Um giro pela Bretanha - Explorando Dinard
sábado, outubro 19, 2013
Sempre acordo muito cedo, e na última quinta-feira não foi diferente. Ainda não havia amanhecido em Dinard, e o luar deixava um rastro de luz prateada no céu escuro, estava lindo. Devagar, quase com preguiça de amanhecer, o dia foi se insinuando aos pouquinhos e quando finalmente se instalou, revelou um céu azul sem nuvens e um sol radiante. O dia estava perfeito. Perfeito pra gente se perder pelas ruas de Dinard, e foi o que fizemos logo depois do café da manhã.
Saímos caminhando sem pressa em direção a praia de Saint-Enogat, onde Dinard começou, conhecendo suas ruas calmas e quase sem movimento naquela manhã. Aproveitamos para registrar em fotos paisagens bucólicas de uma cidade calma, que passa a impressão de não ter pressa. Os jardins das casas de pedra são lindos e quase todos exibem uma profusão de hortênsias de diferentes tonalidades e outras flores coloridas que nem sei os nomes. As macieira carregadas de frutos vermelhos também são comuns nas paisagens dos jardins e nas estradas da Bretanha. Outra característica marcante são as casas cobertas de hera, que nesta época do ano estão vermelhas e tão vistosas que não conseguimos desviar o olhar.
Observei um homem sobre um andaime lavando uma casa de pedra típica daqui com uma máquina de pressão. Pensei: aqui eles não precisam pintar a fachada das casas como fazemos no Brasil, mas precisam remover o limo das pedras das casas para conservá-las com bom aspecto.
Passamos em frente ao cemitério de Saint-Enogat e não resistimos, resolvemos entrar para ver de perto como os bretões enterram seus mortos. As lápides são parecidas com qualquer outra, mas o detalhe que chamou nossa atenção foram as flores sobre os túmulos. A grande maioria deles exibia uma simples flor solitária ou até uma enorme coroa de flores feitas de porcelana. Eram belas, delicadas e coloridas e a vantagem é que não murcham e nem precisam de cuidados. Estão sempre vistosas e bonitas.
Dali para o centro de Saint-Enogat foi um pulo. Passamos por uma floricultura e pude conhecer um fruto que eu nunca havia visto antes e nem ouvido falar: mão de buda. É um fruto curioso, todo segmentado. Lembra dedos com pele grossa e rugosa, lembra tentáculos... é um fruto estranho, mas de intensa fragância.
Curiosa que sou fui pesquisar na internet e vi que a mão de buda é uma variedade de limão, só que sem sua acidez. A polpa é doce e carnuda, mas sem suco ou sementes. Curioso não? É de origem asiática.
Andamos mais um pouco e chegamos na fonte Julio Verne que estava funcionando e jogava água a metros de altura. Mais tarde perguntei ao David o que Julio Verne tinha a ver com a cidade de Dinard e ele contou que o escritor morou por algum tempo na cidade. Por isto a homenagem.
A igreja, muito antiga, está sempre com a porta lateral aberta. Basta girar o trinco. Entrei caminhando sobre o piso de pedras antigo, mas o cheiro de mofo estava forte então não fiquei lá muito tempo. Fiquei imaginando no quanto deve ser complicado assistir a uma missa inteira dentro daquela igreja.
Continuamos nossa caminhada até chegarmos na praia que estava quase deserta, havia apenas um bando de gaivotas pousado na areia molhada. Fui me aproximando e elas aos poucos foram se afastando com cara de poucos amigos e quanto mais eu me aproximava mais elas caminhavam para perto d'água até levantarem vôo para pousarem um pouco mais adiante.
Eu não tinha a intenção de assustar as gaivotas, o que eu queria mesmo era ver mais de perto uns buracos na rocha em frente a praia onde os alemães fizeram um bunker na época da Segunda Guerra. O Lionel nos contou que ali naqueles buracos ficavam uns canhões apontados para a praia e que em sua infância ele e alguns amigos brincaram com uma ogiva que encontraram na praia. Só não morreram porque anjo da guarda de criança é forte. Os bombeiros ficaram sabendo da façanha e confiscaram o artefato que estava carregado e só não detonou por muita sorte. Até hoje ele ri quando lembra da aventura.
Voltamos caminhando devagar para nossa casa. A praia de Saint-Enogat não fica muito longe da praia de l'Ecluse onde estamos e a promenade Clair de lune vai mageando a escarpa de uma praia até a outra. Fizemos uma pausa no caminho neste belo jardim em frente ao mar. A Maura viu uma árvore carregada de frutinhas maduras e ficou doida para experimentar, e como vimos uma abelha sugando o néctar deduzimos que se não matava a abelha não podia matar uma pessoa também. Comemos alguns frutinhos que com certeza não são venenosos, pois estamos vivas até hoje para contar a história.
Curiosa que sou fui pesquisar na internet e vi que a mão de buda é uma variedade de limão, só que sem sua acidez. A polpa é doce e carnuda, mas sem suco ou sementes. Curioso não? É de origem asiática.
Andamos mais um pouco e chegamos na fonte Julio Verne que estava funcionando e jogava água a metros de altura. Mais tarde perguntei ao David o que Julio Verne tinha a ver com a cidade de Dinard e ele contou que o escritor morou por algum tempo na cidade. Por isto a homenagem.
A igreja, muito antiga, está sempre com a porta lateral aberta. Basta girar o trinco. Entrei caminhando sobre o piso de pedras antigo, mas o cheiro de mofo estava forte então não fiquei lá muito tempo. Fiquei imaginando no quanto deve ser complicado assistir a uma missa inteira dentro daquela igreja.
Continuamos nossa caminhada até chegarmos na praia que estava quase deserta, havia apenas um bando de gaivotas pousado na areia molhada. Fui me aproximando e elas aos poucos foram se afastando com cara de poucos amigos e quanto mais eu me aproximava mais elas caminhavam para perto d'água até levantarem vôo para pousarem um pouco mais adiante.
Eu não tinha a intenção de assustar as gaivotas, o que eu queria mesmo era ver mais de perto uns buracos na rocha em frente a praia onde os alemães fizeram um bunker na época da Segunda Guerra. O Lionel nos contou que ali naqueles buracos ficavam uns canhões apontados para a praia e que em sua infância ele e alguns amigos brincaram com uma ogiva que encontraram na praia. Só não morreram porque anjo da guarda de criança é forte. Os bombeiros ficaram sabendo da façanha e confiscaram o artefato que estava carregado e só não detonou por muita sorte. Até hoje ele ri quando lembra da aventura.
Voltamos caminhando devagar para nossa casa. A praia de Saint-Enogat não fica muito longe da praia de l'Ecluse onde estamos e a promenade Clair de lune vai mageando a escarpa de uma praia até a outra. Fizemos uma pausa no caminho neste belo jardim em frente ao mar. A Maura viu uma árvore carregada de frutinhas maduras e ficou doida para experimentar, e como vimos uma abelha sugando o néctar deduzimos que se não matava a abelha não podia matar uma pessoa também. Comemos alguns frutinhos que com certeza não são venenosos, pois estamos vivas até hoje para contar a história.
Mama, porque a fonte é uma homenagem a victor hugo e tem uma imagem do julio verne?
Acho que vocês deviam parar de experimentar frutas desconhecidas por aí. Não é porque a abelha come que vocês não terão problema... juízo!
Pelo visto mofo é um problema sério na bretanha... o pessoal daí já deve estar acostumado, por isso conseguem ficar nos locais fechados que vcs têm dificuldade. cidades praianas sempre sofrem desse mal...