Um giro pela Califórnia - San Diego - 10 fev 2014



           San Diego nunca esteve incluída em meu destino de férias, aconteceu quase por acaso, mas confesso que adorei a cidade considerada o berço da Califórnia. Ela fica meio espremida entre o deserto, o oceano Pacífico, as montanhas e o México e é tão tranqüila, limpa e sossegada que nem parece ser a segunda cidade mais populosa do estado e a oitava do país.
Quando a Teresa ligou me convidando para viajar para a Califórnia com ela e a Letícia que estava indo participar de um Congresso Médico em San Diego topei na hora e não me arrependi. Ficamos dez dias por lá: quatro em San Diego, dois em Los Angeles e o restante do tempo em San Francisco.
Desembarcamos em San Diego depois de uma longa e exaustiva viagem que começou em Brasília. Fizemos conexão em Atlanta e de lá ainda enfrentamos mais de quatro horas de viagem até nosso destino final (esta foi a parte ruim do passeio). Os aviões da Delta não são nenhum modelo de conforto e a classe econômica é econômica mesmo e o trecho interno não inclui refeições, é preciso comprar seu lanche (pelo menos oferecem água ou refrigerante e um biscoitinho sem graça).
Nossa boa impressão da cidade começou ainda no aeroporto quando uma senhora nos abordou perguntando se poderia ajudar. Ela nos perguntou o nome do hotel onde ficaríamos hospedadas, consultou uma lista e sugeriu que a melhor forma de transporte para aquele hotel seria um taxi, já que éramos três, e nos indicou aonde ir.
O aeroporto fica bem próximo do centro, o que deixou a corrida barata e rápida. Fizemos nosso check in, deixamos a bagagem no quarto e saímos para o Gaslamp Quarter, que ficava próximo de nosso hotel, em busca de um restaurante onde pudéssemos almoçar, pois estávamos famintas. Optamos por um mexicano e nos deliciamos com uma comida gostosa e apimentada. Depois do almoço aproveitamos para explorar o local que é cheio de lojas, bares e restaurantes.
Já no final da tarde entramos no Horton Plaza, um shopping enorme que ficava bem no caminho para o hotel, e nos divertimos com a excelente e engraçadissima vendedora Mei que fazia caras e bocas tentando nos convencer a comprar seus produtos. Ela pegou minhas mãos, examinou minhas unhas que estavam sem esmalte, deu alguns palpites e jurou que faria um milagre nelas. Em seguida pegou um retângulo com três cores: dois lados azuis, um preto e o outro de cor branca. Minhas unhas estavam amareladas e sem brilho e algumas ainda apresentavam listras verticais salientes que começavam a abrir e causar incômodo. Eu já estava usando todas as noites, por orientação médica, mas sem resultado aparente, uma espécie de esmalte que sai com água. Mei começou então a lixar minhas unhas com o lado azul do retângulo, depois lixou com a cor preta e finalizou com o lado branco que parece ser um tipo de borracha. Terminada a operação fiquei boquiaberta, minhas unhas estavam lisinhas e brilhantes como se tivessem sido pintadas com base. Para provar que era um efeito real a Mei usou um algodão com removedor de esmaltes e minhas unhas continuaram lindas e cheias de brilho. É claro que comprei o tal produto que até já existe no Brasil, mas custa os olhos da cara.
Depois de provar o milagre em minhas unhas e ter conseguido me vender seu produto ela resolveu atacar a pele da Teresa. Ela garantiu que também faria um milagre naquele rosto cuja pele merecia um cuidado especial e transformador. Para provar ela começou fazendo a máscara apenas de um lado do rosto. O produto que a Mei vende utiliza em sua composição o sal do mar morto. Ela deixou a máscara na metade do rosto da Teresa por alguns minutos e depois retirou tudo com água, passou um outro produto e tcham, tcham, tcham, tcham, o rosto da Teresa parecia outro, a pele parecia novinha em folha. O resultado era visível e impressionante. A Mei ria e não parava de falar. Ela sabia que estávamos perplexas com o resultado apresentado. A coitada bem que se esforçou, mas não conseguiu convencer a Teresa a comprar o produto milagroso, pois mesmo com todos os descontos oferecidos ainda ficou caro demais (mais de 500 dólares) para o bolso de brasileiros comuns que trabalham e pagam impostos extorsivos em nosso país (não fazemos parte da elite política corrupta). Saímos do estande de trabalho da Mei rindo e comentando sobre a eficiência dos produtos que ela vende e do bom humor com que ela atende sua clientela.
De volta ao hotel tomei um bom e relaxante banho para sair a noite, mas resolvi dar uma cochilada antes. Dormi tão profundamente que só consegui acordar no dia seguinte. A idade é um fato...
0 Responses

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário. bjs Lou