Evinha e o beija flor

imagem retirada da internet

Evinha chegava correndo na clínica médica para um exame de rotina, quando percebeu um beija flor caído em cima de uma mureta que estava em seu caminho. Condoída, pegou o minúsculo passarinho com todo o cuidado e o aqueceu entre suas mãos em concha. Naquele momento notou que a avezinha movimentou suas minúsculas pálpebras. Respirou aliviada ao constatar que o colibri estava vivo. Decidiu levá-lo para a clínica, para tentar reanimá-lo.
Já no consultório, pediu que a secretária arranjasse um pouco de água com açucar. Ofereceu a água ao passarinho que começou a dar outros sinais de que estava vivo. Ele bebia a água com sofreguidão, mas continuava deitado quietinho, mexendo apenas os pezinhos e os olhinhos negros. A secretária arranjou uma caixinha para colocar o passarinho que se recuperou enquanto Evinha fazia seus exames.
Quando retornou à sala de espera Evinha notou que o colibri já estava todo faceiro dentro da caixinha. Ela então saiu da clínica e decidiu soltá-lo nos jardins da Embrapa, que ficava ali perto. Olhou em volta procurando algumas flores quando percebeu um enorme gavião de olhos atentos, mas mesmo assim decidiu abrir a caixinha para que o delicado colibri ganhasse novamente a liberdade, afinal ele deveria viver por ali e, certamente, sabia como se safar de predadores vorazes.
A avezinha minúscula e delicada voou ligeiro para em seguida pousar numa grande folha, de onde ficou observando Evinha por alguns momentos, com seus olhinhos pretos bem redondinhos. O colibri virou sua pequena cabecinha, olhou para o céu azul e novamente para sua salvadora, como a agradecer pela ajuda. Em seguida abriu suas asinhas coloridas e delicadas e voou para a imensidão azul. Evinha exultou, teve até vontade de bater palmas. Ela havia salvado o passarinho de uma morte certa. Estava feliz.
Preocupada em soltar o colibri em segurança, ela não notara o enxame de abelhas furiosas que voavam por perto, quando entrou no jardim. Só percebeu os pequenos insetos quando as abelhas começaram picá-la furiosamente. Ela correu para o carro para se proteger do ataque, mas algumas abelhas tinham entrado em suas roupas e o estrago já estava feito. Por sorte ela não é alérgica, mas até hoje seu corpo exibe marcas dos ferrões das abelhas que encheram seu corpo de bolotas inchadas e vermelhas.
0 Responses

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário. bjs Lou