Santa Ceia de Leonardo

          Fui novamente ver de perto a Santa Ceia pintada por Leonardo da Vinci. Aquele afresco é lindo! Fico impressionada com a energia da imagem, e curiosa em saber se realmente ela esconde tantos símbolos quanto dizem os entendidos.
         A Santa Ceia é um famoso afresco que representa a última ceia de Jesus com seus apóstolos, antes dele ser preso e crucificado. Está no antigo refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão.
         Comprei o ingresso pela internet, pois queríamos ir todos juntos ao Cenacolo. É melhor comprar com antecedência, pois os grupos são relativamente pequenos e sempre está lotado. Se deixar para comprar na hora, corre o risco de não conseguir e, cá entre nós, sendo religioso ou não, vale a pena ver de perto este afresco do inigualável Leonardo.

Passeando em Verona - cidade do Romeu e Julieta

         Acordei bem cedo para ir a Verona, cidade que ainda hoje vive da história do amor de Romeu e Julieta, criada por Shakespeare. 
          Saí do meu hotel em Milão, que fica bem pertinho do Duomo, e parei para tomar meu café da manhã num dos muitos cafés espalhados pela cidade. Em seguida eu e o Hugo pegamos o metrô em direção a Estação Central de Milão (o bilhete custa 1,50E).
         A Estação Central é linda e enorme e, para quem gosta de uma loja, é cheia delas. Para todos os gostos. O bilhete de trem para Verona custa 27,50 na primeira classe e 20,50 na segunda. Optei pela segunda, é claro, pois os trens aqui são confortáveis e a viagem seria curta, duraria mais ou menos 1 hora e meia.
          Estranhei que o metrô e os trens estivessem tão vazios, parecia até que eu estava andando numa cidade fantasma. Só fui entender o que estava acontecendo quando cheguei a Verona e dei de cara com uma banda tocando na praça e um monte de militares vestidos a carater.  O dia 25 de abril é feriado na Itália para comemorar sua libertação.
         Enquanto a banda ainda tocava saímos da praça em direção a casa da Julieta. Nem foi necessário pegar mapa, pois bastava seguir a horda de turistas que ia na mesma direção. Na chegada da casa tivemos que passar por um arco onde ao longo dos anos os turistas pregaram um monte de goma de mascar nas paredes e escreveram seus pedidos. Ficou um negócio meio escuro, sujo e, para mim, um pouco nojento.
          O pátio estava apinhado de turistas ávidos para conhecerem de perto a casa famosa, e era quase impossível pelo menos tocar na escultura de bronze da Julieta. Fotografar o balcão onde ela ficava esperando pelo Romeu também era tarefa difícil, pois toda hora aparecia um turista para se sentir meio Julieta, meio Romeu, e eu tinha a impressão de que eles ficavam pregados lá, pois custavam a sair da varanda.
          Saímos dali e passeamos pela cidade e na hora que a fome apertou estávamos fora do roteiro turístico e encontramos, para nossa sorte, o Restaurante Arche. A comida estava divina, a melhor que já comi na viagem até agora. O lugar era muito agradável, tocava uma música ambiente bem tranquila, e o sossego lá dentro evidenciava ainda mais o burburinho da multidão de turistas no centro da cidade.
          Voltamos para Milão no trem das 15:32h, pois não havia muito o que fazer na cidade. A noite fomos encontrar a Kátia e a Iara que também chegaram de Brasília para se juntar a nós em nossa viagem pela Toscana. A praça do Duomo estava lotada de jovens italianos que faziam a maior algazarra. Estava difícil circular por lá e seguimos direto para o Restaurante Castelo, que além de servir uma comida muito gostosa, tem garçons atenciosos e simpáticos.

