Um giro em Portugal - Aveiro, a Veneza portuguesa

     Passamos a manhã passeando pelo centro histórico do Porto. Tentamos conhecer a famosa livraria Lello, eleita uma das mais bonitas do mundo, mas estava lotada e com fila para entrar, então deixamos a visita para uma próxima oportunidade. Dizem que J.K. Rowling frequentava essa livraria quando ela morou no Porto, e que se inspirou nela para a cena em que Harry Potter compra os livros para ir para Hogwarts. Legal né!
     Como tínhamos que fazer nosso check out às 11h voltamos para o hotel. Na saída para Aveiro, quando o Henrique foi procurar sua carteira de motorista, que estava junto com o cartão de débito do banco, um susto: ela havia sumido e provavelmente tinha caído do bolso de sua calça em algum momento em que ele pegou o celular. Foi um stress danado. Ele ficou apavorado mas, por sorte, a Cristina, mãe dele, disse ter encontrado uma carteira caída na calçada enquanto caminhávamos pelo centro e que ela havia entregue em uma livraria para o caso do dono procurar. Ela também disse que não teve a curiosidade de abrir a carteira e que não tinha certeza se era ou não a carteira do Henrique. O coitado saiu correndo feito um corisco de volta até a livraria enquanto ficamos ali torcendo para que tudo desse certo e que fosse mesmo a carteira dele. Foram momentos de muita angústia. Até o funcionário do hotel em que estávamos hospedados se prontificou a ajudar indo até a livraria.
     O tempo parecia se arrastar e nada do Henrique retornar. Todos estavam tensos e preocupados com a situação e quando o Henrique entrou pela porta sorrindo respiramos aliviados com a certeza de que tudo tinha sido resolvido.
     Foi uma lição dura, bem no começo da viagem, para deixá-los mais atentos quanto aos cuidados em guardar bem guardado o cartão do banco e outros documentos importantes. Não dá para colocar documentos no bolso. É necessário guardá-los em lugar seguro, fechado. Uma distração como esta pode estragar a viagem. Já pensou? Ainda bem que tudo não passou de um grande susto.
     Antes de pegarmos a estrada em direção a Aveiro, conhecida como a Veneza portuguesa, por causa dos seus canais e seus moliceiros coloridos, semelhantes as gôndolas, paramos em Matosinho para almoçar. Uma orgia de comidas com diferentes tipos de peixes e iguarias. Tudo uma delícia.
     A viagem foi tranquila, mas a chegada no hotel não foi uma tarefa muito fácil. É que o hotel ficava no alto de uma colina e o acesso, além de uma curva muito fechada logo na saída da estrada, era estreito e íngreme. Uma dificuldade para uma van enorme que mais parecia um ônibus. O gerente desceu para segurar o trânsito enquanto o Henrique manobrava o carro para fazer a curva fechada. O estacionamento, que não era muito grande, já estava lotado e foi uma dificuldade encontrar um espaço para estacionar, mas deu tudo certo no final.
     Saímos para explorar Aveiro. Conhecemos o famoso mercado de peixes e andamos pelo centro conhecendo as principais atrações. Como já estava quase anoitecendo fomos pegar o último moliceiro que saía naquele dia para percorrer os canais da ria e percorrer a cidade no entardecer. Estávamos tão encantados com a beleza do espetáculo do por do sol que nem o vento gelado chegou a atrapalhar o passeio. O cachorro de um dos passageiros, um belo animal muito manso e bem educado, foi uma atração a parte.
     Terminado o passeio de barco voltamos para o hotel e depois de um banho reparador saímos para jantar. Como se come bem em qualquer lugar em Portugal. As refeições, acompanhadas sempre de um bom vinho, foram realmente o ponto alto de toda a viagem.
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