Chegando em Paris

     O embarque em Brasília correu tranquilo. Usei a cadeira de rodas e fui conduzida por um funcionário até a sala de embarques. Minhas companheiras de viagem puderam me acompanhar, o que foi bom para todas.
     Enquanto aguardávamos na área de embarque entrou um agente da polícia federal com um cachorro policial de todo o tamanho, enorme. O bicho saiu farejando as bagagens de mão e um burburinho logo se formou. Parece que estavam procurando drogas e acabaram abrindo uma mala que estava com pacotes de pó de café entre as roupas. A dona da mala foi chamada para se explicar e ficou aflita com a situação. Ainda bem que era só pó de café mesmo, mas tudo acabou no lixo.
     Quando os portões foram abertos entramos na frente de todos por causa da cadeira de rodas. A viagem transcorreu na maior tranquilidade. Não houve turbulências para assustar ninguém.
     Paris nos recebeu com céu azul, sol brilhando e temperatura agradável. Na saída do desembarque recebemos um panfleto com propaganda de uma van e optamos por este tipo de transporte que nos deixou na porta do hotel por apenas 15 euros por pessoa. Bom, barato e eficiente. Aprovamos o serviço da Iberia. O site para reservas é www.airport-shuttle-one.com\iberia. O telefone é 06-98-162424.
     Nosso hotel era o Mistral, que fica nas proximidades da Gare de Montparnasse. Optamos por aquele hotel porque no dia seguinte, às 10 horas da manhã, iríamos pegar o trem para Saint Malo. O hotel Mistral foi também o endereço de Simone de Beauvoir e Jean Paul Sartre em Paris por um longo tempo.


     Fomos até a estação e compramos nossas passagens, em seguida paramos num dos vários restaurantes nas proximidades da Gare mas assim que sentamos a Helena percebeu que havia esquecido a carteira com dinheiro e todos os cartões no balcão de atendimento da estação. Ela ficou aflitíssima e então voltamos o mais rápido possível, mas ela estava tão nervosa que não conseguia sequer saber como chegar até o guichê onde compramos nossas passagens. Eu que sou a desorientada do grupo, porque estava calma, consegui chegar  no balcão de atendimento a grandes linhas sem problemas. A Helena não conseguia lembar como falar carteira em francês, então gastei o meu inglês, mas a jovem logo nos reconheceu e foi pegar a carteira que ela havia guardado em local seguro. Um verdadeiro alívio. Agradecemos e quase abraçamos a jovem, como boas brasileiras que somos, mas conseguimos conter nosso entusiasmo. Rimos juntas da situação que serviu para nos alertar e tomar mais cuidado com nossos pertences.
     Voltamos para o restaurante e enfim conseguimos almoçar em paz e sem pressa. Em seguida saímos passeando pelas redondezas e depois voltamos para o hotel. O dia foi cheio de muitas emoções e estávamos exaustas. Dormimos cedo e por causa do fuso horário acabamos acordando por volta da meia-noite local e ficamos papeando por mais de duas horas na cama até conseguirmos dormir novamente.     
3 Responses
  1. Anônimo Says:

    Mama, a viagem já começou uma aventura, Hein! Qm diria q vc conseguiria achar o caminho de volta. Estou mto orgulhosa!!!! Te amo!


  2. Genteee, imagino o desespero da carteira. Mas estas coisas têm de acontecer, pra dar graça! kkk Depois de tudo, claro! Um beijo e aproveitem cada segundo, pq Brasília continua esta chatice! kkk Bjoo!


  3. Ah, amei o hotel! Chique demais! Amo a história dos dois!


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Obrigada pelo comentário. bjs Lou