Um giro em Santa Catarina - Blumenau no sábado

     A cidade de Blumenau, para quem não tem foco em compras, não pode ser considerada muito turística. O pouco que tinha para se conhecer fizemos na sexta-feira e no sábado quase tudo na cidade está fechado. A recepcionista do hotel sugeriu que fôssemos assistir a banda na praça, mas o que lá encontramos não era exatamente uma banda, mas dois senhores tocando e cantando cantigas em alemão.

     Caminhamos novamente pela Rua XV, entramos na igreja e fomos devagar até a Vila Germânica onde iríamos almoçar. Foi uma boa caminhada, mas como o tempo estava fresco não ficou exaustivo.

     A Maura optou por comer uma batata com recheio de bacalhau. Como a batata era muito grande e os outros pratos do cardápio também eram grandes, escolhi algo menor e aparentemente inocente (macarrão com iscas de filé), mas acabei indo parar no pronto socorro com uma forte infecção intestinal. Vomitei tanto que fiquei com o corpo doído de tanto fazer força. Fiquei internada tomando soro e um monte de outras medicações. Um horror e o pior é que atrapalhou o passeio do domingo que seria em São Francisco do Sul, uma cidade pequena localizada a mais ou menos duas horas de viagem de Blumenau.
     Como só tive alta hospitalar no meio da madrugada achamos por bem excluir o passeio em São Francisco e seguir viagem direto para Camboriú que é uma cidade maior e com mais recursos, além de ficar a menos de uma hora de viagem de Blumenau.
     O Sr. Mário nos levou até o Balneário de Camboriú, mas teve que parar no meio do caminho para que eu pudesse vomitar mais uma vez o pouco que eu havia conseguido comer no café da manhã. Eu estava um caco, com olheiras e uma cara horrível. Tão logo cheguei no hotel o gerente vendo o meu estado mandou um empregado me levar direto para o quarto enquanto minhas amigas faziam o check in. Foi muito gentil da parte dele.
     Passei o domingo em repouso, enjoando muito e sem conseguir comer absolutamente nada. Mal consegui ingerir uma garrafa de gatorade durante todo o dia. O prejuízo só não foi maior porque choveu e fez frio o dia todo.
   

Um giro em Santa Catarina - Blumenau

     O Sr. Mário nos pegou no hotel pela manhã para fazermos um city tour. Sendo Blumenau uma  cidade com forte influência alemã nosso tour tinha que começar pelo Museu da Cerveja. A visita inicia com um filme para mostrar ao turista a história da cerveja, como é produzida e coisa e tal. Uma das marcas artesanais mais consumidas no país é a Eisenbahn, produzida em Blumenau.









     Em seguida visitamos uma fábrica de cristais. Lá assistimos um jovem artesão produzir um delicado peixinho de cristal colorido. No final da apresentação ele rasgou um pedaço de papel que pegou fogo tão logo tocou na peça recém saída do forno. Era para demonstrar o intenso calor da peça que sai do forno (em torno de 1000º).  Ele explicou que toda peça que sai do forno precisa ficar guardada numa estufa para ir esfriando aos poucos porque se ficar exposta a baixa temperatura, em poucos minutos explode em pedaços. 
     Perguntei se o número de acidentes no trabalho era alto e ele riu ao explicar que todos sabem o quanto é dolorido esbarrar numa peça saída do forno então é muito raro alguém se machucar, apesar do intenso vai e vem dos funcionários produzindo peças o tempo todo.
     Vendo de perto o trabalho artesanal para a confecção do cristal, dá para entender porque custam tão caros. Além do material, cada peça é produzida individualmente por um cuidadoso artesão que fica exposto a altíssimas temperaturas o tempo todo. É um trabalho árduo, apesar de muito delicado. Tem o seu valor, não há dúvidas.










     Como o foco do nosso passeio não era compras, passamos rapidamente pelas fábricas de malhas e de lá fomos conhecer a Vila Germânica, onde passamos algum tempo caminhando, entrando nas lojinhas e conhecendo um pouco do artesanato local. De lá seguimos direto para a rua XV de Novembro. Paramos para almoçar e depois seguimos sozinhas pelos pontos turísticos no centro da cidade.



