Bolo de cenoura

           O Ramsés, meu único sobrinho, é um homem alto, muito tímido e reservado, de sorriso largo e fácil, e  apaixonado pelo time do Flamengo, do qual ele dá notícia de tudo. Seu corpo é de um adulto, mas sua alma e sua mente pertencem a uma criança.
            Quando ele chegou em minha casa para as festas de final de ano em 2011 fiquei impressionada. Estava tão dopado de remédio controlado que fazia dó, e quase não reagia às coisas a sua volta.
            Esperei passar as festas e o levei  para uma consulta com um psiquiatra indicado pela dra. Juliana, uma médica em quem confio muito e que trabalha na Clínica Luci Ishii, onde faço quimioterapia. Ela é daquelas médicas que clinicam por vocação e adoram o que fazem. A dra. Juliana é a melhor clínica que eu conheço. Ela ouve o paciente e explica de forma didática e simples o porquê das coisas.
            A primeira providência do dr. Marcelo com o Ramsés  foi trocar a medicação que ele vinha usando há mais de ano, por outra com menos efeitos colaterais; mas este foi um processo lento. Não podia simplesmente trocar um remédio pelo outro.
            O dr. Marcelo também é o tipo de médico que exerce a profissão por amor e vocação e por isto ele é ótimo. Ele também ouve o paciente e não tem pressa em encerrar a consulta. Coisa rara hoje em dia. Ah, além disso tudo ele não é mercenário e não cobra nenhum absurdo por consulta.
            Ele me explicou que a dose do remédio que o Ramsés estava usando era muito alta, mesmo para uma pessoa jovem como ele e no vigor dos seus 25 anos. Explicou também que ele não precisa fazer uso de medicação controlada para sempre, como queria a outra médica.
            Duas semanas depois do início do tratamento, a diferença era visível. Ele melhorou tanto que está até fazendo um curso de pizzaiolo no Senac e está gostando da experiência.
            Ontem chamei o Ramsés para aprender a fazer um bolo de cenoura e ele ficou todo animado. Peguei os ingredientes e coloquei tudo sobre a bancada da pia. Antes de começar perguntei se ele já havia lavado as mãos, como aprendera a fazer no curso de pizzaiolo. Ele deu aquele sorriso puro e disse: ihhh, ainda não. Assim que terminou de lavar as mãos com detergente ele me disse que no curso também aprendeu a passar álcool nas mãos, antes de começar a fazer a massa.
            Com ele é preciso começar do zero. Ensinei primeiro a descascar e cortar a cenoura em pedaços. A receita do bolo é simples e fácil, e o resultado é uma delícia.
 
 
Receita:
3 cenouras descascadas e picadas
1 xícara de óleo
3 ovos
3 xícaras de açúcar
3 xícaras de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
Modo de fazer:
            Coloque uma xícara de óleo (prefiro o óleo de arroz) no liquidificador. Em seguida coloque 3 ovos e vá colocando as cenouras em pedaços aos poucos, até formar uma pasta.
            Vire esta pasta na tigela da batedeira e vá acrescentando aos poucos 3 xícaras de açúcar. Quando estiver bem batido acrescente, também aos poucos, 3 xícaras de farinha de trigo e, por fim, a colher de sopa de fermento em pó.
            Despeje a mistura em tabuleiro untado e leve ao forno para assar.
 
 
Obs: gosto de acrescentar à massa um pouco de castanha ou nozes picadas.
Depois de pronto o bolo pode despejar por cima uma camada de calda de chocolate. Fica uma delícia.
Obs: Usando o óleo de arroz o bolo não fica oleoso, fica bem fofinho.

Cuidando dos meus bonsais

Depois que colhi as deliciosas goiabas vermelhas  do meu bonsai, chegou a hora de dar um trato bem caprichado em minha árvore miniatura. Aproveitei uma exposição que está acontecendo no Gilberto Salomão e levei minha goiabeira para podar e trocar de vaso e adubar. A Jô aproveitou para aramar os galhos e me deu algumas dicas para cuidar melhor do meu bonsai.