De volta a bela Itália

            Para comemorar o bom resultado dos meus exames resolvi viajar para a Itália. Começei o passeio por Milão, na Lombardia, e amanhã vou a Verona, mas meu destino será a Toscana. Vou ficar duas semanas em Florença e de lá pretendo passear por outras cidades da Toscana.
     A Itália, berço de grandes civilizações clássicas da Europa, sempre atraiu muitos turistas em busca de cultura e aventura. Seu mapa geográfico é fácil de ser visualizado por causa do formato alongado que lembra uma bota flutuando entre os Mares Mediterrâneo, Adriático, Jônico, Tirreno e o Mar da Ligúria.
         O Mar Mediterrâneo é o maior mar interior continental do mundo. Suas águas deságuam no Oceano Atlântico pelo Estreito de Gibraltar, e no Mar Vermelho pelo Canal de Suez. Ele recebe as águas do Mar Negro pelos estreitos do Bósforo e dos Dardanelos. Suas águas são quentes por causa do calor vindo do Deserto do Saara, e é o que torna o clima das terras banhadas por ele mais temperado.
    O território italiano se estende desde os picos nevados dos Alpes até as praias da Sicília, e isto faz com que seu relêvo seja bastante acidentado. O ponto mais alto é o Mont Blanc ou, como dizem os italianos, Monte Bianco, com 4.810m de altura. Esta montanha está na divisa entre a França e a Itália.
    No país estão localizados alguns vulcões célebres como o Etna, na Sicília, ainda em atividade; o Stromboli e o Vesúvio. O Vesúvio foi o vulcão responsável pela destruição das cidades de Pompéia e Herculano.
    Várias ilhas também compõem a geografia da itália, mas as mais importantes são as ilhas da Sicília e Sardenha.
     A Itália é também um país com vários dialetos, rica arquitetura e culinária própria. Ela é dividida em regiões como a Calábria, Lombardia, Sardenha, Toscana, Sicília e outras; cada uma com suas características próprias.
     Na região da Toscana, para onde eu vou, vale a pena experimentar alguns pratos típicos regionais como o Bacalhau alla Fiorentina e a suculenta Bisteca Fiorentina. O vinho Chianti é daquela região.   
    Florença é a capital da Toscana e fica às margens do rio Arno. A melhor forma de explorar a cidade é andando vagarosamente a pé por suas ruas estreitas, atravessando suas pontes e se deslumbrando com tudo à sua volta. A cidade é uma verdadeira jóia da Renascença, e permanece até hoje praticamente inalterada.

Proposta indecente

          Ontem embarquei novamente para umas merecidas férias.  Desta vez a desculpa foi para comemorar o bom resultado dos meus exames. Escolhi a Itália para curtir curtir com calma a bela Toscana, mas meu roteiro começou mesmo por Milão, na Lombardia.
          Como o preço na classe executiva anda pela hora da morte, o melhor que consegui fazer foi pagar a diferença pelo assento conforto, na primeira fila logo atrás da executiva, onde tem mais espaço para as pernas, pois com o uso de quimioterapia e outras medicações fico mais sujeita ao risco de trombose por ficar tanto tempo apertada e sem movimento, nas poltronas da classe econômica.
          Para garantir meu lugar, precisei chegar cedo no aeroporto, fazer meu check in e pagar a taxa de 110 dólares pela bendita cadeira. Voltei feliz para casa, com a certeza de poder voar sem ficar espremida durante tantas horas de viagem e só retornei ao aeroporto quase uma hora  antes do vôo para poder despachar a bagagem.
          Entrei no avião e quando cheguei na minha cadeira quase infartei, pois lá estava aboletada toda uma família italiana cheia de crianças. O pai olhou para mim com aquela cara de quem está querendo enrolar e me perguntou se aquela era minha cadeira e eu confirmei que sim. A mãe resmungou alguma coisa e os dois saíram em busca da cadeira deles, que era do outro lado e mais no fundo da aeronava.
          Respirei aliviada ao perceber que eu não iria viajar ao lado de crianças choramingando a viagem toda e me acomodei. Em seguida chegou a passageira que estava na cadeira ao lado e se escandalizou com o tamanho da poltrona dizendo: não acredito que paguei aquela fortuna por uma cadeira tão acanhada! Expliquei que a poltrona conforto é somente mais espaçosa para as pernas, mas a largura é igual a todas da classe econômica. Rimos e nos acomodamos para encarar as doze horas de vôo.
          Já estávamos cochilando quando chegou um comissário de bordo e me perguntou se eu havia pago a taxa para ocupar aquela poltrona. Até achei a pergunta razoável, pois acreditei que era um procedimento usual, apenas para conferir se as pessoas que estavam ocupando as benditas poltronas conforto realmente haviam pago por elas. É claro que paguei, respondi, e perguntei se ele queria conferir o recibo de pagamento.
          O tal comissário queria mesmo era me convencer de que iria me acomodar nas poltronas de trás para colocar na minha poltronas e na poltrona ao lado a família italiana com as crianças. Quanto ao dinheiro que eu havia pago a mais ele iria me dar um recibo para que eu retirasse o dinheiro assim que pousasse em Milão. Olhei para ele com aquele olhar de fúria e disse que ele fosse procurar outro otário para trocar de cadeira e que eu não iria sair dali para uma poltrona pior de jeito nenhum. Se ele realmente tivesse necessidade de ocupar minha cadeira ele poderia até me acomodar na executiva, mas piorar o meu assento, de jeito nenhum. Ora onde já se viu. Quando fui ao aeroporto pela manhã as cadeiras conforto estavam todas livres e paguei pela minha, e não paguei barato.
          A TAM e a família italiana que me perdoem, mas não abro mão do meu conforto e dos meus direitos quando estou com a razão. Afinal de contas tanto a TAM quanto a família sabiam da existência das crianças desde que a passagem deles fora emitida. Se eles precisavam daquele assento que tivessem reservado o assento. Eles estavam voltando para a Itália, então já deviam ter passado por aquela situação na ida para o Brasil. A TAM me vendeu o assento  porque ele estava disponível, então resolver aquela situação não era problema meu era problema unicamente da TAM e se eles queriam acomodar a família eles que dessem um "up grade" em minha passagem me acomodando na executiva ou que fossem procurar outro otário que topasse fazer a troca indecente.

