Um Giro pela Toscana - dia 30 - Notte Bianca


          Comecei o dia desencontrando do grupo e quando cheguei ao hotel Calzaiuoli encontrei um recado do HA pedindo que eu entrasse em contato com a Kátia que também havia ficado para trás. Pegamos um táxi e fomos encontrar com ele, a Lia e a Eleonora na Piazza Michelângelo, de onde se tem uma fantástica vista de Florença. Aproveitamos para conhecer a Basílica de San Miniato al Monte.


Igreja de San Miniato al Monte

           Voltamos ao centro de ônibus e fomos para a Igreja de Santa Maria Novella que fica na praça onde funciona um mercado de rua. Resolvemos experimentar a comida do mercado, mas foi muito difícil conseguir uma mesa. A cidade estava lotada, pois a Notte Bianca é comemorada hoje e haverá muitas apresentações pela cidade, e tudo é grátis, inclusive as entradas nos museus e galerias.

Igreja de Santa Novella

            Consegui espaço em uma das mesas e chamei o grupo. Cada um de nós  foi comprar algum tipo de comida nas barracas e nos sentamos para comer. Comi uma pasta com molho pesto que estava uma delícia. Depois do almoço comprei alguns biscoitos caseiros e levei para beliscar a noite no hotel.


        A noite nos encontramos para aproveitarmos juntos as atrações da Notte Bianca. Começamos visitando o Palácio Vecchio.


           Esta parede do Palácio Vecchio que aparece na foto acima pode esconder a obra de Leonardo da Vince, perdida há cinco séculos. Nossa! É numa hora dessas que eu queria ter uma visão de raio X.
 É que atrás do afresco da Batalha de Marciano, pintado por Vasari, pode estar A Batalha de Anghiari, um afresco pintado por Leonardo para comemorar a vitória da República de Florença sobre a Milanesa, em uma batalha ocorrida na planície de Anghiari.
Estudos recentes sugerem que Vasari, para preservar o afresco de Leonardo, construiu outra parede a poucos centímetros da pintura para executar seu próprio afresco, o da Batalha de Marciano. A dúvida ainda paira no ar. Quem viver talvez, quem sabe, ainda verá... Confesso que fiquei excitada com a idéia, e morta de curiosidade. Leonardo da Vince é demais! Será que o afresco pintado por ele ainda está lá, guardado e preservado...

detalhe do teto do palácio

           Saímos do Palácio Vecchio e enfrentamos uma multidão impressionante que deixava quase intransitável a cidade de Florença. Todas as atrações disponíveis na Notte Bianca estavam lotadas. Eram filas quilométricas para tudo, tornando quase impossível aproveitar qualquer uma das atrações.
            Paramos na Praça della Signoria para ouvirmos a apresentação um Coral Gospel. A música estava gostosa e todos prestavam muita atenção, mas um cachorro beagle parecia não estar muito de acordo, pois ele uivava sem parar. Seu dono, sem opção, resolveu sair de fininho...


            Saímos de lá e fomos até a praça da República para comer uma pizza, mas a pizzaria, que não passava de um corredor um pouco mais largo do que o normal, estava lotada. Os pizzaiolos não paravam de entregar tabuleiros e mais tabuleiros de pizza fresquinha no balcão e os frequezes apontavam a que queriam e os balconistas cortavam o pedaço com uma tesoura, colocavam num prato de papel e entregavam. Era rápido. Quem tivesse sorte de encontrar uma cadeira vazia, sentava para comer nas mesas que ficavam na praça, ou então comia em pé mesmo. Nós demos sorte.
            Bem que tentamos aproveitar as diversas atrações da Notte Bianca, mas não foi possível. Para todos os lugares que fomos tinha filas quilométricas e eu detesto multidão (acho que todo o grupo, porque ninguém se animou).  Lá pelas tantas resolvemos voltar para descansar no hotel. Deitei ouvindo o barulho da festa que acontecia nas ruas da cidade. Dormi embalada pelo som dos passos das pessoas que caminhavam apressadas sobre as pedras centenárias do calçamento, as mesmas pedras por onde um dia andaram homens como Leonardo, Rafael, Dante...
0 Responses

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário. bjs Lou