Levei também o meu bonsai de tamarindo, que estava com cara de tristinho,  e a Jô deu um capricho nele.  Trocou a terra, adubou e também mudou o vaso. Agora acho que ela vai tomar um novo fôlego novo e ficar bem bonito.


Passeando pela exposição, não resisti e comprei um lindo bonsai de jambo. Acho que fiquei nostálgica... jambo me lembra infância. O jambeiro está lindo! Já tem mais de 10 anos e não deve demorar para frutificar. Não vejo a hora.


Meu bonsai de figo também está começando a tomar forma. Estou cuidando dele com carinho e acho que dentro de mais alguns meses já estará com cara de árvore.



Os bichos da minha casa

          Minha casa, como a maioria das casas pelo mundo afora, tem bicho de estimação. Aqui temos um cadelinha poodle que um dia foi bem pretinha, mas que agora, avançada em idade, já está cheia de pelos grisalhos, principalmente no focinho. Temos também um gato velho que costuma latir, ao invés de miar como todo gato; e uma gata, com idade indefinida, mas que também posso garantir já estar bem  velhinha, pois há mais de dez anos foi abandonada em nosso quintal, e naquele tempo já era uma gata adulta.


            A Tutuca, como a chamamos,  é uma gata viralata feinha e muito carente, com lindos olhos amarelos. Mia bem baixinho, tem medo de tudo e de todo mundo, e passa o dia todo escondida. Quando entro sozinha em meu quarto ela se materializa, pois aparece do nada, é impressionante. A Tutuca deve ter sido um animal muito maltratado. Sou uma das poucas pessoas em quem ela confia e para quem ela pede carinho. Quando paro de passar a mão em seu corpo, ela me toca com a sua pata cheia de unhas afiadas pedindo para continuar com o afago, e muitas vezes acaba me arranhando. Depois de muitos arranhões, aprendi a sair rápido de perto dela quando paro com o carinho.


            Acho graça quando ela vem me pedir comida. Ela vem até mim, dá meia volta e entra no meu closet. É o sinal de que sua comida acabou. Saio para pegar a ração e ela volta para o quarto, senta perto da porta e fica esperando eu voltar com o pote  de comida. Quando volto  ela  me  segue até a varanda, onde fica sua vasilha de água e de ração, e começa a comer.  Às vezes acordo de noite e ouço a Tutuca mastigando sua ração. Ela só come a noite, quando está tudo quieto e silencioso.


            O gato que late é o Bubu. Ele também é um gato sem raça definida, pois ninguém sabe quem é  seu pai. Sua mãe era uma siamesa elegante e estrábica de dar dó. O Bubu tem o pelo colorido com o desenho do siamês, só que bem clarinho. Seus olhos são de um azul intenso, e suas pernas, diferentes das pernas longas do siamês, são curtinhas, e a cauda é curta também. Ah, e ele tem o pelo longo, que lembra o dos gatos angorás. Ele é lindo, mas é também o gato mais chato que já conheci. Quando começa a miar alto parece que nunca mais vai calar a boca. Diferente da Tutuca, ele não é muito chegado a um carinho.


            A Haseena é uma poodle encrenqueira como todo cachorro de porte pequeno. Ela late feito uma doida para qualquer um ou qualquer coisa que se atreva a passar em frente nossa casa. É um horror, pois seu latido é alto e estridente. No mais, ela é uma cachorrinha carinhosa que adora passear na rua. Se alguém falar perto dela: vamos pas... nem precisa terminar a frase porque ela já esta pulando freneticamente em frente a porta da garagem.


            Quando alguém dá uns pedacinhos de carne para o Bubu ela se deita ao lado dele, parecendo indiferente, só esperando o gato parar de comer. Ela nunca avança na comida, e só se aproxima da vasilha e “aspira” o restante da comida que ele deixou quando ele sai  mas, se a guloseima é muito apetitosa, ela começa a cheirar o traseiro do gato até ele se aborreçer e sair de perto, liberando o restante para ela.