O tempero da vida

           Ontem assisti  com a Suzi,  que precisava fazer uma resenha para o curso de gastronomia, o filme “O tempero da Vida”, dirigido por Tassos Boulmetis. Eu já tinha assistido este filme há alguns anos e me lembro que foi aí que despertou em mim o interesse pelos segredos e sabores dos temperos e condimentos.
           Aproveitei um pouco do texto da resenha que ela precisou fazer,  para comentar o filme aqui no blog. Aliás, falando em resenha, a Suzi (e acho que a maioria das pessoas que decidem fazer gastronomia) nunca imaginou que fosse necessário fazer tantos trabalhos. Ela estava crente que só ia trabalhar na cozinha aprendendo os segredos da alta culinária... errou redondo. É trabalho que não acaba mais.
          Mas voltando ao filme, o diretor parece ter se baseado em sua própria história  de vida pois, como o protagonista Fanis, ele também  nasceu e  viveu  em Istambul até ser deportado para a Grécia com a família, por causa dos conflitos ocorridos na Ilha de Chipre.
          As cenas do filme enchem a tela da TV com mesas repletas de pratos da culinária grega/turca,  que chegam a  dar água na boca. São comidas preparadas com condimentos e especiarias que, numa perfeita alquimia, conseguem despertar as emoções das pessoas.
            Mesclando  cenas do passado e do presente, o filme nos conta a história de Fanis e sua família que viviam em Istambul, na Turquia, e foram deportados para a Grécia em 1959. Em Istambul ficaram seu avô e seu primeiro amor de infância.
            Fanis já adulto, professor de astrofísica em Atenas, está preparando uma refeição para seu avô quando recebe a notícia de que ele está muito mal e internado em um hospital de Istambul.  A partir daí começam suas lembranças do passado.
           Suas memórias voltam para o tempo em que era apenas um garoto que vivia no meio dos temperos e condimentos na loja de seu avô em Istambul. Está sempre atento nas conversas dos adultos  sobre os segredos dos temperos e dos ingredientes que despertam os sentidos, muito mais do que somente o paladar. O avô é quem lhe ensina as tradições familiares e os segredos da culinária. Ele também ajuda o menino estudar utilizando condimentos para dar suas explicações.
            Fanis ainda garoto descobriu sua paixão pela culinária e costumava preparar refeições para a família. Ele ensina alguns segredos culinários para a amiga, que é seu primeiro amor de infância, e a menina, em retribuição, dança para ele.
             Quando sua família é deportada a menina vai se despedir dele na estação e lhe dá de presente uma maleta que ela usava para preparar comidinhas. Ele parte para Atenas e usa a maleta que ganhou de presente para preparar comidas para as meninas da escola onde estudava, até o dia que o proibiram de cozinhar.
           Fanis cresceu na Grécia longe do avô,  mas nunca se esqueceu dele e de seus ensinamentos. Ele só  retorna a Istambul quando o avó adoece  e após o funeral ele também revê seu primeiro grande amor e tenta uma reaproximação.
            O Tempero da Vida é um filme que usa a culinária e as  especiarias como metáforas para nos falar sobre a vida, os relacionamentos, a saudade, o amor e sobre nossas escolhas.           
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Aborto de anencéfalos

