Um engano que poderia ter sido fatal

           Minha filha vai se casar no próximo ano e por isto ela e o noivo resolveram fazer os exames antenupciais.  Sua médica solicitou inclusive o tipo sanguíneo e para nossa surpresa o resultado da tipagem sanguínea deu A negativo.
              Ela comentou com a Dra. Fátima que sempre acreditou ser A positivo então, por precaução, foi feito um novo exame em outro laboratório e o resultado confirmou que seu sangue é realmente A negativo.
              Hoje a Bárbara veio almoçar comigo e brincou dizendo que eu nunca soube o verdadeiro tipo sanguíneo de minha própria filha, pois sempre afirmei, categoricamente, que ela era Rh positivo quando na realidade dois exames comprovaram ser Rh negativo.
               Continuei afirmando que seu fator Rh sempre foi positivo e, intrigada com o resultado diferente, fui pegar a pasta onde guardo tudo de importante na vida da Bárbara desde o nascimento. Lá estão guardados desde a notificação de nascimento expedida pelo hospital onde dei a luz e o cartão de identificação com a data, hora, peso, estatura e o tipo de parto (normal), como também a receita da primeira consulta médica após o nascimento e vários outros documentos relativos a sua primeira infância.
         Comecei a folhear as páginas até encontrar um exame de sangue feito no dia 15/09/89 onde consta que o grupo sanguíneo da Bárbara é o “A” e o fator Rh é positivo, e o positivo está escrito em letras maiúsculas para não deixar dúvidas.
               Aos dois anos de idade a Bárbara precisou ser submetida a uma cirurgia para remover a adenóide e as amígdalas e para isto ela fez os exames pré-operatórios, entre eles o tipo sanguíneo. Mostrei para ela que eu não estava errada, mas confesso que senti um arrepio de pavor quando confirmei o engano no primeiro exame. Ela poderia ter morrido se tivesse precisado de uma transfusão de sangue naquela ocasião, afinal uma pessoa do grupo sanguíneo A negativo só pode receber sangue de outra pessoa que também seja A negativo ou O negativo.
           Até a descoberta do fator Rh e dos grupos sanguíneos muitas pessoas morriam após uma transfusão de sangue. Cabe ao médico imunologista e patologista austríaco, naturalizado americano, Karl Landsteiner a descoberta do fator Rh e a classificação do sangue humano em quatro tipos: A, B, AB e O.
            Uma pessoa com Rh positivo pode receber transfusão de sangue tanto do fator RH positivo quanto do negativo, mas as pessoas do fator Rh negativo só podem receber sangue Rh negativo.
             E, só a título de curiosidade, em nosso país, a cada dois segundos, pelo menos uma pessoa precisa de transfusão de sangue. É muito importante que os laboratórios não cometam esse tipo primário e fatal de erro.              
1 Response
  1. Anônimo Says:

    Oh, mama. O importante é que não precisei de sangue e agora o erro já foi corrigido. Sou A negativo e não vamos esquecer isso. rs
    Te amo!


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Obrigada pelo comentário. bjs Lou