Anita Malfatti

samba


o foral - as duas igrejas - a mulher de cabelos verde


O que vocês estão achando da idéia de aprendermos um pouquinho sobre a vida e obra de nossos artistas nacionais? Precisamos valorizar a prata da casa, e nossos artistas, sejam eles pintores ou escultores, são muito bons e merecem ser melhor conhecidos.
Hoje vou escrever um pouquinho sobre Anita Malfatti, também modernista que recebeu algumas bordoadas antes de ser reconhecida.
.
Pintora e desenhista brasileira, nasceu em São Paulo no dia 2 de dezembro de 1899 e faleceu em novembro de 1964.
Tendo nascido com uma atrofia no braço e na mão direita, e sem possibilidade de corrigir o defeito congênito, pois o tratamento médico se mostrara ineficaz, precisou aprender usar a mão esquerda no aprendizado da arte e da escrita.
Suas primeiras pinceladas tiveram orientação da mãe, que dava aulas de desenho e pintura para sustentar a casa depois do falecimento do marido. Financiada por seu tio e patrinho conseguiu estudar pintura em escolas de arte na Alemanha em 1910, época em que conheceu o expressionismo, que muito a influenciou, afastando-a do academicismo ensinado nas escolas. Quando foi para os Estados Unidos teve contato com o movimento modernista e, sob a orientação de Homer Boss, que lhe dava liberdade de pintar o que bem desejasse, sem limitações estéticas, acabou encontrando seu estilo de pintura. Foi nessa época que pintou O Homem Amarelo, Mulher de Cabelos Verdes, O Japonês e vários outros quadros.
De volta ao Brasil em 1916, sentia-se segura para expor sua nova concepção de arte voltada para o expressionismo. Realizou sua segunda exposição em 1917, mas foi duramente criticada pelo escritor Monteiro Lobato, que sequer visitara a exposição. Essa crítica, além de provocar a devolução e quase destruição de alguns quadros já vendidos, abalou profundamente a pintora, marcando-lhe a carreira para sempre.
A crítica de Lobato tinha como alvo principal os modernistas companheiros da pintora, mas acertou em cheio a segurança de Anita, causando enorme estrago sobre sua personalidade tímida e também provocando uma forte depressão.
Passado mais ou menos um ano Anita resolveu ter aulas de natureza-morta com Pedro Alexandrino Borges, ocasião em que conheceu Tarsila do Amaral, com quem teve uma longa e proveitosa amizade.
Membro do Grupo dos Cinco, integrado por Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia, participou da Semana da Arte Moderna de 1922 com uma obra inovadora e revolucionária que retratava principalmente personagens marginalizados dos centros urbanos, o que lhe rendeu uma bolsa de estudos em escolas de arte de Paris, onde morou entre 1923 e 1928.
Suas mostras individuais de 1937 e 1939 chamaram a atenção de críticos e colegas, desconcertando-os, por não apresentarem uma forma definida. Sua pintura ora se apresentava primitiva, ora clássica, moderna avançada com retratos e naturezas-mortas.
Depois da morte de sua mãe, na década de 50, se isola numa chácara em Diadema. É nessa ocasião que compõe duas de suas séries: Festas Caipiras e Personagens Religiosos, nas quais explora a essência humana, a religião e a vida simples do interior.
Anita disse certa vez: "é verdade que eu já não pinto o que pintava há 30 anos. Hoje faço pura e simplesmente arte popular brasileira. É preciso não confundir: arte popular com folclore... eu pinto aspectos da vida brasileira, aspectos da vida do povo. Procuro retratar os seus costumes, os seus usos, o seu ambiente. Procuro transportá-los vivos para minhas telas. Interpretar a alma popular... eu não pinto nem folclore, nem faço primitivismo. Faço arte popular brasileira."

Tarsila do Amaral




Abaporu


Vamos continuar nosso passeio pela galeria de nossos artistas nacionais. Hoje vamos conhecer um pouco sobre a vida e obra de Tarsila, que também destacou a brasilidade.

