Um giro pela Turquia - Istambul

       Após muitas idas e vindas eu, a Cris e a Maria Luiza decidimos viajar de férias para a Turquia, quando a Turquia ainda não havia virado moda por causa da novela Salve Jorge. Fechamos um pacote com a agência Soft Travel e começamos a sonhar, mas parece que o destino decidiu o contrário e na segunda-feira da semana anterior ao embarque a Cris sofreu um acidente, aparentemente sem grandes consequências, mas que a impediu de prosseguir com os planos da viagem. 
        Eu e Maria Luiza saímos de Brasília para São Paulo pela Gol no dia 25 de outubro de 2003. No aeroporto de Cumbica pegamos um ônibus (R$ 21,00) para o aeroporto de Guarulhos onde passamos toda tarde (foi a parte chata da viagem). Como nosso vôo atrasou muito acabamos conhecendo a Maria Ernesta, uma senhora meio estranha e angustiada que fez questão de nos contar que estava indo passar uns tempos em Roma para cuidar da neta. Ela também contou, com certo orgulho, que tinha se casado cinco vezes e sempre com homens mais jovens mas que estava sozinha naquele momento.

         Falando em gente estranha conhecemos outra bem curiosa no vôo de Brasília para São Paulo. Dalva era o seu nome. Ela nos disse que era psicoterapeuta holística especialista na terapia do "si" e afirmou categoricamente que eu estava indo ao encontro do meu passado e que iria ficar muito emocionada com algumas coisas que eu iria “rever” nesta viagem. Ela até sugeriu que a Maria Luiza prestasse bastante atenção em mim e me socorresse quando necessário (as previsões dela estavam furadas pois não senti nadica de nada, nenhuma emoção incontrolável). É cada maluco que a gente conhece...

 O avião da Alitalia fez uma conexão em Roma onde chegamos na manhã do dia 26. Como só iríamos embarcar às 19h 30 para Istambul, aproveitamos a tarde para passear pela cidade com o Fábio, amigo da Maria Luisa que foi nos pegar no aeroporto e depois  nos deixou na casa de outros amigos dela.


 Fizemos outro passeio de carro pela bela Roma, afinal tínhamos o dia inteiro para isto. Passamos pela Praça de São Pedro, pelo Coliseu, Piazza Navona, Praça de Espanha etc. O dia estava ensolarado e a cidade muito animada e nós pudemos caminhar e rever alguns pontos turísticos da cidade eterna.


 Almoçamos na casa dos amigos de Maria Luiza e ficamos papeando até a hora de  voltarmos para o aeroporto. O motorista que nos levou deveria ter espírito de corredor pois o ponteiro do velocímetro só aumentava e ele não tirava o pé do acelerador. Eu e Maria Luiza trocamos um olhar cúmplice e demos uma risadinha nervosa. O jeito era torcer para chegarmos inteiras ao aeroporto ou rezar para todos os santos conhecidos... Deu tudo certo e chegamos sem nenhum arranhão.


         Embarcamos finalmente para Istambul. Estávamos muito excitadas e com um certo receio de não encontrar ninguém a nossa espera no aeroporto, mas assim que desembarcamos demos de cara com uma simpática guia que nos aguardava. A Sofia falava espanhol e fazia esforço para falar português. Aliás, para quem estava aprendendo a língua há apenas 3 meses ela dava conta do recado direitinho. Fomos de van para o hotel Marble, localizado na Praça Taxim na cidade nova, parte asiática de Istambul.


         Istambul, antiga Bizâncio e Constantinopla, foi capital do Império Romano do Oriente e do Império Otomano até 1923. Hoje a capital é Ancara, mas Istambul continua sendo a maior cidade da Turquia e a quinta maior do mundo. Ela é a única cidade do mundo situada entre dois continentes: a Europa e a Ásia - interessante não é mesmo?

 imagem da internet


          Falando nisto, em 2013 foi inaugurada em Istambul a primeira ligação férrea submarina intercontinental. O túnel subaquático, que é o mais profundo do mundo, liga a Europa e a Ásia a uma profundidade de mais de 60 metros abaixo do Estreito de Bósforo. Apenas 4 minutos separam os mais de 13 km que ligam um continente ao outro.






 imagem da internet



         A bela Istambul ocupa as duas margens do Estreito do Bósforo, que é a ligação o Mar de Mármara e o Mar Negro. É o Estreito de Bósforo que separa a parte asiática da européia. O Chifre de Ouro (ou Corno de Ouro) é um estuário com sete quilômetros de extensão e recebe esse nome porque lembra um chifre. É ele que separa a Istambul moderna da histórica. Com o Mar de Mármara o Chifre de Ouro forma uma península com um profundo porto natural.
          No lado europeu, para aproveitar a Istambul moderna basta cruzar a ponte de Gálata sobre o Chifre de Ouro. A parte asiática de Istambul é uma região mais residencial.

         Quando de sua fundação Istambul ficou conhecida como Bizâncio. Durante o reinado do imperador Constantino, o Grande, a cidade passou a ser chamada de Constantinopla, a cidade de Constantino. Só depois da conquista dos otomanos é que passou a ser chamada de Istambul.

         Hoje a cidade possui aproximadamente 14 milhões de pessoas (uma de cada cinco pessoas que vivem na Turquia mora em Istambul). É uma cidade cosmopolita onde se encontram o oriente e o ocidente, Ásia e Europa, cristianismo e islamismo e várias culturas que convivem harmoniosamente. 


         O centro histórico de Istambul fica na praça Sultan Ahmet e na zona denominada Sarayburnu. Lá estão a mesquita do Sultão Ahmet, o palácio Topkapi, a praça do hipódromo, que era utilizada como centro da cidade na época  bizantina e otomana, o museu de Santa Sofia (que inicialmente foi uma igreja), o museu arqueológico, o museu de arte Turco-muçulmana, o museu dos mosaicos, etc.
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