fratura era gravíssima. Pediu-me que voltasse ao consultório para conversar assim que eu terminasse de engessar a perna. Ele explicou que meu esqueleto é mais frágil por causa do câncer ósseo e que aquela fratura, que parecia ter acontecido do nada, era por causa disto. Recomendou-me fazer acompanhamento com um ortopedista especializado em tumor ósseo para evitar outras surpresas desta natureza.
Um terceiro ortopedista estava na sala conosco naquele momento. Perguntei-lhes se tinham algum ortopedista oncológico que pudessem recomendar e foi este outro ortopedista quem recomendou o que estava me atendendo naquele momento. Olha só que sorte, eu estava sendo atendida justamente por um ortopedista oncológico, que podia avaliar com segurança o que acontecera comigo. Ele foi taxativo ao dizer que não havia necessidade de tomar nenhum tipo de remédio além de remédio para dor, caso a dor ficasse muito forte. Já gostei desta parte, pois detesto tomar remédio, e muito menos sem necessidade.
Mais uma vez ficou evidenciado que existem médicos e médicos. Um insistiu que eu teria que tomar o antiinflamatório, mesmo eu argumentando que já tomava remédio demais. Pedi então um remédio que fosse apenas um comprimido por dia e ele prescreveu um remédio para ser tomado de 12 em 12 horas por no mínimo 6 dias. O outro, que é especialista em câncer ósseo, já disse que não precisava de remédio. A única recomendação foi repouso absoluto, por 6 semanas, para consolidar a fratura.
Agora vou precisar ficar de molho por um bom tempo. Ohhhhh castigo... Vou passar as festas de final de ano numa cadeira de rodas. Ninguém merece, mas... o que não tem remédio, como diz o velho e sábio ditado, remediado está.
2 Responses
  1. Anônimo Says:

    Ai Mama, baita susto! Agora é descansar bastante e deixar o pé quietinho p melhorar logo! Te amo!!! Bjos


  2. Issia Montes Says:

    Vou te comprar um presentinho pra facilitar a vida no computador!! Mtas séries, filmes e amigos pra ajudar na recuperação, a parte de séries e filmes eu resolvo fácil, fácil!


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Obrigada pelo comentário. bjs Lou