Tarsila do Amaral nasceu no dia 1° de setembro de 1886, começou a aprender técnicas de pintura somente aos 31 anos e em 1921 foi estudar artes plásticas na Academia Julian, em Paris. Dois anos depois participou do Salão Oficial dos Artistas da França, expondo obras com as técnicas do cubismo.
De volta ao Brasil se junta com Anita Malfati, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, intelectuais do grupo modernista, e forma o Grupo dos Cinco. Esse grupo, que teve vida curta, tomou a frente do movimento modernista do Brasil, na Semana da Arte Moderna de 1922.
Retornou para a Europa em 1923 onde conheceu vários artistas e escritores ligados ao movimento modernista europeu.
No final da década de 20 Tarsila inicia a fase de sua pintura denominada Pau Brasil, que destaca a exuberância da flora e da fauna brasileira. Expõe em Paris em 1926, obtendo enorme sucesso. Casa-se no mesmo ano com Oswald de Andrade.
Em 1928 pinta uma tela para dar de presente de aniversário a Oswald. Sua intensão era impressionar e chocar o marido, criando um ser antropófago. A obra destacava um corpo grande para valorizar o trabalho braçal e a cabeça pequena para desvalorizar o intelecto, pois naquela época o trabalho braçal tinha maior importância.
Oswald ficou tão impressionado que criou o Manifesto Antropófago, que propunha a digestão das influências estrangeiras, para que a arte nacional fosse transformada em algo bem brasileiro. O nome Abaporu saiu de um dicionário tupi-guarani e significa "homem que come carne humana". Esse quadro dá início a fase Antropofágica.
Abaporu alcançou a cifra de U$ 1,3 um milhão num leilão em Nova York, quase setenta anos depois que foi pintado, maior valor obtido por uma obra brasileira naquela época.
Em 1933 pinta o quadro Operários e dá início a pintura social no Brasil, mas volta ao tema Pau-Brasil nos anos 50 quando participa da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza.
Tarsila faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973 consagrada pela grandiosidade e importância de seu conjunto artístico.

Cirurgião cardíaco sem diploma

Poucas pessoas ouviram falar do excepcional cirurgião e professor sul-africano Hamilton Naki, negro na África do Sul do apartheid.
Naki parou de estudar aos 14 anos, saiu da aldeia onde morava e foi para a capital onde conseguiu trabalho no Laboratório da Faculdade de Medicina da cidade do Cabo.
Inicialmente cuidava dos animais cobaia do laboratório onde os futuros médicos treinavam as técnicas de transplante em cães e porcos. Como era curioso e aprendia tudo muito depressa acabou aprendendo cirurgia apenas assistindo experiências com animais e assim foi aproveitado como ajudante na clínica cirúrgica da escola.
Naki foi aprendendo procedimentos cirúrgicos cada vez mais complexos com maestria, apesar de não ter estudado formalmente. Sua técnica e capacidade acabaram reconhecidas e ele teve permissão especial para continuar suas pesquisas no laboratório, com animais, incluindo transplantes e se tornou um dos técnicos do laboratório de pesquisa da Faculdade de Medicina. Dava assistência aos jovens cirurgiões em atividades com animais no laboratório, incluindo pesquisas em transplantes de rins, coração e fígado.
Tornou-se um cirurgião excepcional, a tal ponto que Christiaan Barnard o requisitou para sua equipe. Para que isto acontecesse foi quebrada uma das leis sul-africanas, pois na África do apartheid um negro não podia operar pacientes e muito menos tocar no sangue dos brancos. Mas o hospital abriu uma exceção para Naki que acabou se tornando um cirurgião requisitado, mas clandestino.
Era o melhor no que fazia. Dava aula aos estudantes brancos, mas ganhava salário de técnico de laboratório, o máximo que era permitido por lei para um negro. Vivia num barraco sem luz elétrica ou água corrente, num gueto da periferia.
Na primeira operação de transplante cardíaco humano bem sucedida, que aconteceu na cidade do Cabo, na África do Sul, foi Naki quem retirou do corpo da doadora o coração transplantado para o peito de Louis Washkanki em dezembro de 1967, mas como ele não podia aparecer, por ser negro no país do apartheid, quem tornou-se celebridade instantânea foi o doutor Christiaan Barnard.
Naki foi, sem dúvida, o homem mais importante da equipe do dr. Barnaard, mas não pode sequer sair nas fotografias da equipe e quando, por descuido de um fotógrafo desavisado, apareceu numa, o hospital informou que se tratava do faxineiro do prédio.
Hamilton Naki ensinou cirurgia durante 40 anos, mas aposentou-se em 1991 com uma pensão de jardineiro, de 275 dólares por mês. Mesmo aposentado continuou trabalhando como cirurgião, sua paixão, em um ônibus adaptado como clínica móvel. Foi um dos melhores cirurgiões da história do mundo, nunca desistiu, mesmo sendo discriminado.
Com o fim do apartheid tornou-se famoso mundialmente. Numa entrevista confirmou sua participação no primeiro transplante de coração, mas não há qualquer referência ou registro oficial do fato, ou pelo menos algum registro no hospital sobre sua colaboração no feito.
Ganhou uma condecoração e um diploma de médico "honoris causa", honraria mais do que justa e merecida. Nunca reclamou das injustiças que sofreu a vida toda, ao contrário, agradecia sempre por ter podido ajudar a salvar a vida de tantas pessoas.

Quebra-cabeça




Nossa vida é como um quebra-cabeça
As vezes passamos horas procurando uma pecinha
Que não conseguimos enxergar
Desistimos e passamos para outra.
De vez em quando encaixamos uma peça de primeira
E ficamos encantados, mas
Volta e meia as cores e o formato nos confunde
E acabamos colocando uma peça no lugar errado.
Assim também nossa vida.
Precisamos estar sempre atentos
E volta e meia, trocar uma peça de lugar.

