Um giro pela Turquia - Estreito de Bósforo e o Palácio do Senhor dos Senhores

       No dia 28 estava previsto um passeio em barco privado pelo Bósforo, mas por causa da chuva o barco não pode sair então embarcamos num barco público, bem maior que o outro, e pelo jeito mais seguro. As águas encapeladas pelo vento forte faziam o barco balançar bastante, mas a chuva não demorou muito e deu uma trégua deixando o passeio mais tranquilo. Fazia frio e não tivemos coragem de encarar a vista do lado de fora (a não ser para uma rápida fotografia). Preferimos ficar na parte fechada do barco, protegidas do vento.


          O Estreito do Bósforo é um canal de água com 31.7 Km de comprimento e profundidade média que varia de 50 a 120 m. Por um lado ele une o mar de Mármara com o mar Negro e por outro separa a cidade de Istambul de dois continentes: Ásia e Europa. Nas duas direções do Bósforo existem correntes fortes;  isto acontece por causa da diferença de densidade de sal dos dois mares e devido aos ventos estas correntes podem chegar a 8 ou 9 km por hora.

         Segundo o acordo de Montreal, firmado em 1936, as águas do Bósforo são consideradas internacionais, pois é vital para a saída para o Mar Negro que dá acesso a países como a Romênia, Bulgária, Ucrânia e Rússia.

         Nas duas margens foram construídos palácios de verão pelos bizantinos, castelos pelos otomanos e outras belezas históricas e naturais. Nosso passeio durou pouco mais de uma hora. Apesar do vento forte e do tempo nublado tivemos uma boa visão das margens.
         Findo o passeio de barco pegamos um trânsito infernal e caótico até chegarmos no Palácio de Beylerbeyi, o palácio de senhor dos senhores.

O PALÁCIO DO SENHOR DOS SENHORES

        
No séc. XVI Rumeli Beylerbeyi Mehmet Pacha, que era governador da província, contruiu um palácio para ser sua residência pessoal.  “Beylerbeyi” quer dizer “o senhor dos senhores” e  provém do título de governador da província, que ele ostentava. O Sultão da época era Murat III.
         Ele foi o segundo palácio construído as margens do Bósforo e era utilizado como palácio de verão. Lá eram recebidos os convidados estrangeiros e figuram entre seus visitantes ilustres o rei Eduardo VIII  e a senhora Simpson, o imperador austríaco Francisco José, a imperatriz Eugenia de Montijo, mulher de Napoleão III e o Xá da Pérsia Nasreddin.
         O palácio possui três entradas principais, seis grandes salões e 24 quartos decorados ricamente. O piso é forrado com uma espécie de esteira de junco do Egito, para afastar a umidade. Os lustres são de cristal da Bohemia (um luxo), porcelanas chinesas e japonesas e relógios franceses.  Num dos salões podemos ver uma enorme piscina de mármore com uma fonte no centro. O objetivo dessa piscina, que não era usada para nadar, era para impedir que as conversas desenvolvidas num dos lados da sala pudessem ser ouvidas do outro lado.
         Terminado o passeio seguimos direto para o aeroporto e embarcamos  para Kaiser, na Capadócia. A viagem durou 1:30h e foi tranqüila. Quando descemos no aeroporto estava começando a nevar, a primeira nevasca do ano, que por sinal chegou mais cedo do que o costume.
         Viajamos mais de 1 hora numa van, debaixo de uma persistente chuva de neve,  até chegarmos ao hotel que tinha uma fachada interessante e parecia acolhedor. Depois de um banho quentinho e restaurador fomos jantar num restaurante espaçoso e com uma mesa toda enfeitada e cheia de pratos apetitosos. Como não tenho o hábito de jantar, tomei apenas uma sopa quentinha e saborosa acompanhada de uma taça de vinho da capadócia.
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Obrigada pelo comentário. bjs Lou