     Vimos a prefeitura, o teatro Carlos Gomes, a Catedral de São Paulo apóstolo e outros pontos turísticos no centro da cidade. Voltamos mais tarde caminhando para o hotel que não ficava muito longe da rua XV de Novembro. 

Um giro em Santa Catarina - Conhecendo Pomerode

     Michel foi nos pegar cedo no Hotel Monthez para nos levar para Blumenau, mas antes decidimos passar por Gaspar e Pomerode, encantadoras cidades catarinenses.

    Em Pomerode começamos nosso passeio pelo zoológico. Um grupo de crianças alegres e barulhentas, visivelmente ansiosas e curiosas, acompanhadas de suas professoras, aguardavam numa longa fila, na porta de entrada. Elas tagarelavam e não paravam um minuto quietas.


     Finalmente entramos no zoológico, o maior de Santa Catarina, muito limpo e bem cuidado. O zoológico é de iniciativa privada e teve início em 1932 para abrigar os animais de estimação de um empreendedor local. A iniciativa atraiu animais nativos da região que chegavam em busca de alimentos e assim nasceu a idéia de criar o zoológico.


    Os espaços que abrigam os animais são amplos e bem planejados. Tudo muito organizado e limpo, mais limpo do que a quadra onde moro em Brasília. São aproximadamente 1.400 animais de 300 espécies, entre leões, elefantes, muitas aves e alguns répteis. Os flamingos enfeitam o espaço com sua cor característica. Interessante notar que espelhos estrategicamente colocados ampliam a impressão de mais aves no espaço, tudo para acalmar o bando. Bem engenhoso.



    Passamos uma agradável manhã caminhando entre as jaulas, fotografando e observando tudo com cuidado. Valeu a visita mas a fome já indicava que era hora de parar para almoçar.

     Depois do almoço fomos conhecer a cidade e fizemos a rota enxaimel para vermos de perto as casinhas típicas alemãs com seus jardins bem cuidados. É impressionante saber que são construções do período da imigração e estão em perfeito estado de conservação. O roteiro é de aproximadamente 16 km. Uma beleza bucólica de encher os olhos.

     Rodamos sem pressa de chegar em Blumenau. O Michel também apreciava aquele tipo de passeio e curtia conosco todo aquele visual rural e bem cuidado. Paramos para fotografar várias vezes e não cansávamos de apreciar toda aquela beleza rústica.
      Chegamos no final da tarde em Blumenau e nos despedimos do Michel. Ele foi um motorista perfeito, muito educado e prestativo. Um achado para os dias de hoje.
     Resolvemos descansar e deixar para o dia seguinte o passeio pela cidade. Afinal ainda teríamos mais dois dias pela frente.

Um giro em Santa Catarina - último dia em Brusque

     Dia 1º de junho estávamos em Brusque. O dia amanheceu frio e nublado, e o frio condensou o calor dos nossos corpos enchendo de pequenas bolhas o vidro da janela, que escorreu formando longos fios transparentes, atrapalhando a visão do lado de fora.
     Estava tudo tão quieto, até os pássaros pareciam esconder do frio intenso no alto da serra. Não ventava e as folhas das árvores pareciam estáticas. Nenhuma se mexia. O céu cinza escuro dava uma aparência triste e sombria ao dia que apenas se insinuava. Minhas amigas continuam dormindo, de vez em quando ressonavam baixinho. Eu continuava cismando em frente a janela...
     Acordei muito cedo, depois de uma noite mal dormida por causa da tosse. Acho que o pouco tempo que permaneci na piscina coberta desencadeou uma alergia e eu ainda estive na gruta, um ambiente muito pouco ventilado. Meu corpo está mais vulnerável depois de tantos anos de quimioterapia. Preciso ser mais cautelosa.
     Depois que voltei do café da manhã ouvi o canto de um pássaro. Hoje parece que eles perderam a hora de acordar.
     Saímos em seguida e fomos conhecer a famosa loja de departamentos Havan, que teve início na cidade de Brusque e depois se espalhou para vários estados do país. A fama de preços baixos não me convenceu e tampouco convenceu minhas amigas. Saímos de lá com as mãos vazias.
     Voltamos na FIP e almoçamos por lá. Não foi uma idéia muito boa, mas quebrou o galho. Ligamos para o Michel nos pegar e levar de volta para o hotel. Antes ele deu uma longa volta pela cidade para conhecermos outros pontos turísticos.
     A noite eu e a Lili descemos para jantar no hotel. Depois paramos no bar para experimentarmos as cervejas artesanais produzidas na cidade. Encontramos uma chamada ipê amarelo, muito gostosa. Experimentamos também um delicioso chopp artesanal, com um forte aroma de maracujá. Maura não conseguiu nos acompanhar porque estava indisposta. Dormimos mais cedo para descansar para a viagem em direção a Blumenau, na manhã do dia seguinte.