De Catador de Lixo a Lider


Hoje não quero apenas registrar minha indignação com as coisas erradas que acontecem no país, como por exemplo o caso do delegado de São José dos Campos, que confrontado pelo uso inadequado de uma vaga destinada a deficientes achou mais fácil agredir e provocar uma lesão na cabeça e no rosto do advogado e cadeirante Anatole Magalhães Macedo.

Quero escrever sobre coisas boas como a notícia de que a Ordem dos Advogados do Brasil, representada por Ophir Cavalcanti, vai apresentar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra os Estados do Sergipe, Paraná e Amazonas para acabar com a festa dos ex-governadores que recebem, indevidamente, pensão vitalícia. É preciso por um fim, de uma vez por todas, nos desmandos destes parlamentares sem noção de ética ou moral. Ah, e também vai acabar com a festa dos passaportes diplomáticos. Já foi editada a portaria número 98 do MRE.

Hoje quero também registrar a trajetória de vida de um garoto pobre que aprendeu a gostar de ler recolhendo livros jogados no lixo, tornou-se um líder e acabou virando o personagem central de um documentário premiado. Vou apresentar Tião, lider da Associação dos Catadores de Lixo.

Sebastião Carlos dos Santos é filho de um estivador que fora substituído pelos guindastes que chegaram ao Porto do Rio, ficando desempregado. Sua mãe e dois irmãos mais velhos precisaram sair para trabalhar no lixão que ficava perto da casa onde moravam e era Tião, nesta ocasião com apenas 8 anos, quem levava a comida e ficava por lá brincando com outros meninos.
Ficou afastado do lixão por um período de três anos, voltando aos 18 anos para trabalhar em uma cooperativa que recebia o material coletado.
No meio do lixo coletado encontrou o livro "O Príncipe" de Maquiavel. Como já tinha ouvido a palavra maquiavélico ficou curioso e resolveu ler o livro. A partir desta experiência passou a pegar e ler todos os livros que encontrava. Já leu Schopenhauer e Nitzsche que encontrou no lixo.
Comandou um protesto contra a prefeitura e dois anos depois foi eleito o presidente da Associação dos Catadores. Pouco tempo depois recebeu um telefonema informando que um artista brasileiro queria fazer um trabalho com os catadores.
O trabalho de Tião, em princípio, seria apenas acompanhar o artista Vik Muniz no aterro para apresentá-lo aos catadores. Numa de suas caminhadas pelo aterro com o artista, encontrou seu amigo Zumbi carregando uma banheira. Vik teve então a idéia de usar a banheira como cenário para fazer uma fotografia de Tião imitando Jean-Paul Marat, um dos líderes da Revolução Francesa, que morrera numa banheira.
A história de Marat, na cabeça de Tião, parecia combinar com a dele e então posou para a foto que acabou transformada em quadro que foi vendido em 2009, num leilão em Londres, por 28 mil libras (74 mil reais). Esse dinheiro foi revertido para a Associação dos Catadores.
O artista plástico Vik Muniz pretendia inicialmente apenas retratar a rotina dos catadores de lixo, mas acabou criando um documentário intitulado Lixo Extraordinário, premiado no Festival de Berlim de 2010, que tem Tião como um dos personagens principais. O filme já coleciona mais de 21 prêmios e poderá ser indicado ao Oscar de melhor documentário.
A vida de Tião mudou a partir da evidência que passou a ter com a exibição do documentário. Já recebeu alunos de uma universidade de Nova York e também participou de reunião no BNDES para tratar do futuro aterro sanitário que será desativado em 2012.

