Um giro na Bretanha - último dia em Dinard (22 out 2017)

      Nosso último dia em Dinard amanheceu nublado, com a maré alta e ondas violentas quebrando no calçadão e a água invadindo a promenade des Anglais. O tempo esfriou bastante, o céu estava cinza e triste e uma chuva fina caia insistente, como é comum na Bretanha. Mesmo assim o mar estava cheio de surfistas e alguns banhistas, sem medo de água gelada, nadavam calmamente naquele mar bravio.
      Eram 11:30h da manhã e a chuva continuava a cair. A maré já estava recuando e, da janela da sala, eu via os últimos surfistas deixarem o mar. Ventava bastante, mas na faixa de areia alguns jovens rapazes jogavam bola. Eles não se importavam com o frio, com a chuva, e nem com o vento gelado.
      Eu bem que preferia um belo dia de sol para me despedir da Bretanha mas, cá para nós, dias chuvosos são bem a cara daquela terra que aprendi a amar. Nós é que demos muita sorte em pegar todos aqueles dias de tempo bom. Fomos almoçar no restaurante dos gerânios o prato que mais gostamos na cidade: brochette de coquille Saint Jacques e camarão. Delícia!
      Choveu e abriu o sol várias vezes durante o dia e lá pelas tantas um belo arco íris se formou no mar. Que lindo! Fiquei observando da janela até ele se dissipar entre as nuvens, ficando só em minhas lembranças. 
      No dia seguinte seguiríamos viagem para Paris. O Lionel foi se despedir e levou para mim um presente de sua mãe. Fiquei emocionada. Dona Denise, que só me viu pessoalmente uma vez, me deu de presente uma relíquia que ela trouxe da Terra Santa, lá pelos anos 60, quando visitou a cidade. Ela, que já alcançou muitas graças, quer que a relíquia agora me ajude a recuperar a saúde, fazendo o que a medicina não consegue mais fazer. Fiquei comovida com o carinho e o desprendimento de uma senhorinha com mais de 90 anos. Tenho certeza de que para ela não deve ter sido simples desapegar de uma relíquia que a acompanha por tantos anos.
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Obrigada pelo comentário. bjs Lou