O tempero da vida

           Ontem assisti  com a Suzi,  que precisava fazer uma resenha para o curso de gastronomia, o filme “O tempero da Vida”, dirigido por Tassos Boulmetis. Eu já tinha assistido este filme há alguns anos e me lembro que foi aí que despertou em mim o interesse pelos segredos e sabores dos temperos e condimentos.
           Aproveitei um pouco do texto da resenha que ela precisou fazer,  para comentar o filme aqui no blog. Aliás, falando em resenha, a Suzi (e acho que a maioria das pessoas que decidem fazer gastronomia) nunca imaginou que fosse necessário fazer tantos trabalhos. Ela estava crente que só ia trabalhar na cozinha aprendendo os segredos da alta culinária... errou redondo. É trabalho que não acaba mais.
          Mas voltando ao filme, o diretor parece ter se baseado em sua própria história  de vida pois, como o protagonista Fanis, ele também  nasceu e  viveu  em Istambul até ser deportado para a Grécia com a família, por causa dos conflitos ocorridos na Ilha de Chipre.
          As cenas do filme enchem a tela da TV com mesas repletas de pratos da culinária grega/turca,  que chegam a  dar água na boca. São comidas preparadas com condimentos e especiarias que, numa perfeita alquimia, conseguem despertar as emoções das pessoas.
            Mesclando  cenas do passado e do presente, o filme nos conta a história de Fanis e sua família que viviam em Istambul, na Turquia, e foram deportados para a Grécia em 1959. Em Istambul ficaram seu avô e seu primeiro amor de infância.
            Fanis já adulto, professor de astrofísica em Atenas, está preparando uma refeição para seu avô quando recebe a notícia de que ele está muito mal e internado em um hospital de Istambul.  A partir daí começam suas lembranças do passado.
           Suas memórias voltam para o tempo em que era apenas um garoto que vivia no meio dos temperos e condimentos na loja de seu avô em Istambul. Está sempre atento nas conversas dos adultos  sobre os segredos dos temperos e dos ingredientes que despertam os sentidos, muito mais do que somente o paladar. O avô é quem lhe ensina as tradições familiares e os segredos da culinária. Ele também ajuda o menino estudar utilizando condimentos para dar suas explicações.
            Fanis ainda garoto descobriu sua paixão pela culinária e costumava preparar refeições para a família. Ele ensina alguns segredos culinários para a amiga, que é seu primeiro amor de infância, e a menina, em retribuição, dança para ele.
             Quando sua família é deportada a menina vai se despedir dele na estação e lhe dá de presente uma maleta que ela usava para preparar comidinhas. Ele parte para Atenas e usa a maleta que ganhou de presente para preparar comidas para as meninas da escola onde estudava, até o dia que o proibiram de cozinhar.
           Fanis cresceu na Grécia longe do avô,  mas nunca se esqueceu dele e de seus ensinamentos. Ele só  retorna a Istambul quando o avó adoece  e após o funeral ele também revê seu primeiro grande amor e tenta uma reaproximação.
            O Tempero da Vida é um filme que usa a culinária e as  especiarias como metáforas para nos falar sobre a vida, os relacionamentos, a saudade, o amor e sobre nossas escolhas.           
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2 Responses
  1. Anônimo Says:

    Ólá Lou, graças a Deus, está tudo bem com vc!
    Eu comecei a minha batalha em agosto/2010, fiz tudo, primeiro quimio da "vermelhinha", depois retirada da mama, mais quimio,esta mais fraca e apos radio...ufa! que terminou em setembro de 2011, pois agora estava toda feliz so nos exames de rotina, chegou outra bomba, lifonodos comprometidos na outra axila! looooucura....pirei!!!! pois é, irei começar a tomar o xeloda tô com muito medo...alias, medo de tudo...tb moro em brasilia.bjs, kaka


  2. Lou Says:

    Kaka
    Primeiro, obrigada pela visita ao meu blog.
    Qto ao tratamento, esses altos e baixos costumam acontecer. Comigo não foi diferente, mas agora estou numa fase muito boa, tanto é que vou ficar viajando um mês inteirinho.
    Não sei qual o protocolo de quimio você já fez, mas o xeloda é um bom remédio. Tive uma boa resposta com ele, mas já não o uso mais. Um pouco de medo é natural, só não deixe que esse medo te paralise.
    Volto para Brasília no dia 18 de maio. Se vc tiver vontade podemos marcar um encontro para trocarmos umas figurinhas... é sempre bom conversar com alguém q tb já passou pelo mesmo problema que nós.
    bjs Lou


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Obrigada pelo comentário. bjs Lou