Perícia para aposentados por invalidez

Acabei de chegar do serviço médico do tribunal onde passei por uma perícia para confirmar se o câncer de mama do qual fui acometida ainda continua me incapacitando o bastante, para justificar minha aposentadoria por invalidez.
Onde já se viu um paciente oncológico, no estadiamento IV, com metástases espalhadas para tudo quanto é lado, ser obrigado a provar que continua doente. É no mínimo desnecessário.
Não consigo entender o critério para uma convocação dessas. Afinal, um paciente que faz quimioterapia diariamente só pode estar doente. Ou estou enganada??? É absurdo e uma perda de tempo tanto para o paciente quanto para os médicos que fazem parte da Junta.
Sejamos práticos e racionais: todo paciente oncológico que faz uso de medicação quimioterápica só pode estar com a doença em atividade. Ninguém usa quimioterapia como tratamento preventivo. Só se ficou maluco ou gosta de sofrer por antecipação.
Questionei com os médicos o porquê da convocação no meu caso, que ainda estou em tratamento, e eles disseram que a chefe de uma das divisões da Secretaria de Recursos Humanos enviou uma lista dos aposentados por invalidez para perícia e eles apenas nos chamaram.
Ora, tudo bem que a Secretaria de Recursos Humanos tenha enviado uma relação com o nome de todos os aposentados por invalidez, sem exceção. É o papel da secretaria. Porém, por uma questão de racionalidade, o próprio serviço médico poderia ter feito uma triagem prévia para conferir os casos daqueles servidores que ainda estão passando por tratamento. Afinal os mesmos médicos da Junta para perícia são os que autorizam ou não o uso de qualquer medicação ou intervenção médica de todos os servidores do Tribunal. Uma medida simples como essa evitaria uma perícia absolutamente desnecessária e desgastante.
E sabem o que mais? Vão repetir o mesmo procedimento a cada dois anos.
Pagar aposentadorias para ex-governadores após quatro anos no poder, ou apenas um dia em alguns casos, é perfeitamente justo e normal. A receita federal não questiona, o Ministério Público também não e o povo concorda, já que continua votando nos mesmos políticos corruptos que mentem e enganam em toda legislatura. Eles, os ex-governadores, ficam com uma aposentadoria gorda e generosa e, melhor, vitalícia. Nunca serão convocados para perícia médica ou para provar qualquer coisa que seja.
Aliás, cá entre nós, o melhor emprego no país é ser político, e qualquer cargo serve. Para ser político não é necessário sequer ser alfabetizado, basta saber fazer um "O" com um copo. Nada mais, apenas isto. Mas para você e eu, cidadão comum, é exigido o ensino médio completo até para conseguir um emprego de gari ou copeira.
E complementando o assunto SER POLÍTICO o emprego é excelente de todas as maneiras, principalmente para quem consegue chegar ao cargo máximo: presidente da república. Para esse não existe parâmetro. Você sai do poder carregando várias, mas várias mordomias e vai fazer palestras para ganhar, em pouco mais de uma hora de blá blá blá R$ 200.000,00. Alguém resiste a honorários como este? A manchete estava em todos os jornais de ontem. Qual será o tema das palestras?

Conhecendo melhor Di Cavalcanti

Nascimento de Vênus

serenata

Conversando com minha filha um dia desses ela disse que gostaria de saber um pouco mais sobre a vida e obra de Di Cavalcanti pois, como a maioria dos brasileiros, também ela sabe muito pouco sobre ele. Resolvi fazer uma pesquisa e fiz um pequeno resumo que dará uma visão geral sobre a vida e obra desse grande pintor brasileiro. Vale a pena conferir.

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, Di Cavalcanti, nasceu no Rio de Janeiro no dia 6 de setembro de 1897 e faleceu na mesma cidade no dia 26 de outubro de 1976. Foi pintor, caricaturista e ilustrador, além de escritor, jornalista e poeta.
Uma curiosidade sobre sua vida foi o fato de que ele nasceu na casa do abolicionista José do Patrocínio que era casado com sua tia Maria Henriqueta. Sua casa era frequentada por figuras ilustres como Machado de Assis e Joaquim Nabuco e sua mãe, depois que ficou viúva, quase se casou com Olavo Bilac. A presença desse intelectuais teve grande influência em sua vida.
Foi um dos idealizadores e organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922, criando para a ocasião o catálogo e o programa, além de expôr onze de suas obras.
No ano seguinte foi morar em Paris como correspondente do Jornal Correio da Manhã. Frequentou a Academia Ranson e expôs em diversas cidades como Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris. Nesse período conheceu Picasso, Léger, Matisse, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses.
Seu retorno ao Brasil em 1926 marca seu ingresso no Partido Comunista. Foi nessa época que trabalhou como ilustrador e também como jornalista para o Diário da Noite.
Fundou o Clube dos Artistas Modernos em São Paulo com a parceria de Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado. Foi preso pela primeira vez em 1932 durante a Revolução Paulista. Casou-se com a pintora Noêmia Mourão e publicou o álbum A Realidade Brasileira, uma série de doze dezenhos satirizando o militarismo da época.
Voltou a Paris em 1938 e trabalhou na Rádio Diffusion Française. Quando retornou ao Rio de Janeiro foi novamente preso, juntamente com sua mulher. Libertado por amigos volta novamente para Paris, lá permanecendo até 1940.
Com a eminência da Segunda Guerra deixa Paris e retorna ao Brasil fixando-se em São Paulo. Na viagem de volta um lote com mais de quarenta de sua obras são extraviadas, e só serão recuperadas anos mais tarde.
Ilustrou livros de Vinícius de Morais, Alvares de Azevedo e Jorge Amado, Oscar Wilde, entre outros.
Combateu abertamente o abstracionismo em conferências e artigos. Participou da I Bienal de São Paulo em 1951 e fez a doação de mais de quinhentos desenhos para o Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Em 1953 foi premiado junto com Alfredo Volpi como o melhor pintor nacional da II Bienal de São Paulo. Dois anos depois publicou o livro memórias com o título Viagens de Minha Vida.
Sua arte sofreu influência do expressionismo, do cubismo e de muralistas mexicanos como Diego Rivera. Sua ousadia estética e perícia técnica são marcadas pela definição dos volumes, pela riqueza e luminosidade das cores somadas a exploração dos temas tipicamente brasileiros abordados em suas obras como o samba, as festas populares, operários, favelas e protestos sociais. Sua obra também destacou a sensualidade tropical do Brasil, enfatizando diversos tipos femininos personificados em mulatas, moças sensuais, foliões e pescadores. Os prostíbulos são uma de suas marcas temáticas, assim como o carnaval e a festa.
Foi ele quem pintou a Via Sacra para a Catedral de Brasília.

