Fomos tomar nosso café da manhã na famosa padaria Boudin que funciona na Fisherman's Wharf. O prédio é enorme e as janelas de vidro deixam à mostra a confecção dos pães em formato de bichos como ursos, jacarés, tartarugas, caranguejos e outros. O cheiro de pão quentinho que exala a volta do prédio é simplesmente tentador, não há quem resista.

        A Boudin Bakery foi uma das primeiras panificadoras de São Francisco. Ela foi fundada por imigrantes franceses em 1849 e é famosa por causa do pão sourdough, uma espécie de pão francês com uma massa mais ácida e sabor forte. Eu, sinceramente, não gostei muito.

      A padaria é repleta de prateleiras com uma profusão de produtos que fica até difícil escolher. Os pedidos até podem ser feitos em apenas um dos caixas, mas na hora de pegar a comida não é bem assim: esperei um bocado pelo sanduíche que pedi e quando cheguei no outro balcão meu café com leite já estava servido há muito tempo e, é claro, estava quase frio e eu não gosto de café com leite frio. Sinceramente, não achei a padaria Boudin tudo aquilo que dizem. Já tomei café da manhã muito mais gostosos.

        Voltamos para o hotel onde iríamos encontrar a Maryanne para fazermos o tour pela cidade. Ela chegou um pouco antes do horário marcado e saímos em seguida. Começamos nosso passeio pelo Pier e ela foi explicando e contando a história da cidade, em seguida fomos para a Alamo Square, uma praça que está situada numa área residencial e onde fica o tão conhecido alinhamento de casinhas em estilo vitoriano que aparece em filmes e fotos de São Francisco.
          A Maryanne estacionou e ficou nos aguardando no carro. Caminhamos pela praça, fizemos algumas fotos e no pouco tempo que ficamos por lá vimos dezenas de japoneses munidos de máquinas fotográficas desembarcarem dos ônibus de turismo e saíram clicando feito doidos para todos os lados (como gostam de fotografar...). Voltamos para nosso carro privado e continuamos o passeio pelas ruas cheias de casinhas do mesmo período, cada uma mais charmosa e encantadora que a outra.
          Atravessamos a famosa ponte Golden Gate, que emoção! Nossa próxima parada foi no mirante do parque Marin Headlands de onde se tem uma fantástica vista da cidade, especialmente da Ponte Gonden Gate guardando a entrada da Baia. De lá seguimos para Sausalito, uma pequena cidade muito charmosa.
          A Maryanne sugeriu que experimentássemos um concorrido hamburguer que todos elogiam e comem com gosto, foi o que fizemos mas, sinceramente, não gostei. A carne não tinha tempero e o hamburguer ficou muito sem graça. A bem da verdade não sou medida para esse tipo de comida. Gosto mesmo é de uma comidinha bem feita e preferencialmente com ingredientes frescos e saudáveis.
          Joguei fora mais da metade do tal hamburguer que o turista costuma fazer fila para comprar. A Letícia confessou que fez o mesmo com o dela, só a Teresa conseguiu comer tudo. Depois do lanche frustrado fomos caminhar pela avenida principal que é cheia de lojinhas e restaurantes e curtir as belezas do local. Sausalito é o tipo de lugar ideal para passar o dia curtindo sem pressa o dolce far niente.
          Também fazia parte do roteiro do nosso tour privado um passeio pelo Golden Gate Park, um enorme parque urbano como o Central Park em Nova York. A Maryanne nos disse que Golden Gate é 20% maior que o Central Park, e é o terceiro parque urbano mais visitado dos Estados Unidos. Ela também nos disse que por ser muito grande é fácil se perder dentro dele porque não existem muitos pontos de referência.
           Fomos conhecer o Young Museum que fica dentro do parque. Vale a pena a visita.
      No parque também está a Academia de Ciência da Califórnia uma obra prima da arquitetura sustentável, projetada por Renzo Piano. O telhado é uma estrutura ondulada em homenagem as colinas da cidade, e é coberto por mais de um milhão de plantas nativas. Este telhado verde, além de não precisar irrigação também atrai pássaros, borboletas e insetos e também serve para resfriar o interior do prédio. O prédio que abriga a academia é um modelo de sustentabilidade e de respeito a natureza e a biodiversidade. Há muito eu queria conhecer a Academia de Ciência.  
         Vale a pena passar um dia inteiro curtindo as atrações do parque. Não tivemos tempo para tanto.
        Saímos do parque em direção a praia. A Maryanne nos contou que, diferente de outras cidades, em São Francisco é mais barato morar próximo da praia porque o clima naquela área é o pior da cidade. Um nevoeiro quase constante cobre tudo dificultando a circulação. Nós tivemos muita sorte, pois o dia estava ensolarado, o céu azul e sem nuvens e o passeio perfeito na companhia de pessoas queridas. Foi tudo de bom.
          Não poderíamos deixar de passar de carro pela Lombard Street, uma das vias de trânsito mais famosas de São Francisco, que já serviu de cenário para muitos filmes. Primeiro a Maryanne desceu a rua de carro a menos de 10km porque são 8 curvas bem fechadas numa ladeira prá lá de íngreme, um verdadeiro zigue-zague. Depois que ela estacionou a Letícia e a Teresa resolveram fazer o trajeto a pé, subindo e descendo. Preferi poupar meu pezinho quebrado e fiquei no carro com a Maryanne. Não há vista, por mais incrível que seja, que me convença a colocar meu pé em situação de perigo.
         A Maryanne nos deixou na Union Square. Rodamos um pouco por lá e fomos até uma loja da Apple onde a Letícia fez a festa. Eu até me senti tentada, mas consegui me conter. Depois fomos numa loja gigante da Sur la Table e lamentei que a Suzi não estivesse conosco pois ela teria surtado dentro daquela loja repleta de utensílios de cozinha, a preços inacreditáveis. Lá quem fez a festa fui eu. Comprei vários utensílios como formas, espátulas, cortadores, formas de silicone e mais um monte de coisinhas para a Suzi usar na cozinha. Sei como estas coisas são importantes para ela.
          Voltamos tarde para o hotel, felizes com o dia incrível pelas ruas e atrações de São Francisco.