Amor
quinta-feira, setembro 17, 2009
Todos nós já passamos pela experiência de se apaixonar. Algumas, são experiências platônicas onde só a pessoa conhece o sentimento que o arrebata. Outras, são paixões fulminantes que fazem perder a cabeça. Seja como for amar é bom demaaaaaais. Faz bem para o corpo e para a alma. Vou contar para vocês um dos meus amores...
Num quarto frio de hospital o telefone toca. Rapidamente reconheço a voz, ela vem do outro lado do oceano. Numa fração de segundos um turbilhão de lembranças rasga minha memória. Meu corpo estremece, minha boca sorri, meu coração canta... Como é bom pensar no amor.
Depois de tantos anos não acreditava que ainda tornaria a ouvir aquela voz, a mesma voz que um dia me disse palavras doces sussurradas baixinho, que gemeu e gritou palavras que só eu podia ouvir. Quantas lembrança. Memórias minhas, memórias nossas, lembranças que nem o tempo nem ninguém consegue apagar.
Aconteceu há muito tempo e parece que foi apenas ontem. Eu acabara de enfrentar dois anos de tratamento para a cura de um câncer quando decidi que queria viajar. Viajar para longe, para outro país, viver uma vida totalmente diferente da que eu vivera até então. O país escolhido, Inglaterra, a cidade, Londres.
Desembarquei naquela capital enorme e completamente desconhecida para mim, passei pela alfândega e seus oficiais arrogantes e ganhei o saguão do aeroporto de Heathrow. Mais tarde nos encontramos, pegamos o metrô e fomos juntos para o endereço onde ele vivia em Piccadilly.
Depois de 15 dias estávamos só os dois. Fazíamos tudo juntos: trabalhávamos, saíamos para passear, conversávamos, trocávamos idéias. É claro que um sentimento há muito esquecido começou a ganhar forma. Comecei a perceber que a mulher há muito adormecida, apesar de todas as cicatrizes provocadas por várias cirurgias mutiladoras, ainda pulsava em algum lugar dentro de mim.
Um belo dia, num arroubo de coragem ou sei lá o que, a fêmea venceu o medo da rejeição e atacou. O macho se encolheu assustado de início, mas se rendeu... Foi a melhor coisa que nos aconteceu. Éramos apenas um homem e uma mulher. Ele, vinte anos mais jovem do que eu.
Ele me ofereceu sua juventude e contaminou cada célula do meu corpo com seu arroubo juvenil. Eu, em contrapartida, ofereci a experiência e aos poucos fui construindo o homem. De jovem inseguro ele se transformou no homem seguro, elegante e de bom gosto. O artista começou a burilar seus conhecimentos ao se matricular nos cursos de arte, desenho e decoração. Ele começou a desabrochar, eu acabei por ficar curada.
Vivemos intensamente uma linda história de amor. Amamos sem pressa, sem cobrança, sem medo. Éramos só nos dois, longe de tudo e de todos que podemos chamar família, amigos ou passado. Éramos apenas um homem e uma mulher. A diferença de idade era apenas um detalhe sem a menor importância.
Nós ríamos de tudo, nós trabalhávamos juntos, eu o ajudava nos estudos e o incentivava a continuar aprendendo qualquer coisa que pudesse refinar o artista. O dom já existia, só precisava aprender novas técnicas e melhorar ainda mais o que já era inato.
O tempo passou, retomamos nossa vidas e nossas antigas vidas acabaram por nos separar. Doeu, machucou, mas o que vivemos juntos permaneceu intocado e guardado no melhor de nossas lembranças. Naquele dia aquela ligação trouxe de volta e em fração de segundos todas as emoções guardadas em lugar seguro. Naquele momento tive a certeza de que essas lembranças não são apenas minhas, são nossas. Em algum lugar de nossos corações o amor permanece vivo, intenso, eterno...