Aposentadoria vitalícia para políticos e cassação de aposentadoria por invalidez

As notícias veiculadas nos jornais ou sites da internet deixam qualquer um estarrecido e revoltado com a falta de ética e moral dos políticos brasileiros. Esses caras só pensam em se dar bem e mamar, descaradamente e sem nenhum pudor, nas tetas da União.
Primeiro foi a história da aposentadoria para governadores que ficaram apenas um dia no cargo; agora aparece o ex-governador Álvaro Dias, que sempre posou de ético, reclamar aposentadoria retroativa como ex-governador do Estado do Paraná (isto porque ele já recebe aposentadoria vitalícia desde outubro de 2010). Só pode ser brincadeira, e de péssimo gosto. E o que é pior, o sujeito está reeleito, agora como senador (na certa irá requerer outra aposentadoria quando sair do novo cargo).
Falando em aposentadoria, recebi ontem, dia 12/jan, um telefonema do tribunal me convocando para uma perícia médica para comprovar se a invalidez que provocou minha aposentadoria ainda permanece inalterada. Isto porque fui acometida por um câncer de mama agressivo, que hoje está em estadiamento IV com metástases em vários órgãos, e faço quimioterapia, diariamente, a cinco anos.
Tudo bem, até concordo que mesmo no caso de câncer algumas pessoas conseguem ficar curadas, e não só podem como devem voltar ao trabalho. Tenho amigas que ficaram curadas e voltaram ao trabalho muito felizes, diga-se de passagem.
O problema não é ser convocada para passar por perícia médica ou ter de voltar a trabalhar. A questão que pretendo levantar, porque não posso concordar de forma alguma, e aposto que a população de um modo geral concordará comigo, é que a mesma União que exige que um paciente oncológico volte ao trabalho, porque o considera recuperado, conceda aposentadoria vitalícia para políticos que ficam apenas quatro anos no poder, ou apenas até mesmo um dia, e que não sofrem de nenhum problema de saúde. Qual é a lógica ??? Trabalhar na política é o mesmo que ser acometido por doença grave e incapacitante?
Outra questão: é proibido a qualquer servidor público cumular vencimentos, a não ser um cargo técnico e outro de professor. Como é que também não fica proibido que um político, safado e corrupto, receba dois vencimentos da mesma União? Isso não é cumular vencimentos?
Somente com educação de qualidade formaremos pessoas capazes de votar com consciência e responsabilidade, retirando do poder essa corja de demagogos mentirosos e corruptos.

Uma mesa, um quebra-cabeça e a Torre de Babel

Portal de Ishtar, no Pergamon Museum, Berlim



zigurate de Ur











mesa de sushi com quebra-cabeça
retratando a Torre de Babel

Eu e minha família demoramos três meses para montar este quebra-cabeça de 5000 peças, que representa a Torre de Babel idealizada e pintada por Pieter Brueghel, o Velho, no século XVI.
O resultado agradou tanto que resolvemos transformá-lo na base de uma mesa de sushi para que pudéssemos apreciá-lo com frequência e relembrar o quanto foi bom o trabalho em equipe. Montar quebra-cabeças é nosso momento família. Todos participam, até a vovó com mais de 80 anos (e ela adora achar as pecinhas).
Vou escrever um pouco sobre a Torre de Babel e do pintor flamengo Pieter Brueghel, o Velho.
Babel, capital do império Babilônico, estava situada numa planície entre os rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia (atual Iraque). Era uma cidade-estado rica e poderosa e um centro político, militar, cultural e econômico do mundo antigo.
A história da Torre de Babel está citada no livro do Gênesis 11:1 - 9, na Bíblia.
Este mito pode ter sido inspirado nos zigurates, mais precisamente no Templo de Marduk, que em hebraico é Babel e significa "porta de Deus". É talvez uma tentativa dos povos antigos explicarem a diversidade dos idiomas.
Os zigurates eram grandes estruturas arquitetônicas (torres/templos) com função religiosa, comuns na Mesopotâmia. Possuiam vários andares.
Para se chegar no zagurate de Marduk, na Babel de Nabucodonosor, era preciso passar pela Porta de Ishtar, um enorme portal recoberto com tijolos vitrificados azuis brilhantes, mesclados com faixas de baixo relêvo, ilustrando leões, dragões e touros, além de motivos geométricos e florais em tons alaranjados e avermelhados.
Ishtar ou Inana era a Deusa Babilônica do amor, da vida sexual e da guerra.
As construções na Mesopotâmia procuravam refletir o poder do Estado, da força militar e da autoridade religiosa. Daí a imponência dos zigurates.
.
Pieter Brueghel, o Velho, nasceu em 1525 e faleceu em 1569. Pintor flamengo, nascido em Breda, nos Países Baixos. Assinava "o velho" para distinguir-se dos filhos que também eram pintores. Pintou cenas populares retratando a vida e costumes dos camponeses, os rituais da aldeia, da agricultura, caça, refeições, festa, danças e jogos. Paisagens eram seus temas prediletos. Suas paisagens do inverno de 1565 (caçadores na neve) mostram os invernos rigorosos daquela época. Seus quadros também realçam o absurdo na vulgaridade, expondo as fraquezas e loucuras humanas. Sofreu grande influência de Bosch.

