Relembrando Madri

Não sei o porquê, mas hoje pela manhã estava me sentindo mal humorada e muito descrente com a humanidade. Ouvi, por exemplo, uma propaganda informando os maltratos que os animais silvestres sofrem com o tráfico ilegal e fiquei revoltada, achando mesmo que o mundo não tem mais jeito.
Onde já se viu quebrar os ossos do peito de uma arara para que o animal pareça dócil? Isso é uma crueldade, pois fratura dói demais. E furar os olhos de um pássaro ou injetar álcool na veia dos macacos para que os mesmos fiquem quietos? Ouvir essas coisas me deixou horrorizada só de pensar como o homem consegue, a cada dia, se superar em crueldade com outros seres vivos.
Ainda pela manhã assisti o final de uma reportagem na TV mostrando os cuidados com araras bebês que foram recolhidas das mãos de traficantes. Os pássaros não tinham nem penas direito e precisavam ser alimentados com seringas e jamais poderão ser soltos na natureza. Vi também um sagui que sofreu lesão na coluna quando foi capturado. Que coisa horrível. É muito cruel. Não dou conta de ver esse tipo de coisa e ficar indiferente, mas como cidadã a única coisa que posso fazer é repudiar tal comportamento e não compactuar.
Mas vamos parar de pensar em coisas tristes, é melhor olhar o que existe de bom por aí.
Ontem, por exemplo, foi um dia especial, pois revi uma amiga querida que está de férias em Brasília. Nos encontramos na Esplanada dos Ministérios, passamos pelo tribunal e de lá fomos almoçar no Mangai. Ela se encantou com a vista que se tem do restaurante. Conversamos muito e relembramos coisas boas enquanto apreciávamos os saborosos pratos lá servidos. Passamos juntas algumas horas muito agradáveis.
Rever a Nêga me trouxe de volta muitas lembranças agradáveis dos meses que passei em Madri com minha amiga Alba. Como andei naquela cidade. Caminhava horas desbravando suas ruas, conhecendo seus parques e jardins, visitando seus museus, conhecendo sua história.
Madri fica na região central da Espanha. Foi fundada pelos árabes como uma fortaleza e permaneceu como tal até 1083 quando foi ocupada por Afonso VI. Em 1561 Felipe II a transformou em capital da corte.
A cidade cresceu e floresceu. Ela é linda. Seu céu está sempre muito azul e quase sem nuvens. Passeando por suas ruas chegamos na Porta do Sol, onde fica o marco zero. Ali perto encontramos a Praça Maior, construída por Felipe II, e que foi cenário dos autos-de-fé ou queimação pública (crueldade com seres humanos). Também era ali que aconteciam os casamentos reais, as danças e touradas. Hoje é local de encontro, com vários bares e lojinhas.
O Palácio Real é a residência oficial do Rei da Espanha, mas é utilizado somente em ocasiões de gala, almoços, recepções oficiais, entrega de prêmios e audiências, já que a família real optou por residir no Palácio de Zarzuela. Ali perto fica a Catedral de Almudena, sede episcopal da diocese de Madri. Foi construída em estilo neoclássico no exterior, neogótico em seu interior e neorromânico em sua cripta.
Na Praça de Cibeles vemos o lindo prédio do Palácio das Comunicações que é a estação central de correios. É um prédio lindo e que chama a atenção.
Madri abriga um dos maiores museus do mundo, o Museu do Prado. Além dele tem o Centro de Arte Reina Sofia, o Museu Thyssen e outros menores. Cada um deles merece um comentário com mais vagar e cuidado. Próximo dos museus fica o lindo Parque do Retiro. Qualquer hora escrevo um pouco sobre ele.
Em resumo, a cidade merece uma visita. Para quem gosta da noite Madri é uma cidade que não dorme, pois os madrilenhos adoram a vida noturna que começa a partir das 23 horas e vai até o amanhecer, regada a muito vinho, cerveja e tapas, sua comida típica.
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Obrigada pelo comentário. bjs Lou