O rastro do sândalo

      Sábado encontrei uma amiga que havia acabado de fazer sua mudança e ainda estava com alguns livros espalhados pelo chão. Ela pegou um deles e me disse ter certeza de que eu gostaria da leitura. Peguei o livro e fui para casa e a noite, antes de deitar, resolvi começar a ler e não consegui parar enquanto não cheguei ao final da história.
        O livro conta a história de três crianças, duas indianas (Muna e Sita) e uma etíope (o garoto Solomon),  seus infortúnios e suas lutas, e nos mostra o destino de cada uma delas 30 anos depois. O livro fala também da exploração infantil, consequência da miséria e da falta de perspectiva.  Por fim, o livro nos leva a pensar nas voltas que o destino dá.
         Muna e Sita foram separadas ainda crianças quando viviam em Shaha, na Índia. Sita era muito criança e não tem nenhuma lembrança daquele período de sua vida. Seu maior desejo é encontrar pais que possam criá-la com amor. Muna nunca aceitou a separação que lhe fora imposta e ainda foi forçada a trabalhar como escrava durante muitos anos. Ela não conseguiu esquecer Sita, sua irmã caçula, criada por ela desde que a mãe falecera. Solomon que nasceu na Etiópia, já era órfão de mãe quando perdeu o pai na guerra e foi estudar em Cuba por causa de um acordo de ajuda entre os dois países. O livro também traz um questionamento, polêmico por sinal, das adoções por estrangeiros de crianças de países pobres.
     Fiquei pensando sobre as voltas do destino na vida de cada um dos personagens e na minha própria vida. Quantas coisas que me pareceram horríveis num primeiro momento e que acabaram se revelando benéficas ao longo dos anos... quantos altos e baixos me transformaram  na pessoa que sou hoje... O milho duro precisa passar pelo fogo para se transformar na pipoca macia e gostosa. Pensem nisto.
Marcadores: | edit post
1 Response
  1. Anônimo Says:

    Mama, qro esse livro emprestado! Deus escreve certo por linhas tortas... Te amo!


Postar um comentário

Obrigada pelo comentário. bjs Lou