Um giro em Santa Catarina - Segundo dia em Florianópolis
quarta-feira, junho 15, 2016
Bem no dia do aniversário da Lili o
tempo amanheceu fechado. A vista além de nossa janela era uma fina cortina de
água, que caía sem parar e parecia gelada. O céu cinzento deixava uma aparência
triste lá fora. As ruas estavam desertas.
Depois do
café da manhã ficamos de castigo no hotel esperando a chuva estiar. Socorro! A
chuva parecia piorar a cada momento. Os prédios mais distantes estavam encobertos
por uma espessa camada de neblina. O tempo precisava melhorar, pois tínhamos um
passeio pelos pontos turísticos da cidade programado para 13 horas.
Enquanto a
chuva caía lá fora aproveitamos para dar uma olhada nas notícias do dia. Maura
leu na internet uma relação de gastos extravagantes da presidente afastada, Dilma. Um
verdadeiro deboche com o povo brasileiro. A notícia dava conta, por exemplo, de
que a presidente afastada consome bombons pesando 45g e que custam R$ 250,00 a
unidade. Pior, segundo a notícia ela costuma dar uma mordida na parte do bombom
que é recoberta com pó de ouro e joga o restante no lixo. Se realmente for verdade, isto é ou não é um deboche
com a cara dos brasileiros que trabalham duro e pagam impostos extorsivos? Isto é ou
não é um deboche com a cara dos brasileiros que ainda passam fome neste país?
Mas estamos de férias, é melhor não se aborrecer com notícias de política.
Voltemos ao nosso passeio.
Saímos assim que a chuva parou, mas a alegria durou pouco e voltou a chover torrencialmente. Tivemos que pegar um táxi e fomos para o Shopping Beiramar para ficarmos
abrigadas e fora do quarto do hotel. Como era domingo as lojas estavam
fechadas pela manhã, mas mesmo que estivessem abertas eu não teria coragem de comprar
nada, pois tudo custava os olhos da cara. Vi uma calça comprida numa vitrine
que custava mais de dois mil reais. Deus me livre! Cruzes! Nunca pagaria um
preço destes por uma simples calça comprida.
O Matteus,
motorista que serve os hóspedes do Hotel Faial, foi nos apanhar pontualmente às
13h para fazermos um passeio de 4 horas pela cidade. Para nossa alegria a chuva havia parado. Passamos por vários pontos
turísticos e até nos animamos a escalar uma duna para apreciarmos a beleza da
vista lá de cima. O Matteus garantiu que valeria a pena o sacrifício da subida,
e valeu mesmo (as fotos não fizeram jus a toda beleza do lugar, ou o problema estava mesmo com a fotógrafa...).
Como era
época da pesca da tainha, fomos ver de perto a pescaria e a chegada no porto
dos barcos repletos do pescado. Que experiência interessante. Os pescadores que trabalham em
terra ficam em cima das pedras observando a entrada de algum cardume no canal.
Assim que eles avistam um cardume, jogam suas redes que voltam repletas de
peixes se debatendo e tentando escapar, mas uma vez na rede, eles não conseguem
fugir ao seu destino.
Os pequenos barcos que entravam no canal
pendiam para um dos lados, parecendo querer tombar a qualquer momento. É muito
pescado acumulado nas redes que estão no fundo dos barcos, mas nem todos os
barcos chegavam assim tão cheios. Alguns pareciam não ter tido um bom dia de
pesca. Outros, no entanto, traziam centenas, milhares de tainhas pescadas em
alto mar. Os pescadores pareciam animados com o dia de trabalho. Eles gritavam e jogavam
as cordas para ajudar no atracamento da embarcação. Seus rostos queimados de
sol, marcados com vincos profundos, demonstravam uma vida dura no mar, embaixo de
sol ou chuva. Seus braços fortes, torneados pelo esforço em puxar a rede,
gesticulavam muito orientando aqueles que ajudavam em terra. Era uma cacofonia
de sons, gritos, ronco de motores, gritos estridentes das gaivotas oportunistas
que tentavam roubar algum peixe ou qualquer outra coisa comestível que
estivesse a vista.
Já era hora de voltarmos. O trânsito
estava parado e demoramos a sair do congestionamento, o que atrasou um pouco
nossa chegada no hotel. O motorista nos disse que em época de temporada aquele
congestionamento costuma atrasar horas. Bom saber porque não quero ver isto de
perto nunca.
Fomos jantar no Toca da Garoupa para
comemorarmos o aniversário da Lili. Apesar do restaurante ter sido muito bem recomendado não
gostamos muito. Sinceramente, a comida do restaurante Lindacap (www.lindacap.com.br) era muito melhor
e os garçons muito mais simpáticos e atenciosos.
Motorista que nos atendeu em Florianópolis:
Matheus Melo
(48) 9914-9979
Motorista que nos atendeu em Florianópolis:
Matheus Melo
(48) 9914-9979
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Obrigada pelo comentário. bjs Lou