Passeando pelo Sri Lanka

Minha filha e minha irmã voltaram da viagem que fizeram ao Sri Lanka. Elas e mais um amigo foram participar do casamento de uma amiga comum, e aproveitaram a viagem para conhecer um pouco do exótico e distante país, com costumes bem diferentes do nosso.
Começaram a jornada visitando o Orfanato dos elefantes em Pinnawala, criado em 1975 para proteger 7 animais órfãos. Hoje o orfanato abriga mais de 70 elefantes de várias idades que vivem soltos pelo amplo local. Os turistas podem alimentar os bebês elefantes dando mamadeira, desde que queiram pagar por isto. Muitos se animam alimentar os animais que parecem bastante dóceis.
Saindo dali foram para o Templo do Dente de Buda, local sagrado que fica em Kandy, cidade conhecida como a capital das montanhas, distante 115 km de Colombo.

Conhecer não é  a palavra certa, pois é proibido entrar no templo propriamente dito, onde a relíquia fica guardada em cofre protegido por cristais. Nas proximidades do templo é proibido usar qualquer tipo de calçado, então o turista ou qualquer peregrino é obrigado a caminhar descalço ou, no máximo, usando meias e pisando nas cacas dos pombos que voam livre pelos jardins.

No dia seguinte foram para um local conhecido como "fim do mundo", no alto de uma montanha. O guia estaciona a van para que os turistas comecem a caminhada de uma hora e meia até alcançar o pico da montanha. É terminantemente proibido jogar qualquer objeto na trilha. Até mesmo o rótulo da garrafa d'água é retirado antes de começar a caminhada, durante a qual os turistas são orientados por placas indicando o tipo de vegetação e animais que podem ser vistos na reserva. Ver que é bom eles disseram não ter visto nenhum animal, mas ouviram a vocalização de macacos, corvos, sapos e pássaros. O único animal que de fato disseram ter visto enquanto faziam a trilha foi um simples e comum galo garnizé.
Na volta para Colombo pararam na famosa fábrica de chá Mackwoods, fundada em 1841. Os ingleses levaram o chá para o Sri Lanka, que hoje é o maior exportador do produto. São mais de 27.000 acres de plantações somente desta fábrica, que ocupam montanhas inteiras. Foi a fábrica Mackwoods que forneceu chá para o aniversário da Rainha da Inglaterra.
Em Kandy, aproveitaram também para comprar um sari  para Bárbara usar na cerimônia do casamento que aconteceu no dia 27 de abril, uma quarta-feira. Ela realizou um desejo antigo de usar o tradicional e elegante traje indiano, numa ocasião bem apropriada.

A cerimônia de casamento no ritual budista foi precedida por uma dança realizada por alguns homens vestidos a caráter e que tocavam atabaques enquanto o noivo, um alemão, entrava com seus convidados e  aguardava  a noiva singalesa  ao lado do altar ornamentado com longos cordões com pequenas flores brancas penduradas. Em seguida os convidados do noivo receberam um copo grande de café com leite que bebiam enquanto a noiva era conduzida ao altar. A noiva entrou com o pai,  seguida por seus convidados que também receberam um copo de café com leite. Detalhe: todos os convidados e também os noivos entraram descalços no templo budista. Os convidados ficaram em pé durante a cerimônia que durou meia hora mais ou menos.  Depois da cerimônia foi oferecida uma recepção no Galle Face Hotel, o hotel mais antigo do mundo. Naquele hotel trabalha um garçom  com mais de 90 anos. Segundo o Guiness book o referido garçom é o mais antigo do mundo e começou seu ofício aos 20 anos de idade.
No dia seguinte ao casamento os viajantes voltaram para a estrada para continuarem conhecendo outros pontos turísticos do país. Foram a Anuradhapura e a Sigiriya, um antigo palácio em ruínas, construído no século 5.

Sigiriya é a Rocha Leão, também conhecida como "fortaleza do céu" que em seus tempos de apogeu era rodeada por um  jardim considerado como o mais antigo do mundo. Os jardins eram divididos em jardins de água, de pedra e terraço.  Os jardins de água são simétricos e todas as piscinas, hoje vazias, eram interligadas por uma rede de canalização subterrânea que era alimentada pelo lago que estava conectado ao fosso. Ainda se pode ver a grande pata de leão esculpida na rocha que se ergue a 370m acima do nível do mar e é visível por vários kilômetros.

De volta a Colombo eles foram assitir uma apresentação de dança local e exploraram a cidade usando o tradicional tuc tuc.
3 Responses
  1. shan-Tinha Says:

    oi
    que bom que já voltaram e pelo jeito apreoveitaram bem, que bom viajar e voltar, quanto há para se ver, se não vamos vemos por aqui mesmo.
    e você tudo bem contigo?
    espero que sim!
    bj e ótimo domingo!


  2. Anônimo Says:

    Oi,
    Como fizeram todos estes percursos? alugaram guia? Podiam dar-nos algum contacto?
    Obrigada


  3. Lou Says:

    Anônimo,

    Para chegar ao Sri Lanka o primeiro passo é pegar o visto e tb obter o cartão internacional de vacina contra febre amarela.
    Em Colombo eles contrataram um guia com uma van para viajarem pelo interior do país.
    Os guias falam inglês.
    Prepare-se para enfrentar muitas horas de estrada que embora sejam boas, possuem apenas uma mão e os carros velhos e os tuc-tucs atrapalham muito o trânsito. Gasta-se horas para percorrer distâncias relativamente pequenas. Prepare-se tb para ouvir muitas buzinas ao longo do percurso.
    Elas ficaram hospedadas no Galle Face Hotel em Colombo. Não sei o nome do hotel que eles ficaram em outras cidades. Vou perguntar e depois informo.


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Obrigada pelo comentário. bjs Lou