Refratura - gesso - repouso forçado

          Dezembro e janeiro são meses que não despertam em mim o desejo de viajar, mas também não vale quebrar o pé novamente e precisar ficar na cadeiras de rodas e dependendo de ajuda até para as coisas mais simples. Esse câncer ósseo está fragilizando meu pé além do necessário. Que coisa mais chata e frustrante... detesto ficar de repouso e ainda por cima dependente... haja exercício de paciência, tolerância e humildade.
          Ontem foi a festa de aniversário da Maura, uma de minhas amigas mais queridas, e nem pude participar. Fiquei plantada no Pronto Socorro do Hospital Brasília esperando atendimento por mais de uma hora. Acho um desrespeito com os pacientes que procuram ajuda por um motivo ou outro. Não havia ninguém na fila, mas como era troca de plantão também não havia nenhum técnico de enfermagem para fazer a triagem e eu fiquei lá plantada, com o pé inchado e doendo prá caramba, esperando por mais de meia hora a chegada do profissional e depois ainda fiquei esperando um bocado de tempo para que o médico me chamasse para atendimento e eu era a única paciente aguardando atendimento com um ortopedista.
          O Pronto Socorro do Hospital Brasília é todo arrumadinho, mas o atendimento fica a desejar... uma lástima. O hospital separa os pacientes por cores, de acordo com a urgência do caso. Minha cor era laranja, que demanda uma certa urgência por causa do edema e da dor, mas mesmo assim fiquei esperando muito mais tempo do que o razoável, e olha que o Pronto Socorro estava quase vazio. Imagina se estivesse cheio?
          O RX revelou o que eu já esperava: meu pé tornou a quebrar no mesmo lugar que fraturou em dezembro do ano passado. Será uma praga do mês de dezembro? Sempre acreditei que o calo ósseo tornasse o osso mais resistente naquele ponto. Ledo engano. Refratura... nunca tinha ouvido a expressão, mas senti no próprio osso a dor... agora sei bem o que significa.
          Eu já vinha sentindo dor no pé há algumas semanas. Cada médico falava uma coisa diferente, só a dra. Juliana sugeriu que eu procurasse um ortopedista para conferir a fratura anterior. Eu tinha decidido procurar o ortopedista depois da festa da Maura, mas o pé resolveu quebrar poucas horas antes da festa. Eu já estava com os cabelos arrumados e toda animada, mas ao invés de ir para a  festa fui para o hospital. Troca mais bizarra. Ir para a festa teria sido tão mais interessante...
1 Response
  1. Anônimo Says:

    Oh, mama. E seu cabelo estava um arraso! Bem, agora o importante é descansar. Te amo!


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Obrigada pelo comentário. bjs Lou