            Além dos dois gatos e da cachorra minha mãe tem uma galinha de estimação. Pense num bicho porco... nunca vi um bicho pequeno fazer tanta sujeira. Antes eram duas galinhas, mas uma delas morreu de ataque cardíaco de tão gorda. A que sobreviveu vai acabar morrendo assim também, pois anda gingando de tão gorda que está. Ela vive solta no quintal e passa o dia ciscando e comendo, e só dorme deitada no ninho, num local protegido. Ela conseguiu destruir meus canteiros do quintal, pois come qualquer coisa verde que encontre em seu caminho.


            Muito contra minha vontade, minha mãe também tem passarinho na gaiola (detesto pássaro preso). São pássaros que já nasceram em cativeiro, mas continuo achando uma covardia. O melro metálico ela ganhou de presente de uma amiga minha, e os periquitos foram presentes do seu neto. O melro é lindo! Também já tem mais de quinze anos, mas nem parece um ancião.


            Os bichos aqui de casa estão todos velhinhos, e a hora em que começarem a morrer vai ser um atrás do outro. Não gosto nem de pensar...

parabéns da meia-noite


minha mãe rindo de algum mal feito... 
família Montes com seu mais novo membro

 família Montes e a nossa Lili

Minha mãe não queria festa, mas ela se divertiu com o parabéns da meia-noite. Foi só um bolo e  um sentimento especial pairando no ar.  Este ano  toda a família estava reunida. Uma benção.

Os 85 anos da minha mãe

           Minha mãe vai completar 85 anos amanhã. Que vida longa! Quantas lembranças dos altos e baixos vividos nesta longa jornada... Quem olha para ela não acredita que já tenham se passado tantos anos, ela está muito bem e continua ágil e ativa, lúcida e curiosa.
           Quando estamos sozinhas ela costuma relembrar o passado, pois sabe que sou boa ouvinte. Ela gosta muito de recordar sua infância passada nas fazendas do interior de São Paulo,  onde ela viveu com o pai e os irmãos. Também gosta de falar dos anos em que morou como interna  no Colégio Stella Maris. Foi lá que ela conheceu meu pai e onde eu nasci.
            Suas lembranças da infância tem cheiro de mato, lugares onde ela e a irmã mais nova, tia Suzana, corriam soltas catando frutinhas silvestres, pescando nos riachos usando balaios, peneiras ou anzóis (ela ri gostoso quando remeda o som de um peixe que elas chamavam chorão, porque saia da água emitindo um gemido parecido com choro);  tem cheiro de medo dos animais selvagens que a noite rondavam a casinha tosca onde sua família vivia;  tem cheiro da bruma fria que cobria os campos, no inverno sem sapatos ou agasalhos apropriados; tem cheiro da difícil lida nas roças de milho, arroz, de amendoim, mandioca, batatinha e algodão; tem cheiro das constantes mudanças da família pelas fazendas da região.
            De vez em quando ela menciona a mãe que se casou aos quinze e morreu aos trinta e três anos,  poucos dias depois do parto mal feito do seu nono filho. Lembra do dia em que minha avó foi levada num barquinho pequeno para ser enterrada num cemitério distante, e dos longos cabelos loiros que lhe serviram de mortalha.
            Minha mãe foi a primeira pessoa da família que se aventurou longe de casa. Saiu de Capão Bonito, no interior de São Paulo, para viver no Colégio Stella Maris, no Rio de Janeiro. Morou lá mais de quinze anos até se casar com meu pai.
            Quando escuto as histórias da minha mãe fico admirada. Ela foi muito ousada para sua época. Não era comum, nos anos 40, que uma mulher se aventurasse sozinha no mundo. Ela foi corajosa, mesmo considerando que tenha ido  viver  num colégio de freiras.
          Minha mãe saiu da roça e aprendeu praticamente sozinha a se virar no Rio de Janeiro, para atender às necessidades do colégio. Era ela quem saía para ensinar as freiras novatas, que chegavam da europa,  a  andar pela cidade.
          Até hoje minha mãe não consegue ficar muito parada. Ela acorda cedo, varre o jardim das folhas secas que caíram durante a noite e alimenta os passarinhos que voam livre e ficam aguardando a porção de sementes que ela coloca nos pratos todas as manhãs. Só depois disto ela senta para tomar o café da manhã. Outra atividade que ela adora é colocar roupas para lavar. Se deixar, ela coloca roupa na máquina todos os dias.
          A parte da tarde é reservada para costurar e assistir TV. Ela dá notícia de todas as fofocas televisivas. É até engraçado. Volta e meia ela chega perto de mim e pergunta cheia de caras e bocas: você sabia que... é sempre alguma fofoca envolvendo um artista ou político corrupto.
          A noite, um pouquinho antes de dormir, é sua hora de rezar. Ela pega seus livrinhos de orações e reza prá todo mundo, depois vai dormir em paz para acordar no dia seguinte bem cedinho e começar tudo outra vez.

