Um Giro pela Toscana dia 8 - Florença
quarta-feira, junho 13, 2012
Florença
tem muita coisa para se fazer, muitas obras para se conhecer e por isto
resolvemos ficar outro dia na cidade. Além do mais, a Kátia e a Iara viajaram para Milão pela manhã onde ficarão mais dois dias antes de seguir viagem para Brasilia.
Com a manhã livre porque o HA foi ajudar a Kátia e a Iara no embarque para Milão, cada uma de nós decidiu fazer o que bem quisesse. Eu preferi caminhar pela
cidade, me perdendo por suas ruas e becos estreitos, descobrindo tesouros
escondidos da rota turística mais conhecida. Foi muito legal. De máquina fotográfica a tiracolo,
fui andando devagar e fiz vários cliques incríveis, inclusive de cenas do
cotidiano.
Comecei
meu passeio visitando a Biblioteca Central Nacional de Florença, que fica
próxima do hotel onde fiquei hospedada. Ela foi fundada em 1714 e conserva
livros desde 1870.
Saí da biblioteca e me perdi pelas
ruas estreitas do centro histórico e acabei encontrando, por puro acaso, a
Igreja de Santa Margarida, onde fica o túmulo de Beatriz Portinari, a musa dos
amores de Dante Aligheri. Diz
a lenda que Dante conheceu Beatriz aos 18 anos e se apaixonou, mas que a teria
visto pela primeira vez quando ela tinha apenas 8 anos e ele 9. Beatriz e Dante
nunca mais se encontraram, mas ela ficou na memória do poeta para sempre. Ela
se casou num casamento arranjado, como era costume na época, bem como Dante. Foi
para ela que Dante escreveu o primeiro de seus famosos sonetos de amor.
Florença é daquelas cidades que ainda conserva no seu
centro histórico o mesmo traçado de suas ruas antigas e becos estreitos. A Piazza
della Signoria, onde ficava a sede dos governos de Florença, ainda continua sendo o centro nevrálgico de Florença. É lá o ponto de encontro para todas as coisas que acontecem na cidade. No dia a dia ela está sempre cheia de turistas
fotografando o Palácio Vecchio, e as esculturas que ornamentam o
local, lembrando seus tempos de opulência, seus grandes artistas.
O Davi, mesmo sendo apenas uma cópia da famosa
escultura de Michelangelo, provoca suspiros de admiração. Além do Davi, que
está em frente ao Palácio Vecchio, na Loggia dei Lanzi, uma espécie de varanda
com grandes arcos abertos para a rua, e sustentados por grossas pilastras com
capitel coríntio, estão as esculturas de Judite e Holofernes; o belíssimo Rapto
da Sabina; e num dos arcos da varanda, entre duas pilastras, o Perseu e a
Medusa, entre outras. Em frente ao Palácio Vecchio está a escultura de
Hércules e Cacus, o gigante semihumano que foi morto por Hércules.
Na praça, além da estátua de bronze
de Cosimo I, em cima de um cavalo e sobre um grande pedestal, tem também a
linda Fonte de Netuno, obra de Bartolomeo Ammannati. Consta que esta obra é o
primeiro nú exposto em praça pública.
Florença hoje é uma cidade que vive do turismo e do
artesanato. Lá são produzidos objetos de vidro e cerâmica, e belos trabalhos de
ouriversaria. Aliás, é só o que se vende nas lojas do Corredor Vasari, na Ponte
Vecchio. O forte em Florença também são
os produtos feitos de couro. Para todo lado que se olha é possível ver bolsas e
casacos de couro para todos os gostos e bolsos. Os produtos de couro não são baratos, mas são de excelente qualidade.
Nosso grupo, agora reduzido novamente a quatro
pessoas, se encontrou para almoçar no Ristorante Buzzino, uma tratoria bem
italiana, tipicamente fiorentina. Ela fica na Via dei Leoni, 8r e serve uma
comida muito gostosa e barata. O dono do restaurante, um senhor já avançado em
idade, é quem serve as mesas. Ele é um tipo aparentemente mal humorado,
mas é na realidade muito engraçado e divertido. O cardápio turístico do Buzzino que inclui entrada, segundo
prato, sobremesa e até o vinho custa apenas 14,00 euros por pessoa. Recomendo.
Visitamos a Capela Medici (6,00 euros). Olha, vale a
pena. As esculturas inacabadas de Michelangelo são lindas. A Capela é na
realidade um memorial da família Medici. É dividida em três partes: a Capela
dos Príncipes, que é enorme, toda revestida de mármore; a Sacristia Nova, que é
o mausoleu onde estão os restos mortais de Lorenzo II e Giuliano de Medici; e a
Cripta.
Nossa visita começou mesmo foi na Cripta. A Capela
guarda uma interessante escultura de Michelangelo chamada Amanhecer e
Entardecer. Esta escultura, que está sobre o sarcófago de um dos duques da
família Medici, quer simbolizar a
mortalidade do ser humano. Pena que era proibido fotografar.
mama, o soneto do Dante é uma gracinha mesmo (santo google)! Adorei o post, espero conhecer tudo isso em breve! hehe Te amo!
Lou, você tem feito um relato fantástico sobre a sua viagem a Toscana. Está rico em detalhes, em fotos... As palavras soam tão vivas que temos a sensação que também estivemos lá, que passeamos pelas ruas, praças, entramos nas galerias, nos museus... Sentimos os sabores, os aromas... Degustamos os vinhos... Partilhamos com você a experiência de estar lá. Parabéns
Lou, você tem feito um relato fantástico sobre a sua viagem a Toscana. Está rico em detalhes, em fotos... As palavras soam tão vivas que temos a sensação que também estivemos lá, que passeamos pelas ruas, praças, entramos nas galerias, nos museus... Sentimos os sabores, os aromas... Degustamos os vinhos... Partilhamos com você a experiência de estar lá. Parabéns. Helena
Que bom saber que vc está gostando. A experiência foi realmente maravilhosa, e eu recomendo. bjs