Fougères - Notre Dame de Marais (texto da Helena)

  
 


        A paróquia de St. Sulpice está intimamente ligada ao surgimento da cidade, por volta do século X. Fica junto ao castelo de Fougères, mas a construção atual é resultado das ampliações ocorridas  ao longo de quase quatro séculos, 1380-1760. 
  

     







   A ligação entre St. Sulpice e Notre Dame des Marais é antiga e envolta em mistério, como tudo na Bretanha. Conta  a lenda  que a estátua da santa, desapareceu depois que o castelo de Fougères foi invadido pelo rei da Inglaterra, Henry II, em 1166, e a capela de Santa Maria, onde ela estava foi destruída.









 Durante a reconstrução da Igreja de St. Sulpice, na virada dos séculos XIII e XIV, a imagem da santa foi reencontrada pelos trabalhadores, que a chamaram de Notre Dame des Marais, referindo-se à terra alagadiça onde eles a acharam.
   
(foto da imagem retirada da internet)    















 
   
      A igreja é imponente e os vitrais são belíssimos. Num deles está retratado o bisavô da mãe do Lionel, todo empertigado, num uniforme azul e longa barba branca. Disse-me ela, com muito orgulho, que ele era o cozinheiro do Napoleão III. 
Gárgulas
          As Gárgulas destinam-se a escoar as águas pluviais dos telhados. Na Idade Média, eram ornadas com figuras monstruosas, humanas ou animalescas. O termo se origina do francês gargouille (gargalo, garganta) ou da raiz gar, engolir, que significaria o gorgulhante som da água ao passar pela gárgula.
          Acredita-se que as gárgulas eram colocadas nas Catedrais Medievais para indicar que o demônio nunca dormia, exigindo a vigilância contínua das pessoas, mesmo nos locais sagrados.



        A França, como é cheia de histórias, não poderia deixar de ter uma para as gárgulas. Conta a lenda, que São Romano, bispo de Ruão, com a ajuda de um prisioneiro voluntário derrotaram "Gárgula", um dragão-do-rio  que vivia nos pântanos de Ruão, afundava os barcos e comia as pessoas e os animais da região. Um dia, o bispo atraiu a Gárgula para fora do rio. Com um crucifixo, e usando seu lenço como cabresto, levou o monstro até à praça principal, onde os aldeões o queimaram até a morte. Restou do monstro apenas a cabeça e o pescoço, que colocaram como enfeite no topo da igreja, como reconhecimento do feito de São Romano..





        Quaisquer que sejam as origens dessas imagens, o fato é que elas têm estado ao lado do homem há centenas de anos e parecem capturar e inspirar sua imaginação até hoje.
1 Response
  1. Anônimo Says:

    Tia Helena, muito interessante o texto.Bjos


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Obrigada pelo comentário. bjs Lou