Última semana de férias - Chegando em Paris

     O David foi nos pegar no hotel e nos levou a Saint-Malo para embarcarmos no trem que nos levaria de volta a Paris. Estávamos todos meio calados, afinal era nossa despedida da Bretanha que tanto gostamos.
     Chegamos na estação em Saint-Malo, abraçamos o David pela última vez e nos despedimos. Depois de tantos dias juntos e tantas aventuras já o considerávamos nosso amigo. O Lionel ficou conosco um pouco mais, até o trem sair da estação. Foi difícil dizer adeus.
     Nosso vagão estava lotado; a viagem transcorreu tranquila e sem incidentes. Logo que descemos do trem na Gare de Montparnasse pegamos um táxi até o hotel Elysée Union, no Trocadero. O motorista, que arranhava um pouco de português, já foi logo nos avisando que o tempo na cidade não estava muito bom, pois chovia quase todos os dias. As nuvens carregadas no céu escuro não deixavam nenhuma dúvida sobre o tempo ruim.


     Assim que fizemos nosso check in deixamos as malas no quarto e saímos em direção ao Champs-Élysée, que ficava a uns cinco minutos de caminhada. Paramos no primeiro restaurante que encontramos para fugirmos da chuva que começara a cair mais forte. Um garçom, com cara de poucos amigos, nos disse para sentarmos dentro do restaurante e não às mesas que ficam nas calçadas já que nossa intenção era almoçar e não apenas beber ou comer um sanduiche. Imediatamente entramos no restaurante e nos sentamos numa das mesas com vista para a rua.
 
     Dentro do restaurante umas duas ou três mesas além da nossa já aguardavam atendimento, mas passados pelos menos uns quinze minutos desde nossa entrada no restaurante nenhum garçom se dignou atender nenhuma delas. Um casal desistiu e saiu resmungando seguido de outras duas pessoas, nós fomos as próximas a sair do local sem ao menos sermos notadas pelos funcionários que não estão nem aí para os fregueses. Os garçons sabem que apesar do péssimo atendimento novos fregueses continuarão chegando. É Paris... destino de férias sonhado por muita gente.


      A chuva continuava a cair forte, então atravessamos a rua e entramos no restaurante mais próximo, o Le Roman, e finalmente fomos atendidos por uma garçonete gentil e de bem com a vida. Escolhemos nossos pratos e ficamos conversando enquanto a chuva caía lá fora. O ritmo frenético das pessoas andando na rua não diminuía, apesar da chuva. Era um vai e vem incessante.
     Nossos pratos chegaram e o cheiro gostoso do tempero aguçou ainda mais nossa fome. Eu e a Helena comemos um risoto com coquille de Saint-Jacques que estava divino e a Maura comeu um macarrão com camarões que parecia muito bom também. Saímos satisfeitas do restaurante, pois além de bem alimentadas a chuva havia parado, então fomos dar uma volta pela charmosa Champs-Élysée.


     Paris continua linda, mesmo com chuva. As ruas e as lojas continuam abarrotadas de turistas,  os restaurantes cheios, os garçons mal humorados... tudo continua como sempre foi, mas Paris, mesmo assim, não perde o seu charme, a sua beleza. Gosto de bater perna pelas ruas de Paris, atravessar suas pontes, ver o tempo passar sentada em seus jardins... Adoro entrar nos seus museus e galerias de arte e me perder pelas imensas salas e galerias enquanto aprecio um quadro maravilhoso, uma escultura fantástica, um detalhe delicado que só prestando muita atenção conseguimos perceber...
     Já era tarde e tínhamos caminhado tanto que só dava mesmo para voltar ao hotel pegando táxi, pois estávamos exaustas. Táxi em Paris costuma ser artigo de luxo, uma dificuldade... É outro profissional difícil naquela cidade. Eles só aceitam passageiros quando querem, o turista que se dane.
1 Response
  1. Anônimo Says:

    Mama, apesar do tempo feio, vc fez fotos lindas! Amei!


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Obrigada pelo comentário. bjs Lou