Pedro Américo


.. ........... Batalha do Avai .............. ...... Paz e Concórdia




Quem conhece Pedro Américo? Aposto que poucos terão uma resposta pronta e rápida e, no entanto, desde o ensino fundamental, nos habituamos a ver uma de suas obras estampar os livros de história; seu famoso quadro, de proporções gigantescas, medindo 4,15m de altura por 7,60m de comprimento, Independência ou Morte. O Grito do Ipiranga, como é mais conhecido, está exposto no Museu Ipiranga, em São Paulo.
Nascido em Areia, município da Paraíba, no dia 29 de abril de 1843, começou ainda muito jovem a desenvolver seu talento para as artes. Aprendeu desenho e música com seu pai que era violinista e seu irmão mais velho, que era pintor, o iniciou no ofício.
Com apenas nove anos acompanhou o naturalista Louis Brunet numa expedição pelo nordeste brasileiro, durante vinte meses, como desenhista. Aos 11 anos foi estudar no Colégio Pedro II no Rio de Janeiro, destacando-se entre os colegas por sua aplicação e inteligência.
Ingressou na Academia Imperial de Belas Artes conquistando 15 medalhas e prêmios, o que lhe valeu uma bolsa do Imperador D. Pedro II, um grande incentivador da cultura e da arte, para ir aperfeiçoar-se na Europa.
Estudou arte em Paris nos anos de 1859 a 1864, e foi discípulo de Ingres, um dos maiores nomes do neoclassicismo francês. Durante este tempo visitou outras capitais européias a fim de ampliar seus horizontes culturais.
A tele Independência ou Morte, símbolo da proclamação da independência do Brasil, foi pintada por Pedro Américo na Itália, onde ficava seu ateliê, a pedido de D. Pedro II. Antes de iniciar o trabalho o artista veio ao Brasil conhecer a região do Ipiranga e estudar o terreno e a topografia do local. O quadro começou a ser pintado em 1885 e demorou três anos para ser concluído.
A tela mostra D. Pedro I erguendo sua espada às margens do riacho Ipiranga, acompanhado de uma tropa de alazões e oficiais engalanados, declarando a independência do Brasil de Portugal, no ano de 1822.
O século 19 é rico em pinturas históricas tanto no Brasil quanto na Europa. Era uma tentativa da sociedade registrar os acontecimentos para que os fatos não caíssem no esquecimento.
O quadro Independência ou Morte é simbólico e quase tudo na tela é ficção, a começar pelo grande número de oficiais de branco e penacho no chapéu e os alazões.
Cá entre nós, se pensarmos bem, naqueles confins de difícil acesso na Serra do Mar, numa estrada sinuosa usada por tropeiros, e comerciantes de escravos que desembarcavam no Porto de Santos, só era possível usar mulas, cavalos jamais. Sem dúvida que era em cima de um burrico que deveria estar D. Pedro I e não um belo corcel castanho. Não havia cavalos que conseguisse subir aqueles morros, que exigiam até dois dias inteiros de viagem.
De qualquer forma, mesmo sendo ficção, esse quadro é uma das peças mais valiosas e emblemáticas da história nacional.
Além de pintor Pedro Américo foi também historiador, filósofo e escritor. Deixou cerca de 15 trabalhos literários de história, filosofia e belas artes, poesias e romances.
Teve obras premiadas nos salões europeus. Faleceu em Florença em 1905, mas seu corpo foi trasladado para o Brasil e hoje encontra-se enterrado em sua terra natal.
Suas obras mais conhecidas são: Independência ou Morte, A Batalha do Avaí, A Batalha do Campo Grande, A Fala do Trono, Paz e Concórdia e Tiradentes esquartejado, dentre outros.
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