     Motorista que nos atendeu em Brusque, e que recomendo:
     Michel
     (47) 9993-9090

Um giro em Santa Catarina - conhecendo a Gruta de Botuverá



                Saímos cedo com o Michel. Nossa primeira parada em Brusque foi no Parque das Esculturas, um espaço gratuito que funciona diariamente das 9 às 21 horas. O parque abriga mais de 40 peças de mármore de artistas nacionais e estrangeiros, entre eles Amilcar de Castro com a obra Tortura Nunca Mais, desenhada por Oscar Niemeyer. Esta obra faz alusão ao período da ditadura.



            Uma das raridades do parque é uma obra de Gio Pomodoro, um italiano que faleceu poucos meses após concluir aquela escultura. Lá também podemos ver obras de Brennand, Tomie Otake e outros artistas ingleses, franceses, espanhóis, portugueses e alemães. Vale a pena a visita.

Depois da visita ao parque o Matteus nos deixou na FIP (feira da moda), um enorme shopping, com preços imperdíveis mesmo no varejo. As pessoas que compram no atacado, com CNPJ, compram por preço melhores ainda. Só para ter uma idéia comprei um excelente moletom por apenas R$20,00 e casaquinhos de malha por R$35,00, uma pechincha, comparado aos preços praticados em Brasília.
            Meio dia em ponto o Matteus foi nos pegar para almoçarmos no Restaurante Schumacher, na vizinha Guabiruba. Queríamos experimentar o famoso marreco recheado (que chegou na mesa frio, em pedaços e sem recheio algum) um prato típico da região. Foi um pouco desapontador, pois falavam maravilhas daquele restaurante e não vi nada assim tão espetacular. Na hora de pagar outra surpresa: só aceitavam pagamento em dinheiro e não havia nenhum aviso naquele sentido em lugar nenhum do restaurante. Se não tivéssemos dinheiro em espécie teria sido um vexame.

            Depois do almoço fomos conhecer a gruta de Botuverá com espeleotemas de mais de 65 milhões de anos. Espeleotemas são esculturas feitas pela água que goteja continuamente do teto da caverna a centenas de milhares de anos (a idade da caverna é calculada pelo tamanho dessas esculturas e o tempo médio que leva seu crescimento). Espeleotemas são as famosas estalactites, estalagmites, cortinas, fendas, colunas e outras formações.     É proibido fotografar.
            Éramos apenas seis pessoas (os grupos são formados com o máximo de 15 pessoas), e antes de iniciamos a visita assistimos um filme explicando a formação da caverna, que possui salões com mais de 20m de atura, e os cuidados necessários durante a visita.
Começamos subindo um monte de degraus até a entrada da gruta. O guia nos disse que eram mais de 700 degraus ao todo, até terminar o passeio. Haja pernas e preparo físico. Em alguns trechos a passagem era muito baixa e às vezes estreita, e depois de várias cabeçadas nas rochas entendi a necessidade do uso do capacete. A exigência de sapato com solado antiderrapante também ficou explicado depois de caminharmos por lugares molhados e escorregadios.
Quando demos fé já estávamos no primeiro salão. Lá o guia fez uma parada e apagou todas as luzes para sentirmos a experiência de como é estar numa caverna em seu estado natural, sem a ajuda da iluminação artificial.  A escuridão era total e o silêncio quase absoluto, quebrado apenas pelo ruído distante de um gotejar da água da chuva que caía do teto da gruta por alguma pequena fissura na rocha. 