Cara de Pau

Estou muito irada, indignada mesmo. É só abrir o jornal ou qualquer site na internet para ler notícias infames sobre nossos políticos. Essa corja mentirosa e hipócrita que ocupa o Congresso Nacional.
Eles não possuem um pingo de moral ou vergonha na cara. São um bando de abutres, ou melhor, hienas (pois se alimentam da carcaça apodrecida do povo morto pela miséria e ainda riem da cara desse mesmo povo idiota e mal informado que os elegeu).
Onde já se viu um governador, vinte (20) anos depois de deixar o poder, pleitear aposentadoria pelo cargo. É uma vergonha. Um acinte. Uma forma despudorada e descarada de mamar nas tetas da União.
O povo de um modo geral, esse mais simples e desinformado, e que para ganhar uma dentadura ou uma camiseta qualquer (e agora o bolsa família e outros tipos de bolsa eleitoreira) , elege esse bando de políticos corruptos e ladrões, precisa trabalhar mais de trinta (30) anos para se aposentar com um salário mínimo de R$ 540,00 e um político que fica apenas quatro (4) anos no poder sai aposentado com um salário de mais de R$ 26.000,00. Tá errado! É, no mínimo, imoral. Assim não há PIB que dê conta do recado. Como se já não bastasse sustentar a aposentadoria de ex-presidentes com toda a mordomia que os acompanha na saída do poder, agora os governadores também ganharam esse benefício. .
Quando é que vamos nos mobilizar de fato para acabar com essa pouca vergonha, essa bandalheira?
Não é possível aceitar que para o cidadão comum, que paga um horror de impostos para sustentar os cofres do governo, seja exigido, no mínimo, o ensino médio completo para ocupar um cargo de gari ou copeira no serviço público e para um político, que representará esse povo que o elegeu, basta comprovar que sabe ler ou fazer um O com um copo. E pior, depois de apenas quatro anos no poder esse cidadão ainda tem direito a aposentadoria. Só pode ser brincadeira. Um deboche com o povo brasileiro.

... desconfiado ainda está vivo


Hoje, com certeza absoluta, eu e Suzi só não morremos porque não estava na nossa hora. Escapamos por um triz.

Estávamos indo em direção a clínica onde faço quimioterapia para mais uma aplicação do zometa, como acontece a cada 28 dias nos últimos cinco anos. No meio do caminho, já bem próximo da Asa Sul, saímos de uma curva e ficamos atrás de um ônibus que foi fechado por um motorista inconsequente e irresponsável, coisa muito comum nas ruas e avenidas de Brasília ou de qualquer outra cidade deste nosso Brasil.

O motorista do ônibus precisou frear bruscamente, na tentativa de evitar um batida grave, e o carro parou de repente. Para nossa sorte minha irmã estava dirigindo bem devagar e não havia nenhum outro carro na faixa da esquerda, então foi possível uma manobra rápida para desviar nosso carro evitando que entrássemos embaixo do ônibus com o impacto do acidente.

Foi um susto enorme. O carro vermelho, que entrou na frente do ônibus, subiu no canteiro com a pancada que só não foi pior porque o motorista do ônibus também dirigia devegar e conseguiu frear a tempo para evitar uma batida de maiores consequências.

Saímos dali bem rápido, tremendo de susto, e seguimos para a clínica. Quando aferiram minha pressão ela estava um pouco alta em consequência do ocorrido.

Aproveitando que eu já estava um pouco alterada com o susto, questionei com os enfermeiros sobre minha dúvida se estou realmente usando o zometa ou algum genérico produzido na China.

Vou explicar. Sinto muitas dores nos ossos, principalmente nas articulações, mais ou menos vinte e quatro horas após o remédio entrar em minha corrente sanguínea. Isto acontece desde a primeira dose, há quase cinco anos, e nos últimos meses não tenho sentido nenhuma dor e isto me deixa muito intrigada.