Amor, sentimento eterno
Num quarto frio de hospital o telefone toca. Rapidamente reconheço a voz, ela vem do outro lado do oceano. Numa fração de segundos um turbilhão de lembranças rasga minha memória. Meu corpo estremece, minha boca sorri, meu coração canta... Como é bom pensar no amor.
Depois de tantos anos não acreditava que ainda tornaria a ouvir aquela voz, a mesma voz que um dia me disse palavras doces sussurradas baixinho, que gemeu e gritou palavras que só eu podia ouvir. Quantas lembrança. Memórias minhas, memórias nossas, lembranças que nem o tempo nem ninguém consegue apagar.
Aconteceu há muito tempo e parece que foi apenas ontem. Eu acabara de enfrentar dois anos de tratamento para a cura de um câncer quando decidi que queria viajar. Viajar para longe, para outro país, viver uma vida totalmente diferente da que eu vivera até então. O país escolhido, Inglaterra, a cidade, Londres.
Desembarquei naquela capital enorme e completamente desconhecida para mim, passei pela alfândega e seus oficiais arrogantes e ganhei o saguão do aeroporto de Heathrow. Mais tarde nos encontramos, pegamos o metrô e fomos juntos para o endereço onde ele vivia em Piccadilly.
Depois de 15 dias estávamos só os dois. Fazíamos tudo juntos: trabalhávamos, saíamos para passear, conversávamos, trocávamos idéias. É claro que um sentimento há muito esquecido começou a ganhar forma. Comecei a perceber que a mulher há muito adormecida, apesar de todas as cicatrizes provocadas por várias cirurgias mutiladoras, ainda pulsava em algum lugar dentro de mim.
Um belo dia, num arroubo de coragem ou sei lá o que, a fêmea venceu o medo da rejeição e atacou. O macho se encolheu assustado de início, mas se rendeu... Foi a melhor coisa que nos aconteceu. Éramos apenas um homem e uma mulher. Ele, vinte anos mais jovem do que eu.
Ele me ofereceu sua juventude e contaminou cada célula do meu corpo com seu arroubo juvenil. Eu, em contrapartida, ofereci a experiência e aos poucos fui construindo o homem. De jovem inseguro ele se transformou no homem seguro, elegante e de bom gosto. O artista começou a burilar seus conhecimentos ao se matricular nos cursos de arte, desenho e decoração. Ele começou a desabrochar, eu acabei por ficar curada.
Vivemos intensamente uma linda história de amor. Amamos sem pressa, sem cobrança, sem medo. Éramos só nos dois, longe de tudo e de todos que podemos chamar família, amigos ou passado. Éramos apenas um homem e uma mulher. A diferença de idade era apenas um detalhe sem a menor importância.
Nós ríamos de tudo, nós trabalhávamos juntos, eu o ajudava nos estudos e o incentivava a continuar aprendendo qualquer coisa que pudesse refinar o artista. O dom já existia, só precisava aprender novas técnicas e melhorar ainda mais o que já era inato.
O tempo passou, retomamos nossa vidas e nossas antigas vidas acabaram por nos separar. Doeu, machucou, mas o que vivemos juntos permaneceu intocado e guardado no melhor de nossas lembranças. Naquele dia aquela ligação trouxe de volta e em fração de segundos todas as emoções guardadas em lugar seguro. Naquele momento tive a certeza de que essas lembranças não são apenas minhas, são nossas. Em algum lugar de nossos corações o amor permanece vivo, intenso, eterno...
Em algum lugar de nossos corações o amor permanece vivo, intenso, eterno... O.o
N sabia q ainda mantinha esse sentimento... Mas sei do q fala, a gente sempre se eskece de q nem tudo foram flores e ao menor sinal do outro parece q explode la dentro alguma coisa e a gente acaba ficando anciosa...Parece q as lembranças boas são únicas, é bom guardar o que foi bom, o que foi aprendido, o que foi ensinado...
O perdão é uma virtude dos fortes, os fracos jamais perdoam!
Aiai!! Quero q seja feliz com kem ker q seja!!
Que texto lindo!