           O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, embasado em razões científicas e não religiosas, votou a favor da descriminalização do aborto de fetos sem cérebro.
            Tomara que seus pares entendam da mesma forma e acabe de uma vez por todas com o sofrimento desnecessário imposto a muitas mulheres que são obrigadas a levar a termo uma gravidez que terá o triste desfecho do nascimento de uma criança sem  a mínima possibilidade de sobreviver porque não tem cérebro.
            O ministro foi muito feliz ao dizer que “parece-me lógico que o feto sem potencialidade de vida não pode ser tutelado pelo tipo penal que protege a vida”.  Ora, o dispositivo do Código Penal que protege a vida não pode alcançar um feto que já nasce sem a menor possibilidade de sobrevivência porque sem cérebro o feto é, cientificamente falando, “um natimorto neurológico”.
            Concepções religiosas não devem e nem podem ditar decisões de Estado. Além do mais, de acordo com nossa Constituição,  o Brasil é um Estado laico, isto é, religiosamente neutro.
           Por mais que a igreja proteste, que grupos contrários ao aborto faça campanhas, penso que cabe a mulher e somente a ela decidir se quer ou não levar adiante uma gravidez que resultará no nascimento de uma criança morta ou com poucas horas de vida. Somente a mãe saberá avaliar o que é melhor para ela numa situação especial como a de gerar um feto sem cérebro e sem condições de sobreviver ao parto.  Ao Estado, nestes casos, deve caber apenas a assistência médica e psicológica para acompanhar a mãe, seja qual for sua decisão.
          Faço minhas as palavras do ministro Marco Aurélio: crença religiosa ou ausência dela, serve “para ditar a vida privada do indivíduo que a possui”.         

Produtos chineses (x) indústria nacional

          Li o livro "O Sari Vermelho" e numa das passagens da história Nehru, pai de Indira Ghandi, tece na prisão onde ficou encarcerado muitos anos, um sári vermelho para ela usar no dia do casamento. Era seu gesto de amor pela filha e pela India,  e atrás daquele gesto havia toda uma simbologia. É que Gandhi, anos antes,  havia transformado a roca em um símbolo de luta pela independência da India. Isto, porque os ingleses destruíram a rica indústria têxtil indiana impondo altas taxas aos produtos indianos com o objetivo de vender seus próprios tecidos fabricados na Inglaterra.
          O gesto de Nehru ao fiar usando uma roca simbolizou sua rebeldia em aceitar passivamente o domínio inglês sobre seu país e também sua inconformidade com  a destruição da indústria têxtil indiana. Isto me fez pensar no que está acontecendo com a indústria  Brasileira.  Sinceramente, pensar nisto me causa até  calafrios. É que não consigo deixar de associar o que aconteceu na India com ao que está acontecendo hoje no Brasil e no mundo.
         No passado a Inglaterra destruiu a indústria textil indiana impondo altas taxas aos produtos indianos, e hoje a China está inundando o mundo com seus produtos baratos e de péssima qualidade. Já pararam para pensar que esta é uma forma enviesada de acabar com a indústria nacional?  Vai chegar um momento em que as indústrias brasileiras estarão aniquiladas pela concorrência desdeal dos chineses e quando isto acontecer a China irá impor o preço que bem entender para vender suas quinquilharias e seus produtos de origem duvidosa.
          A quem será que interessa o fim de nossas indústrias?


           

