Um giro pela Califórnia - San Diego - 10 fev 2014
sábado, fevereiro 22, 2014
San Diego nunca esteve incluída em meu destino de férias, aconteceu
quase por acaso, mas confesso que adorei a cidade considerada o berço da
Califórnia. Ela fica meio espremida entre o deserto, o oceano Pacífico, as
montanhas e o México e é tão tranqüila, limpa e sossegada que nem parece ser a
segunda cidade mais populosa do estado e a oitava do país.
Quando a Teresa ligou me convidando para viajar
para a Califórnia com ela e a Letícia que estava indo participar de um
Congresso Médico em San Diego topei na hora e não me arrependi. Ficamos dez
dias por lá: quatro em San Diego, dois em Los Angeles e o restante do tempo em
San Francisco.
Desembarcamos em San Diego depois de uma longa e exaustiva
viagem que começou em Brasília. Fizemos conexão em Atlanta e de lá ainda
enfrentamos mais de quatro horas de viagem até nosso destino final (esta foi a
parte ruim do passeio). Os aviões da Delta não são nenhum modelo de conforto e
a classe econômica é econômica mesmo e o trecho interno não inclui refeições, é
preciso comprar seu lanche (pelo menos oferecem água ou refrigerante e um
biscoitinho sem graça).
Nossa boa impressão da cidade começou ainda no aeroporto
quando uma senhora nos abordou perguntando se poderia ajudar. Ela nos perguntou
o nome do hotel onde ficaríamos hospedadas, consultou uma lista e sugeriu que a
melhor forma de transporte para aquele hotel seria um taxi, já que éramos três, e nos indicou aonde
ir.
O aeroporto fica bem próximo do centro, o que
deixou a corrida barata e rápida. Fizemos nosso check in, deixamos a bagagem no
quarto e saímos para o Gaslamp Quarter, que ficava próximo de nosso hotel, em
busca de um restaurante onde pudéssemos almoçar, pois estávamos famintas.
Optamos por um mexicano e nos deliciamos com uma comida gostosa e apimentada.
Depois do almoço aproveitamos para explorar o local que é cheio de lojas, bares
e restaurantes.
Já no final da tarde entramos no Horton Plaza, um
shopping enorme que ficava bem no caminho para o hotel, e nos divertimos com a
excelente e engraçadissima vendedora Mei que fazia caras e bocas tentando nos
convencer a comprar seus produtos. Ela pegou minhas mãos, examinou minhas unhas
que estavam sem esmalte, deu alguns palpites e jurou que faria um milagre
nelas. Em seguida pegou um retângulo com três cores: dois lados azuis, um preto
e o outro de cor branca. Minhas unhas estavam amareladas e sem brilho e algumas
ainda apresentavam listras verticais salientes que começavam a abrir e causar
incômodo. Eu já estava usando todas as noites, por orientação médica, mas sem
resultado aparente, uma espécie de esmalte que sai com água. Mei começou então
a lixar minhas unhas com o lado azul do retângulo, depois lixou com a cor preta e finalizou
com o lado branco que parece ser um tipo de borracha. Terminada a
operação fiquei boquiaberta, minhas unhas estavam lisinhas e brilhantes como se tivessem sido pintadas com base. Para provar que era um efeito real a Mei usou um
algodão com removedor de esmaltes e minhas unhas continuaram lindas e cheias de
brilho. É claro que comprei o tal produto que até já existe no Brasil, mas custa
os olhos da cara.
Depois de provar o milagre em minhas unhas e ter
conseguido me vender seu produto ela resolveu atacar a pele da Teresa. Ela
garantiu que também faria um milagre naquele rosto cuja pele merecia um cuidado
especial e transformador. Para provar ela começou fazendo a máscara apenas de
um lado do rosto. O produto que a Mei vende utiliza em sua composição o sal do
mar morto. Ela deixou a máscara na metade do rosto da Teresa por alguns minutos e depois retirou tudo com água, passou um outro
produto e tcham, tcham, tcham, tcham, o rosto da Teresa parecia outro, a pele parecia novinha em folha. O resultado
era visível e impressionante. A Mei ria e não parava de falar. Ela sabia que
estávamos perplexas com o resultado apresentado. A coitada bem que se esforçou, mas
não conseguiu convencer a Teresa a comprar o produto milagroso, pois mesmo com
todos os descontos oferecidos ainda ficou caro demais (mais de 500 dólares)
para o bolso de brasileiros comuns que trabalham e pagam impostos extorsivos em
nosso país (não fazemos parte da elite política corrupta). Saímos do estande de trabalho
da Mei rindo e comentando sobre a eficiência dos produtos que ela vende e do bom
humor com que ela atende sua clientela.
De volta ao hotel tomei um bom e relaxante banho para sair a noite, mas resolvi dar uma cochilada antes. Dormi tão profundamente que só consegui acordar no dia seguinte. A idade é um fato...
De volta ao hotel tomei um bom e relaxante banho para sair a noite, mas resolvi dar uma cochilada antes. Dormi tão profundamente que só consegui acordar no dia seguinte. A idade é um fato...
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Obrigada pelo comentário. bjs Lou