Enquanto o grupo continuou em frente para conhecer os outros salões eu e Maura pedimos para ficar no primeiro salão. Eu não estava muito bem para enfrentar passagens estreitas, degraus e pisos escorregadios. Sei quando chego no meu limite e prefiro não forçar a barra.
O parque das cavernas possui uma excelente infra-estrutura e conta com churrasqueiras, praça de alimentação, estacionamento para carro e exclusivo para ônibus. Conta também com uma trilha na mata que vai até uma pequena e acanhada cachoeira (nem fotografei porque a bateria fez o favor de acabar).
É bom lembrar que em época de temporada é necessário fazer reservas porque a procura é grande. O site do parque dá todas as informações necessárias.

Motorista que nos atendeu em Brusque, e que recomendo:
Michel
(47) 9993-9090

Um giro em Santa Catarina - Chegada em Brusque e passeio em Nova Trento



                O Matteus foi nos levar até Brusque. A viagem foi tranquila, apesar do trecho de retenção por causa da pintura na pista, e durou pouco mais de uma hora.

            Nosso hotel, o Monthez, ficava no alto de uma serra, cercado de verde por todos os lados. Inicialmente nos colocaram num quarto com carpete, e em menos de 10 minutos comecei a espirrar tanto que cheguei a ter ânsia de vômito. Horrível. Precisei sair do quarto porque pensei que fosse ter um treco. Alertada, a gerência, gentilmente e sem custos adicionais, nos destinou outro quarto com piso de madeira e vista para o jardim.

            Como havia uma convenção no hotel eles serviriam um almoço, mesmo aqueles hóspedes que não faziam parte do grupo também poderiam almoçar pagando apenas R$ 35,00 reais por pessoa, com a sobremesa incluída. Aproveitamos e não nos arrependemos, pois tanto a comida como as sobremesas estavam deliciosas.


            Depois do almoço saímos para passear com o Michel, o motorista que nos atendeu em Brusque, e fomos até Nova Trento, cidade de colonização italiana, conhecer o santuário de Santa Paulina, um lugar lindo, rodeado de belos e bem cuidados jardins. O santuário é enorme, com sete mil metros quadrados e capacidade para três mil pessoas sentadas e conta com um amplo um amplo estacionamento.


              Irmã Paulina, primeira santa do Brasil, foi beatificada pelo Papa João Paulo II em maio de 2002. Ela nasceu na região do Tirol, na Itália, e veio para o Brasil aos 10 anos de idade. Aos 30 anos fez os votos de freira, dando início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. O primeiro milagre atribuído a ela aconteceu em Imbituba-SC e o segundo em Rio Branco-AC.


            O Michel, um motorista muito gentil e atencioso, sugeriu que fossemos até o Morro da Cruz para conhecer a Igreja de Nossa Senhora do Bom Socorro. A subida até a igreja, que fica no alto do morro, é de 4 km bastante íngremes e cheios de curvas, mas valeu muito a pena. A vista do mirante era de tirar o fôlego, apesar do vento cortante e do frio. Ainda bem que o tempo estava bom, com um céu sem nuvens, permitindo uma perfeita visão das montanhas ao fundo. Lindo demais!

              A estátua de Nossa Senhora do Bom Socorro tem 2,20m de altura e pesa 700 kg. Ela veio da França em 1906 e foi inaugurada em 1912.

            Já era tarde quando voltamos para o hotel. Jantamos por lá mesmo e fomos descansar para aproveitar o dia seguinte, que estava programado para uma visita na Gruta de Botuverá, entre outros passeios.

