Proposta indecente
segunda-feira, abril 23, 2012
Ontem embarquei novamente para umas merecidas férias. Desta vez a desculpa foi para comemorar o bom resultado dos meus exames. Escolhi a Itália para curtir curtir com calma a bela Toscana, mas meu roteiro começou mesmo por Milão, na Lombardia.
Como o preço na classe executiva anda pela hora da morte, o melhor que consegui fazer foi pagar a diferença pelo assento conforto, na primeira fila logo atrás da executiva, onde tem mais espaço para as pernas, pois com o uso de quimioterapia e outras medicações fico mais sujeita ao risco de trombose por ficar tanto tempo apertada e sem movimento, nas poltronas da classe econômica.
Para garantir meu lugar, precisei chegar cedo no aeroporto, fazer meu check in e pagar a taxa de 110 dólares pela bendita cadeira. Voltei feliz para casa, com a certeza de poder voar sem ficar espremida durante tantas horas de viagem e só retornei ao aeroporto quase uma hora antes do vôo para poder despachar a bagagem.
Entrei no avião e quando cheguei na minha cadeira quase infartei, pois lá estava aboletada toda uma família italiana cheia de crianças. O pai olhou para mim com aquela cara de quem está querendo enrolar e me perguntou se aquela era minha cadeira e eu confirmei que sim. A mãe resmungou alguma coisa e os dois saíram em busca da cadeira deles, que era do outro lado e mais no fundo da aeronava.
Respirei aliviada ao perceber que eu não iria viajar ao lado de crianças choramingando a viagem toda e me acomodei. Em seguida chegou a passageira que estava na cadeira ao lado e se escandalizou com o tamanho da poltrona dizendo: não acredito que paguei aquela fortuna por uma cadeira tão acanhada! Expliquei que a poltrona conforto é somente mais espaçosa para as pernas, mas a largura é igual a todas da classe econômica. Rimos e nos acomodamos para encarar as doze horas de vôo.
Já estávamos cochilando quando chegou um comissário de bordo e me perguntou se eu havia pago a taxa para ocupar aquela poltrona. Até achei a pergunta razoável, pois acreditei que era um procedimento usual, apenas para conferir se as pessoas que estavam ocupando as benditas poltronas conforto realmente haviam pago por elas. É claro que paguei, respondi, e perguntei se ele queria conferir o recibo de pagamento.
O tal comissário queria mesmo era me convencer de que iria me acomodar nas poltronas de trás para colocar na minha poltronas e na poltrona ao lado a família italiana com as crianças. Quanto ao dinheiro que eu havia pago a mais ele iria me dar um recibo para que eu retirasse o dinheiro assim que pousasse em Milão. Olhei para ele com aquele olhar de fúria e disse que ele fosse procurar outro otário para trocar de cadeira e que eu não iria sair dali para uma poltrona pior de jeito nenhum. Se ele realmente tivesse necessidade de ocupar minha cadeira ele poderia até me acomodar na executiva, mas piorar o meu assento, de jeito nenhum. Ora onde já se viu. Quando fui ao aeroporto pela manhã as cadeiras conforto estavam todas livres e paguei pela minha, e não paguei barato.
A TAM e a família italiana que me perdoem, mas não abro mão do meu conforto e dos meus direitos quando estou com a razão. Afinal de contas tanto a TAM quanto a família sabiam da existência das crianças desde que a passagem deles fora emitida. Se eles precisavam daquele assento que tivessem reservado o assento. Eles estavam voltando para a Itália, então já deviam ter passado por aquela situação na ida para o Brasil. A TAM me vendeu o assento porque ele estava disponível, então resolver aquela situação não era problema meu era problema unicamente da TAM e se eles queriam acomodar a família eles que dessem um "up grade" em minha passagem me acomodando na executiva ou que fossem procurar outro otário que topasse fazer a troca indecente.
Mta folga mesmo... essas empresas aprontam todas. Além de vc ter ido a toa ao aeroporto no dia anterior, por informação errada de funcionário, ainda quiseram te tirar da cadeira! absurdo! Curta mto as férias, mama! bjos
Aff Lou,
Acontece cada coisa com a uma da gente, né?! kkk
Bacio
Adooooooooooro um barraco, queria ser uma mosquinha!!!
HA HA HA, essa Lou é bravinha! Tá certíssima... Bjo, Biba.