Acho que todos na clínica ficaram horrorizados com minha pergunta direta, e podem até ter se sentido ofendidos, mas eu, como paciente oncológica, tenho todo o direito de questionar sobre a qualidade dos medicamentos que faço uso, pois disto depende minha saúde. Além do mais, meu convênio paga pela medicação verdadeira, fabricada em laboratório credenciado.

Fui para o box aguardar o preparo da medicação. Fiquei fazendo compressa quente no braço para facilitar a punção da veia que já está muito difícil depois de tantos anos de picada para fazer quimioterapia e outros exames de rotina. Quando o remédio chegou a enfermeira chefe trouxe junto a caixa com a ampola do zometa para que eu certificasse que era o remédio verdadeiro, fabricado pelo Laboratório Novartis, e não um genérico qualquer vindo da China.

Fiquei satisfeita em comprovar que o remédio era original, afinal não quero correr o risco de fazer uso de uma medicação inóqua e acabar sucumbindo de pura bobeira. Como diz o velho ditado: o seguro morreu de velho e o desconfiado ainda está vivo.

Netuno de Ébano

Após mais de trinta anos aprisionada pelo casamento
Ganhou novamente a liberdade com a viuvez recente.
Estava com mais de cinquenta anos e mesmo assim
Começou a trabalhar com a determinação de uma jovem.
Fez novos amigos, voltou a estudar
E experimentou pela primeira vez o prazer de viajar de férias.
Começou conhecendo o Brasil de norte a sul
E não demorou muito tempo para ganhar o mundo.
Se encantou com a nova descoberta
Arrumar as malas passou a ser sua atividade predileta
Além de fazer compras, é claro.
Devagar foi experimentando novos sabores
Novidades nunca antes pensadas e muito menos permitidas.
Descobriu o prazer de viver intensamente
Um dia de cada vez.
Aproveitando uma de suas férias
Ficou sabendo que detrás de um pequeno morro
Se escondia uma praia de nudismo.
Curiosa, não pensou duas vezes
Antes de subir a pequena escada de madeira
Para ver de perto e experimentar, mesmo
Depois dos sessenta anos
O prazer do naturismo.
Arrancou toda a roupa
E saiu caminhando na areia quente da praia quase deserta
Naquela hora da manhã.
Absorta, olhando as ondas quebraram a seus pés
Não observou a figura máscula
Que emergia na onda prateada.
A enorme sombra escondeu por alguns segundos
O brilho dos raios do sol.
Ela se assustou e soltou um grito
Ele se curvou galante e tocou-lhe suavemente o rosto com as mãos enormes.
Uma centelha percorreu seu corpo
Quando se deu conta corria pela praia
De mãos dadas com o Netuno de ébano.

Odeio etiqueta nas roupas

Aprontava para sair quando resolvi usar uma blusa que não via há tempos. Bastaram poucos segundos de uso para lembrar porque ela estava escondida, quase esquecida no fundo da gaveta: a maldita etiqueta.
Queria saber quem foi o sacana que teve a idéia de inventar a etiqueta para roupas e ainda costurar a infeliz do lado de dentro da peça? Levante o dedo aquele cidadão que nunca se contorceu todo para se coçar por causa de uma etiqueta que estava pinicando. Duvido que apareça alguém.
Como desgraça pouca é pequena, ainda apareceu alguém com uma idéia pior ainda: costurar a maldita etiqueta com linha de nylon. Isso só pode ser sadismo.
De uns tempos para cá até as calcinhas são vendidas com umas etiquetas maiores do que a própria peça. Qual o objetivo?
Sempre que compro roupa nova tomo o cuidado de retirar a etiqueta, mas a linha, principalmente quando é de nylon, não sai fácil. Ela insiste em se esconder para só dar as caras quando estamos na rua e sem tesoura por perto. É um inferno. A coceira não dá sossego.
Triste mesmo é furar a roupa novinha em folha na tentativa de retirar a etiqueta e a linha da costura, que nesses casos costuma ser muitíssimo bem feita (só sai furando...) Já cansei de passar por isso. A conta do prejuízo deveria ser enviada para a marca, mas como a corda arrebenta sempre do lado mais fraco, fica para o consumidor mesmo. Ninguém mandou odiar etiqueta piniquenta.
Alguém já reparou que algumas marcas fazem questão de costurar umas etiquetas que medem quase meio metro? É aquela tira comprida e dura que não serve para nada. Só para coçar, é claro!
Cá entre nós, já que a idéia é exibir a maldita etiqueta porque não costuram a infeliz do lado direito do roupa? Se a idéia é a propaganda, faz isso direito e sem incomodar o usuário da roupa, mas não, parece que os fabricantes se esmeram em encontrar um tipo de etiqueta dura e com pontas finas para ficar torturando os idiotas que compram suas marcas.
E não venham me dizer que apenas roupas populares usam etiquetas que incomodam. Mentira, qualquer marca, das mais populares vendidas nas feiras até aquelas reservadas para poucos, todas usam etiquetas que incomodam e pinicam. Ou será que minha pele é que é muito sensível...