Um giro em Santa Catarina - Segundo dia em Florianópolis



                Bem no dia do aniversário da Lili o tempo amanheceu fechado. A vista além de nossa janela era uma fina cortina de água, que caía sem parar e parecia gelada. O céu cinzento deixava uma aparência triste lá fora. As ruas estavam desertas.
            Depois do café da manhã ficamos de castigo no hotel esperando a chuva estiar. Socorro! A chuva parecia piorar a cada momento. Os prédios mais distantes estavam encobertos por uma espessa camada de neblina. O tempo precisava melhorar, pois tínhamos um passeio pelos pontos turísticos da cidade programado para 13 horas.
            Enquanto a chuva caía lá fora aproveitamos para dar uma olhada nas notícias do dia. Maura leu na internet uma relação de gastos extravagantes da presidente afastada, Dilma. Um verdadeiro deboche com o povo brasileiro. A notícia dava conta, por exemplo, de que a presidente afastada consome bombons pesando 45g e que custam R$ 250,00 a unidade. Pior, segundo a notícia ela costuma dar uma mordida na parte do bombom que é recoberta com pó de ouro e joga o restante no lixo. Se realmente for verdade, isto é ou não é um deboche com a cara dos brasileiros que trabalham duro e pagam impostos extorsivos? Isto é ou não é um deboche com a cara dos brasileiros que ainda passam fome neste país? Mas estamos de férias, é melhor não se aborrecer com notícias de política. Voltemos ao nosso passeio.
            Saímos assim que a chuva parou, mas a alegria durou pouco e voltou a chover torrencialmente. Tivemos que pegar um táxi e fomos para o Shopping Beiramar para ficarmos abrigadas e fora do quarto do hotel. Como era domingo as lojas estavam fechadas pela manhã, mas mesmo que estivessem abertas eu não teria coragem de comprar nada, pois tudo custava os olhos da cara. Vi uma calça comprida numa vitrine que custava mais de dois mil reais. Deus me livre! Cruzes! Nunca pagaria um preço destes por uma simples calça comprida.



            O Matteus, motorista que serve os hóspedes do Hotel Faial, foi nos apanhar pontualmente às 13h para fazermos um passeio de 4 horas pela cidade. Para nossa alegria a chuva havia parado. Passamos por vários pontos turísticos e até nos animamos a escalar uma duna para apreciarmos a beleza da vista lá de cima. O Matteus garantiu que valeria a pena o sacrifício da subida, e valeu mesmo (as fotos não fizeram jus a toda beleza do lugar, ou o problema estava mesmo com a fotógrafa...).



            Como era época da pesca da tainha, fomos ver de perto a pescaria e a chegada no porto dos barcos repletos do pescado. Que experiência interessante. Os pescadores que trabalham em terra ficam em cima das pedras observando a entrada de algum cardume no canal. Assim que eles avistam um cardume, jogam suas redes que voltam repletas de peixes se debatendo e tentando escapar, mas uma vez na rede, eles não conseguem fugir ao seu destino. 



Os pequenos barcos que entravam no canal pendiam para um dos lados, parecendo querer tombar a qualquer momento. É muito pescado acumulado nas redes que estão no fundo dos barcos, mas nem todos os barcos chegavam assim tão cheios. Alguns pareciam não ter tido um bom dia de pesca. Outros, no entanto, traziam centenas, milhares de tainhas pescadas em alto mar. Os pescadores pareciam animados com o dia de trabalho. Eles gritavam e jogavam as cordas para ajudar no atracamento da embarcação. Seus rostos queimados de sol, marcados com vincos profundos, demonstravam uma vida dura no mar, embaixo de sol ou chuva. Seus braços fortes, torneados pelo esforço em puxar a rede, gesticulavam muito orientando aqueles que ajudavam em terra. Era uma cacofonia de sons, gritos, ronco de motores, gritos estridentes das gaivotas oportunistas que tentavam roubar algum peixe ou qualquer outra coisa comestível que estivesse a vista.


Já era hora de voltarmos. O trânsito estava parado e demoramos a sair do congestionamento, o que atrasou um pouco nossa chegada no hotel. O motorista nos disse que em época de temporada aquele congestionamento costuma atrasar horas. Bom saber porque não quero ver isto de perto nunca.
Fomos jantar no Toca da Garoupa para comemorarmos o aniversário da Lili. Apesar do restaurante ter sido muito bem recomendado não gostamos muito. Sinceramente, a comida do restaurante Lindacap (www.lindacap.com.br) era muito melhor e os garçons muito mais simpáticos e atenciosos.

Motorista que nos atendeu em Florianópolis:
Matheus Melo
(48) 9914-9979