Benefícios da musculação e do alongamento

          Depois de todos estes anos de tratamento para  combater o câncer metastático que se espalhou pelo meu corpo, dos muitos altos e baixos na saúde e da  imunidade que ficou comprometida  pelo uso de quimioterápicos, voltei finalmente a frequentar a academia para fazer musculação e alongamento há pouco mais de um mês.
          Confesso que não sou fã de academia, aliás tenho a maior preguiça de fazer exercícios, mas sempre gostei de fazer longas caminhadas. 
          Eu já havia parado de frequentar a academia, e depois que os efeitos colaterais pelo uso do xeloda começaram a comprometer meus pés precisei parar inclusive com minhas caminhadas, pois a sola dos pés ficaram tão finas que qualquer coisa fazia bolhas e feria tudo. Era um horror e eu sentia muitas dores. Para piorar as coisas, no final do ano passado ainda fiquei dois meses sem poder colocar os pés no chão por causa de uma fratura grave.
          Quando finalmente me vi livre da cadeira de rodas percebi, muito a contragosto, que o repouso forçado  havia deixado minhas pernas e meus pés cheios de dores para caminhar. Aliás, eu parecia mais uma "Maria das dores", pois tudo doía em mim. Senti que precisava fazer alguma coisa.  Para piorar o quadro, estava ficando cada vez mais difícil puncionar minhas veias e uma enfermeira sugeriu que eu começasse a fazer musculação para  fortalecer minhas veias e melhorar o problema.
          Mesmo não sendo fã de academia e odiando a barulheira da academia vizinha a minha casa, fui até lá e procurei um dos instrutores. Deixei claro que não posso exagerar na musculação com os braços porque não tenho gânglios linfáticos na axila direita, e que meu objetivo era me exercitar para poder voltar a fazer  caminhadas, que eu adoro, e para acabar de vez com as dores no corpo e principalmente nas costas.
          O instrutor passou uma série de musculação duas vezes na semana e exercício aeróbico nos outros dias. Passei a frequentar a academia desde então e experimentei fazer os exercícios em diferentes horários para ver o que melhor se adequava aos meus interesses, pois detesto ambientes muito cheios e barulhentos. Aproveitei o mês que fiquei fazendo os exercícios sozinha para observar qual dos instrutores eu poderia chamar para ser meu personal, pois me dei conta que depois de tanto tempo sem me exercitar eu precisava de um bom instrutor ao meu lado. Foi aí que conheci a Janaina.
          Depois que comecei a fazer musculação e alongamento duas vezes por semana com a orientação da Janaína, e exercício aeróbico nos outros dias, posso garantir que as dores nas costas já melhoraram muito. Meu corpo estava tão encurtado que eu mal conseguia me dobrar, e agora já dá para notar a diferença. Ainda não me dobro como uma bailarina, mas devagar sinto meu corpo destravando. Ontem consegui caminhar vários quilômetros subindo um morro. Cheguei em casa morta de cansada mas feliz, pois as dores nas costas não me impediram a caminhada.
          Não frequento academia para ficar malhada e com barriga de tanquinho. Estou fazendo exercícios para ficar bem com minha saúde. Quero inundar meu corpo com endorfinas e  voltar a fazer caminhadas sem sentir dores ou fadiga.
         Tenho que admitir que já estou começando a sentir os efeitos benéficos da musculação e principalmente do alongamento ministrado pela Janaína. É muito bom ser orientado por um profissional sério e competente. E viva a Janaína!

Bonsai de Tamarindo


Meu bonsai de tamarindo estava tristinho. Pensei até que fosse morrer, mas o levei assim mesmo para a Jô dar um trato cuidadoso. Ela trocou o vaso, aramou a árvore e adubou. Veja só o resultado! Ele já está dando sinais de recuperação.
Hoje resolvi fotografá-lo bem cedinho, assim que os primeiros raios de sol incidiram sobre ele. Minha pequena árvore está se recuperando a olhos vistos. 

Dirigindo com cuidado

Segunda-feira foi dia de fazer o zometa, para cuidar bem dos ossos comprometidos com o câncer. Fui para a clínica de manhã e assim que cheguei em casa fui dormir, antes mesmo de almoçar. Dormi profundamente e acordei com o estômago reclamando de fome.
Ontem  pela manhã precisei pegar uma carona com minha filha, que me deixou no dentista. Cuidar bem dos dentes, no meu caso, é muito importante por causa do uso do zometa. É que um dos efeitos colaterais da medicação é a osteonecrose da mandíbula, então preciso estar com os dentes em ordem para que não seja necessário nenhum tipo de intervenção.
Mas voltando ao assunto da carona que peguei com minha filha,  fiquei surpresa com a calma com que ela foi dirigindo e comentei o quanto isto me deixava tranquila, pois ela sempre teve o pé muito pesado para o meu gosto. Ela me disse que agora dirige devagar para economizar combustível.
Olha só que coisa boa! Quando os filhos amadurecem e passam a pagar pelas próprias contas, acabam ficando também mais cautelosos, mesmo que seja por causa do rombo no bolso. Nada como ser um pouco pão duro e ter que fazer o salário render; mas seja lá qual for o motivo da cautela, dirigir mais devagar  é sempre bom e deixa qualquer mãe mais sossegada.