Nozes e sementes comestíveis

         Tenho o hábito de ingerir nozes e  sementes. Adoro amendoim, aveia, avelã, pistache, castanhas, gergelim, linhaça e outras, mesmo antes delas virarem moda em nutrição, ou melhor, em regimes de emagrecimento.
          As nozes e as sementes, de um modo geral,  trazem muitos benefícios para a saúde, pois além de ricas em vitaminas do complexo B, vitaminas C e E, são também ricas em sais minerais como potássio, ferro, zinco, cálcio e magnésio. Como se não bastasse, elas também são ricas em  fibras  que ajudam a regularizar o funcionamento do intestino e fornecem antioxidantes que combatem os radicais livres.
        Um ingrediente que nunca falta em minhas saladas é algum tipo de semente ou nozes trituradas. Acho que deixa a salada mais crocante e gostosa.  Até mesmo minha receita do molho de  mostarda com mel  inclui  sementes de linhaça e gergelim, um pouco de pimenta calabresa, queijo parmesão ralado e um ou outro tempero que esteja ao alcance das minhas mãos, além da mostarda, é claro, do mel e do azeite extra virgem e suco de laranja.   
         Minha filha come salada todos os dias e desconfio que é só por causa do meu molhinho especial. Não é por nada não, mas todo mundo que prova minha salada com molho de mostarda, aprova, pois sempre pedem a receita.
         Como o assunto de hoje é semente vou falar de uma que conheci faz bem pouco tempo: a semente de Chia, já ouviram falar? Ela  também é conhecida como Sálvia Hispânica. É uma sementinha bem pequena, mas muito nutritiva, originária do deserto do sul do México e das terras colombianas.
         A semente de Chia é um alimento poderoso e funcional, muito rico em ômega3 (segundo os entendidos, ela contêm mais ômega3 que o salmão). Possui cinco vezes mais cálcio do que o leite, duas vezes mais potássio que a banana e também é uma importante fonte de ferro, além de um poderoso antioxidante.  Ela pertence a família das mentas.
         Embora eu só a tenha conhecido recentemente, a chia é consumida há anos e, segundo dizem, foi muito usada pela civilização Maia e era parte da ração de sobrevivência dos guerreiros Aztecas.
         É muito fácil usar a semente de chia. Primeiro porque seu gosto é neutro e não interfere no sabor da comida; segundo porque dá para adicionar ao iogurte, saladas, cereais, sopas, etc. Para usá-la basta hidratar com um pouco d’água que ela solta uma espécie de gelatina, depois é só misturar e comer. Eu costumo usar com banana e mel ou na salada de frutas e fica uma delícia. Se vier aquela fome tarde da noite eu misturo a chia com iogurte. Dá uma sensação de saciedade muito boa, sem ter comido muito.

Uma visita especial


          Esta é a Julia, na primeira visita que ela fez em minha casa. 
          Adoro mãos de bebês... Olha só que carinha mais fofa.

