Um giro em Foz do Iguaçu - Parque das Aves

     Pela manhã visitamos a Usina de Itaipu e depois do almoço fomos conhecer o Parque das Aves,  criado em 1994 pelo casal Dennis e Anna Croukamp, em um espaço de 16 hectares de floresta subtropical, próximo ao Parque Nacional do Iguaçu e das cataratas.


     Anna, que é médica veterinária, foi quem definiu o espaço ideal para construção dos viveiros no parque e as trilhas na mata que os ligam. A construção do parque foi um trabalho árduo porque foi necessário remover do terreno todo tipo de detrito e também toda espécie invasora e plantar centenas de árvores nativas. Assim começou a tomar forma o parque como o conhecemos hoje.


     As primeira aves a chegar ao parque foram doações ou empréstimos de zoológicos brasileiros, e também animais confiscados enviados pelo Ibama. Hoje o parque conta com mais de 1000 aves de mais de 130 espécies.


     O Parque das Aves, que hoje funciona também como instituição de pesquisa e conservação, toca vários projetos voltados para conservação de aves ameaçadas de extinção. Exemplo disto é o projeto que visa reintroduzir na região de Foz do Iguaçu a arara-vermelha-grande que está extinta na região e cada vez mais rara no Paraná.


     Outro projeto interessante é o Projeto Tucano, uma das aves mais caçadas e traficadas no país. O parque é um lar para tucanos feridos, debilitados e vítimas de maus tratos. O Parque das Aves abriga o maior plantel de tucanos em exibição no mundo. 


     A equipe do parque conseguiu desenvolver uma dieta especial para manter uma alimentação saudável para os tucanos que são muito sensíveis ao excesso de ferro na dieta. Eles também conseguiram a reprodução da espécie em cativeiro. Aliás, tivemos a oportunidade de ver vários filhotes que eram muito fofos, com seus bicos enormes.


     Conhecemos vários viveiros que abrigam pássaros vítimas de maus tratos, sem condições de viver em liberdade porque estão mutilados ou foram criados em gaiolas tão pequenas e nunca aprenderam a voar. Vi, por exemplo, um tipo de papagaio que estava sem penas no pescoço e que na tentativa de mudar de galho para comer acabou caindo no chão. Perguntei a cuidadora se era um filhote e ela me explicou que não. Ele era de porte pequeno e tinha sido vítima de traficantes que arrancaram suas penas do pescoço para vendê-lo como filhote. Uma judiaria. O ser humano é podre.


      O parque também conta com um borboletário. Várias espécies de borboletas em suas várias etapas de crescimento estão lá. A Bárbara, minha filha, teve coragem, para minha surpresa, de pegar uma enorme lagarta na mão. Esta lagarta dá origem a uma borboleta azul linda, mas só consegui fotografá-la de asas fechadas, mas mesmo assim ela é bonita demais.



     Também tivemos a oportunidade de nos aproximar de uma cobra linda. Ela ainda é jovem e costuma comer 4 ratos a cada 15 dias. Achei bem pouca comida para uma cobra tão grande, mas foi o que o funcionário nos informou.


     O Parque da Aves desenvolve um belíssimo trabalho de reabilitação de animais vítimas de maus tratos e traficados. Aqueles em condições são devolvidos a natureza, os demais são mantidos no parque em ambientes que proporcionam conforto e proteção. Vale a pena uma visita.
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Obrigada pelo comentário. bjs Lou