Uma mesa, um quebra-cabeça e a Torre de Babel

Portal de Ishtar, no Pergamon Museum, Berlim



zigurate de Ur











mesa de sushi com quebra-cabeça
retratando a Torre de Babel

Eu e minha família demoramos três meses para montar este quebra-cabeça de 5000 peças, que representa a Torre de Babel idealizada e pintada por Pieter Brueghel, o Velho, no século XVI.
O resultado agradou tanto que resolvemos transformá-lo na base de uma mesa de sushi para que pudéssemos apreciá-lo com frequência e relembrar o quanto foi bom o trabalho em equipe. Montar quebra-cabeças é nosso momento família. Todos participam, até a vovó com mais de 80 anos (e ela adora achar as pecinhas).
Vou escrever um pouco sobre a Torre de Babel e do pintor flamengo Pieter Brueghel, o Velho.
Babel, capital do império Babilônico, estava situada numa planície entre os rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia (atual Iraque). Era uma cidade-estado rica e poderosa e um centro político, militar, cultural e econômico do mundo antigo.
A história da Torre de Babel está citada no livro do Gênesis 11:1 - 9, na Bíblia.
Este mito pode ter sido inspirado nos zigurates, mais precisamente no Templo de Marduk, que em hebraico é Babel e significa "porta de Deus". É talvez uma tentativa dos povos antigos explicarem a diversidade dos idiomas.
Os zigurates eram grandes estruturas arquitetônicas (torres/templos) com função religiosa, comuns na Mesopotâmia. Possuiam vários andares.
Para se chegar no zagurate de Marduk, na Babel de Nabucodonosor, era preciso passar pela Porta de Ishtar, um enorme portal recoberto com tijolos vitrificados azuis brilhantes, mesclados com faixas de baixo relêvo, ilustrando leões, dragões e touros, além de motivos geométricos e florais em tons alaranjados e avermelhados.
Ishtar ou Inana era a Deusa Babilônica do amor, da vida sexual e da guerra.
As construções na Mesopotâmia procuravam refletir o poder do Estado, da força militar e da autoridade religiosa. Daí a imponência dos zigurates.
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Pieter Brueghel, o Velho, nasceu em 1525 e faleceu em 1569. Pintor flamengo, nascido em Breda, nos Países Baixos. Assinava "o velho" para distinguir-se dos filhos que também eram pintores. Pintou cenas populares retratando a vida e costumes dos camponeses, os rituais da aldeia, da agricultura, caça, refeições, festa, danças e jogos. Paisagens eram seus temas prediletos. Suas paisagens do inverno de 1565 (caçadores na neve) mostram os invernos rigorosos daquela época. Seus quadros também realçam o absurdo na vulgaridade, expondo as fraquezas e loucuras humanas. Sofreu grande influência de Bosch.
1 Response
  1. Anônimo Says:

    Na verdade, quem monta o quebra-cabeça é a Tia Suzi... a gente só ajuda. hehe
    Excelente texto, ma. Preciso conhecer essa porta!
    Bjos


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Obrigada pelo comentário. bjs Lou