Presa na porta do banheiro

            Plena manhã de sábado, mas a recepção do Laboratório Sabin do Jardim Botânico estava lotada. Parecia até que todas as pessoas do bairro tinham resolvido fazer exame de sangue naquele dia. Sem lugar para me sentar, o jeito foi ficar aguardando em pé mesmo.
            Quando entrei no corredor de acesso aos box para coleta de sangue tive a grata surpresa de encontrar Maria Luiza, a melhor e mais eficiente técnica de laboratório que já conheci. Não há veia que escape aos seus dedinhos treinados. Ela experimenta daqui, apalpa dali e pimba, pega a veia de primeira. Mesmo as veias minúsculas de um bebê, ou aquelas muito estragadas pela quimioterapia não conseguem se esconder dela.
            Maria Luiza estava lá cobrindo férias de outra técnica e adorei encontrá-la depois de tanto tempo sem vê-la. Demos um longo abraço de pura alegria e saudade e começamos a conversar enquanto ela aguardava o próximo cliente. Nosso papo não durou muito, pois a fila andava rápido e ela precisou sair para mais uma picada rápida e quase indolor, ela é perita no assunto.
            Assim que Maria Luiza saiu tentei mudar de lugar, mas senti que alguma coisa me segurava. Olhei em volta e me dei conta de que a mulher grávida que havia entrado no banheiro minutos antes,  tinha  prendido a barra do meu vestido na porta. O jeito era esperar.
            O tempo passava e nada da criatura sair do banheiro, e eu lá presa na porta sem poder me mexer. Cada um que chegava caia na risada com o inusitado da situação. Algumas pessoas riam e até paravam para um papinho.
A grávida demorou tanto a sair do banheiro  que cheguei a pensar que ela pudesse estar passando mal. Quando eu já estava pronta para pedir ajuda a porta finalmente se abriu e a futura mamãe saiu tranquila, como se nada estivesse acontecendo. Estava tão distraída, pensando no futuro, quem sabe,  que nem se deu conta de que havia me prendido na porta...

Mergulho nas emoçoes

Andei fazendo um balanço da minha vida e concluí que tive altos e baixos como qualquer ser vivo, racional ou não, mas considero ter tido uma boa vida nesta jornada até aqui. Com certeza já chorei muito, mas sorri muito mais. Aliás, posso garantir que dei boas gargalhadas desde que nasci. Aprendi a não levar a vida tão a sério e  a rir até mesmo daquelas situações que me fizeram sofrer num primeiro momento.
Andei recolhida neste último mês, e nem foi de propósito, apenas agora me dei conta disto. Deve ser o tal inferno astral que antecede a data do nosso  aniversário... No dia 3 de março último completei 54 anos. Hummm... será que estou ficando velha??? Acho que não, estou até me sentindo confortável nesta idade nova.
Há algum tempo  venho trabalhando meu processo de autoconhecimento. O oceano, na superfície, pode até parecer  calmo e sereno, mas sua profundidade é abissal, escura e assustadora. Mergulhar de cabeça rumo ao desconhecido não é fácil, mas é absolutamente necessário se o que nos interessa realmente é estar em paz conosco e com o mundo que nos cerca.
A mergulhadora que segue ao meu lado é minha guia, meu xamã, minha psicóloga ou qualquer nome que o valha. Ela é uma pessoa fantástica e me considero afortunada por tê-la como parceira neste complexo processo de autoconhecimento. Estamos fazendo uma viagem pelos intrincados caminhos da mente e das emoções... É assustador e fascinante ao mesmo tempo.
Já atravessamos cavernas, canions profundos e espetaculares cadeias de montanhas. Exploramos vulcões submarinos e nos impressionamos com os exóticos animais marinhos como as águas-vivas, as sibas ou o polvo-gigante, mas também nos encantamos com a beleza dos corais e seus peixes multicoloridos.  Que outras surpresas os oceanos nos reservam?