Um giro pela Toscana - dia 10 - San Gemignano
sexta-feira, junho 22, 2012
Saímos
cedo para a Estação de Trem e embarcamos para San Gemignano (6,40 euros), mas
como o trem não para na cidade tivemos que desembarcar em Poggibonsi e depois
pegamos um ônibus até lá. A passagem de ônibus custou 2,05 euros e a viagem
durou uns 40 minutos mais ou menos.
A
manhã estava ensolarada e com um céu azul sem nuvens. A temperatura agradável,
perfeita para caminhadas sem pressa pela cidade que parecia ter ficado
cristalisada no período medieval.
San Gemignano fica no alto de uma colina com
334m, no Vale de Elsa, e é famosa por sua arquitetura medieval. Sua marca registrada são as 14 enorme torres
que ainda estão de pé, das 72 torres que a cidade exibia em seus tempos de esplendor.
Ela foi fundada no século III e seu nome é uma homenagem ao Bispo Saint
Geminianus.
Na Idade Média e na Renascença San
Gemignano era um ponto de apoio para os peregrinos que iam visitar Roma e o
Vaticano e paravam lá para descansar.
As praças que ficam no coração da cidade
são: Piazza della Cisterna; Piazza Duomo, onde também está a Igreja da
Collegiata; Piazza Pecori e Piazza delle Erbe. Ainda hoje as praças são palco para
tudo, como a feira livre que acontecia quando a visitamos. Era um mar de
barracas cheias de produtos para a turistada enlouquecer e comprar, mas famoso
(e delicioso) na cidade são os gelatos. Aliás, San Gemignano ostenta o título
do melhor sorvete do mundo. Huuummm...
Uma
curiosidade: é em San Gemignano que foi filmado Chá com Mussoline.
A Igreja da Collegiata, que fica na
Praça do Duomo, é uma antiga catedral
gótica do século XII, consagrada pelo Papa Eugenio III em 1148. Ela não é mais
uma catedral porque ficou sem um bispo e perdeu este status. Sua arquitetura é
cheia de arcadas de mármore preto e branco em listras, mas o que chama mais
nossa atenção são os afrescos das
paredes que vão do solo ao teto.
A igreja possui três naves e duas
capelas. Uma é consagrada a San Gemignano e a outra a Santa Fina, que embora
seja chamada de santa, nunca foi de fato canonizada.
Santa Fina nasceu em San Gemignano
em 1238 e nos 15 anos que viveu foi uma fervorosa devota da Virgem Maria. Em
1248, com apenas 10 anos, caiu gravemente doente e optou por ficar em repouso
sobre as tábuas de uma mesa ao invés do colchão de uma cama. Sofreu
terrivelmente por longos 5 anos e finalmente faleceu no dia 12 de março, dia de
São Gregório.
Diz a lenda que no momento em que o
corpo de Fina foi retirado de cima das tábuas onde ela repousava, violetas
brancas floresceram soltando uma suave flagrancia. As pessoas em San Gemignano
chamam Fina de Santa Fina das violetas.
As maravilhosas massas coloridas. Dá vontade de levar tudo para casa...
Almoçamos no Ristorante Dorandò, que fica na
Vicolo dell’Oro, n° 2 (angolo Piazza Duomo) 53037 – San Gimignano – fone + 39
05770941862 – info@ristorantedorando.it – www.ristorantedorando.it Recomendo o
restaurante, sem medo de errar. O ambiente é simples e elegante, e a
cozinha é excelente. O vinho, perfeito.
A Eleonora estava tão feliz e encantada com tudo que até fez questão de pagar a
conta do restaurante sozinha. Segundo ela, era sua forma de agradecer a
oportunidade da viagem e a camaradagem de todos do grupo.
O
vinho Vernaccia di San Gemignano é o primeiro vinho branco italiano a ter
certificado DOCG.
Cidade Maravilhosa, deve ser visitada obrigatoriamente.