Um presentinho com amor


Acho estressante a correria para compras de final de ano. Tudo lotado e preços lá nas alturas. Um horror. Prefiro ficar longe das lojas e dos shoppings, dos estacionamentos sem vagas, do apelo consumista.

Passadas as festas, a vida parece voltar ao normal e os preços dos produtos também. É aí que eu prefiro entrar, pois detesto me sentir explorada.

Um dia desses entrei casualmente numa loja e acabei comprando umas canecas de louça, muito graciosas, para presentear alguns amigos que fiz nesses quase cinco anos de tratamento ininterrupto. Como são muitas pessoas precisei encontrar algo que agradasse a todos e ao meu bolso também e acabei achando o presente ideal: bonito, útil e com preço acessível. Foi perfeito.

Ontem comecei a distribuir os presentes na clínica onde faço tratamento quimioterápico e foi uma festa. Nem parecia que era apenas uma simples caneca de louça.

Hoje levei algumas para o laboratório Sabin, onde faço exame de sangue quase toda semana. O abraço gostoso que recebi do Noite foi a melhor coisa do mundo. Olha só o que um presentinho pode fazer! É uma troca incrível de carinho e energia positiva. Mais tarde passei pelo serviço médico do tribunal e foi muito legal também.

Quando voltava para casa vinha pensando no quanto é importante demonstrar para as pessoas que de alguma forma dividem a vida conosco que elas são queridas, que nos importamos com elas. Basta um cumprimento cordial no dia a dia, um bate papo informal ou apenas perguntar se o filho já melhorou do resfriado. Não precisa ser nada muito maior do que isto. Ocasionalmente um presentinho também é muito bem recebido e não precisa ser nenhuma jóia, mas precisa ser alguma coisa comprada com carinho especial. Simples assim.

Não existe remédio melhor do que amor, carinho e amizade e esses itens a gente só adquire quando os distribui com muita fartura.

Uma boa leitura num dia chuvoso e frio

Já se passaram mais de vinte dias desde que parei de tomar o xeloda e meus pés fizeram grande diferença. Vamos ver se agora minhas unhas também param de encravar, pois ninguém merece viver de unha encravada por causa de remédio.
Esse história de efeito colateral é um verdadeiro suplício. Remédio tem que servir para curar e não para arranjar outros problemas.
Nossa, mas eu estou achando bom demais não precisar fazer uso do xeloda. Só quem já precisou dessa quimioterapia pode avaliar o quanto é bom poder parar de tomar esse remédio. Ele pode até ser eficaz, mas cá entre nós, a quantidade de ziquiziras que ele provoca é um terror. Eu que o diga!
Estou usando o hormônio anastrozol no lugar do xeloda. Até agora não percebi nada diferente em mim. Vamos ver como ficarão os próximos exames. Quem sabe até lá acontece alguma coisa muito boa. Esperança é a última que morre, diz o velho ditado.
E não para de chover em Brasília. Ou é uma seca de doer, ou um aguaceiro danado. Não existe meio termo. Até o papel higiênico fica úmido, coisa horrorosa. Dá vontade de ficar só morgando dentro de casa, assistindo um bom filme ou lendo um bom livro. Hoje mesmo passei toda a manhã lendo sobre mitologia, coisa que adoro fazer. São tantos deuses, semi-deuses, centauros, titãs, ninfas e afins que sempre me sinto meio perdida e acabo concluindo que conheço muito pouco do assunto.
Hoje concentrei minha leitura em Zeus, deus grego dos céus, da terra e do trovão. Seu correspondente romano é Júpiter e na mitologia nórdica, Thor.
Filho de Cronos e Réia, era irmão de Poseidon, deus dos mares; e de Hades, deus das profundezas, do mundo dos mortos.
Suas irmãs eram Héstia, deusa do fogo; Deméter, deusa da colheitas; e Hera, deusa do casamento e dos lares.
Como todo deus mitológico Zeus era mulherengo e não desistia de uma conquista. Confiar nele era um desastre. Deuses, semi-deuses ou humanos eram traídos a qualquer momento. Era também vingativo, como todo deus mitológico que se preze.

Sonhando com deuses

Uma cama cheia de travesseiros macios
Convidando para dormir.
Entrei embaixo da colcha limpa e cheirosa
Fiquei ali quietinha no escuro, cismando...
Até o sono me apagar.
Sonhei cavalgar estrelas cintilantes
E mergulhar sem medo no rastro brilhante da estrela cadente
Até cair no fundo do mar,
Ser resgatada por Tritão
E pegar carona na carruagem de Poseidon.
Viajei rápido nas correntes oceânicas e
Num instante surfava na crista de ondas gigantescas
Que se desmanchavam em espuma na areia da praia.
Acordei e me dei conta de que
Estava na mesma cama macia que dormira na noite anterior...