música para acalmar...
sexta-feira, agosto 28, 2009
Faço quimio uma vez por semana e por isso preciso também fazer exame de sangue toda semana.
O Laboratório Sabin tomou uma iniciativa muito interessante: contrataram uma pessoa para tocar violão e cantar para os pacientes que aguardam sua vez de tirar sangue.
Como gosto de música sempre acabo viajando enquanto ouço uma canção que toca mais fundo, então escrevi esse texto para o Noite.
O Laboratório Sabin tomou uma iniciativa muito interessante: contrataram uma pessoa para tocar violão e cantar para os pacientes que aguardam sua vez de tirar sangue.
Como gosto de música sempre acabo viajando enquanto ouço uma canção que toca mais fundo, então escrevi esse texto para o Noite.
Terça-feira tem violão no Sabin
Toda terça-feira faço exame de sangue para saber se posso ou não fazer quimioterapia na quarta pela manhã. Algumas vezes o laboratório está lotado outras nem tanto assim.
Não costumo pegar senha preferencial para ser atendida mais rápido, pois até gosto de aguardar um pouco mais. Sabem por quê? O Laboratório Sabin contrata o Noite para ficar tocando violão e cantando, como forma de distrair quem aguarda para ser atendido.
Não sei o que pensam as outras pessoas, mas eu adoro. Sento mais perto dele e fico cantando junto enquanto os acordes enchem o ambiente com aquele som gostoso e afinado. O repertório é uma delícia. Ele tira aquelas músicas boas do fundo do baú e solta a voz bem baixinho para não incomodar a platéia.
De vez em quando fecho os olhos e viajo para bem longe nas minhas lembranças... A música continua rolando enquanto as pessoas vão sendo atendidas. Chega minha vez de preencher a papelada e assinar a guia, volto para minha cadeira e continua a curtir o som até que ouço meu nome sendo chamado para colher o sangue.
Dentro da sala de coleta, com a porta fechada, não consigo ouvir a voz do Noite e os acordes do violão. Aproveito para olhar os bichinhos espalhados pela parede, a espadinha pendurada, a maca sempre com um lençol bem branco e limpinho (essa é a sala de coleta para crianças). Puxo conversa com a Marta para descontrair um pouco e pergunto se naquela sala eu também posso chorar como qualquer criança e assim vamos relaxando.
Ela pega meu braço, aperta o garrote, manda que eu abra e feche a mão, avisa que a seringa é descartável e pimba - acerta minha veia de primeira.
Depois de terminada a coleta rimos da situação e ela respira aliviada (é que minhas veias são difíceis). Eu aproveito para tomar uma dose do gostoso capuccino que servem na copa enquanto bato um papinho com a copeira.
Terminado o lanchinho passo pela sala de espera e me despeço dos atendentes do balcão, afinal já se tornaram meus amigos. Dou um adeuzinho para o Noite e saio do laboratório na certeza de que na próxima terça-feira encontrarei todos e novamente poderei curtir um sonzinho gostoso no violão. Idéia genial do Laboratório Sabin.
Não costumo pegar senha preferencial para ser atendida mais rápido, pois até gosto de aguardar um pouco mais. Sabem por quê? O Laboratório Sabin contrata o Noite para ficar tocando violão e cantando, como forma de distrair quem aguarda para ser atendido.
Não sei o que pensam as outras pessoas, mas eu adoro. Sento mais perto dele e fico cantando junto enquanto os acordes enchem o ambiente com aquele som gostoso e afinado. O repertório é uma delícia. Ele tira aquelas músicas boas do fundo do baú e solta a voz bem baixinho para não incomodar a platéia.
De vez em quando fecho os olhos e viajo para bem longe nas minhas lembranças... A música continua rolando enquanto as pessoas vão sendo atendidas. Chega minha vez de preencher a papelada e assinar a guia, volto para minha cadeira e continua a curtir o som até que ouço meu nome sendo chamado para colher o sangue.
Dentro da sala de coleta, com a porta fechada, não consigo ouvir a voz do Noite e os acordes do violão. Aproveito para olhar os bichinhos espalhados pela parede, a espadinha pendurada, a maca sempre com um lençol bem branco e limpinho (essa é a sala de coleta para crianças). Puxo conversa com a Marta para descontrair um pouco e pergunto se naquela sala eu também posso chorar como qualquer criança e assim vamos relaxando.
Ela pega meu braço, aperta o garrote, manda que eu abra e feche a mão, avisa que a seringa é descartável e pimba - acerta minha veia de primeira.
Depois de terminada a coleta rimos da situação e ela respira aliviada (é que minhas veias são difíceis). Eu aproveito para tomar uma dose do gostoso capuccino que servem na copa enquanto bato um papinho com a copeira.
Terminado o lanchinho passo pela sala de espera e me despeço dos atendentes do balcão, afinal já se tornaram meus amigos. Dou um adeuzinho para o Noite e saio do laboratório na certeza de que na próxima terça-feira encontrarei todos e novamente poderei curtir um sonzinho gostoso no violão. Idéia genial do Laboratório Sabin.
Do jeito q sou apavorada acredito que a música me faria ficar + assustada, ow então eu começaria a rir de tanto nervosismo.. è Impressionante como começa a rir em situações desesperados e acabo fazendo graça e kem ve se acaba, já eu me acabo de medo ¬¬
Boa idéia mesmo! E vc, tia, sempre enxergando e relatando com delicadeza o lado belo das coisas. Provavelmente muita gente passa pelo laboratório e nem se liga nessas coias que vc citou. Essa é uma das coisas que me faz te admirar. Vc é uma querida mesmo.
Ps.: Estou esperando sua visita ao meu blog, hein? Beijos!
www.averdadesobreanostalgia.blogspot.com