Um giro em Foz do Iguaçu - Cataratas do lado Argentino

     A fronteira do Brasil com a Argentina estava bastante concorrida e levamos um tempinho para atravessar.   Nosso ônibus estava cheio e todos pareciam ansiosos para ver de perto a famosa Garganta do Diabo, eu inclusive, e como o tempo estava bom e o sol dava o ar de sua graça, depois de muita chuva desde nossa chegada, o passeio prometia.


     Fizemos uma trilha até uma estação de trem mas, como o trem havia acabado de partir, fizemos outra trilha um pouco mais longa, de pouco mais de 1000m,  até a Estação Cataratas. Aguardamos um pouco e logo chegou outro trem que nos deixou perto da saída da trilha com acesso a Garganta do Diabo. Tudo muito bem estruturado, com passarelas construídas sobre o Rio Iguaçu, e em condições até para cadeirantes desfrutarem o passeio. Olha que legal!







     Quase todo o trajeto pode ser feito na sombra, sob a copa das árvores. É uma caminhada longa, mas vale muito a pena porque as cataratas são um espetáculo que só dá para entender vendo de perto, sentindo as gotículas da água das quedas, que sobem e pulverizam tudo ao redor como um spray gigantesco, molhando  todos os turistas maravilhados com aquele espetáculo da natureza quase selvagem. Fica até difícil fotografar, mas a visão daquele volume d'água caindo com estrondo e desaparecendo num buraco sem fundo é de tirar o fôlego.




Olha só o spray gigante que mencionei acima

     Ficamos um bom tempo curtindo a beleza das cataratas, ouvindo o rugido daquele volume d'água gigantesco, aumentado pelas chuvas dos últimos dias, e acobreado pela ação do assoreamento, culpa da ação do homem que destrói a proteção das árvores nas beiras dos rios.


     Quando aquela nuvem fininha sobe daquele buraco profundo e é carregada pelo vento até as passarelas onde ficam os turistas é uma festa. Todos tentam se abrigar sob suas capas de plástico, seus guarda-chuvas e não adianta quase nada, mas vale a pena ficar encharcado. É uma visão única. Emocionante.


     Voltamos pela mesmíssima trilha, pegamos o trem novamente e paramos num espaço com restaurante e lanchonete. Depois do almoço (ou lanche para quem preferir)  fazemos outra trilha, desta vez mais acidentada e cheia de degraus, muitos degraus.


     São duas trilhas: uma mais longa, com mais de 2 km e com uma visão muito mais bonita, chamada circuito inferior, e outra mais curta, de aproximadamente 700 m. No final do circuito você fica quase embaixo da queda d'água e se molha todo, mas é incrível. Lindo demais! Não consegui fotografar com tanta água espirrando para todos os lados. Fiquei ensopada, mas faria tudo novamente só para ter aquela visão fantástica de belezas que só a natureza é capaz de proporcionar.



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Obrigada pelo comentário. bjs Lou